Ficar ou correr? romance Capítulo 340

Não muito longe dali, um homem de terno preto passava uma pasta de documentos para outra pessoa em um Bentley preto estacionado na beira da estrada. Provavelmente tratava-se de um acordo comercial.

Como já era tarde, decidi ir embora. Mas, no momento em que ia desviar o olhar, tive um vislumbre do homem no banco de trás. O seu rosto era frio e bonito, e parecia tão familiar quanto estranho. É Marcos! Será?

Congelei imediatamente, atordoada para saber o que fazer. Sem me virar para pegar a minha bolsa no banco, corri em direção ao carro. “Marcos!”

Assim que ele me ouviu, a sua aparência se transformou. Ele lançou um olhar frio para mim antes de pegar o arquivo de documentos do outro homem e, depois disso, bateu a porta do carro e saiu em disparada.

Continuei correndo atrás do carro como uma louca, gritando bem alto: “Marcos! Marcos!”

No entanto, o carro não desacelerou. Apenas no semáforo vermelho, foi necessário frear bruscamente.

Aliviada, corri para o carro. Na pressa, só percebi um carro vindo em minha direção quando já era tarde demais. Antes que eu pudesse reagir, voei pelo ar e caí no chão com um estrondo assustador. Senti uma pontada de dor em meus joelhos e cotovelos.

“A senhora está bem?”, o motorista perguntou, saindo do carro e indo ao meu socorro.

Ele ajudou a me a levantar do chão, e parecia extremamente arrependido. “Sinto muito. Não tive a intenção! Você simplesmente apareceu do nada. Nem vi você chegando.”

Balancei a minha cabeça e, antes que eu pudesse responder, olhei para cima e vi o semáforo ficar verde novamente. O Bentley havia sumido.

Fiquei de pé, boquiaberta e confusa. Os meus olhos não me enganaram! Tinha certeza de que era Marcos naquele carro. Mas Marcos deveria estar morto...

“Senhora, vou levá-la ao hospital. Você está sangrando muito. Só por segurança, é melhor procurar um médico para dar uma olhada em seus ferimentos.”

O rosto do motorista estava branco como um papel. Claramente, ele estava mais atordoado do que eu.

Saí do meu torpor e me examinei. Os meus joelhos e cotovelos estavam completamente ensanguentados.

Graças à Rebeca, tinha alguns arranhões no corpo quando defendi Pedro de seu ataque. E, agora, as feridas reabriram quando fui jogada ao chão. Elas eram bastante profundas e sangravam profusamente. “Bem, então terei que incomodá-lo! Não posso dirigir até o hospital agora, não é?”

...

Chegamos rapidamente ao hospital.

O médico me ajudou a limpar o meu ferimento. Enquanto isso, o motorista pagava as despesas hospitalares e pegava as minhas receitas na farmácia. Ele parecia muito arrependido.

Ele também parecia estar com pressa para chegar a algum lugar e, por isso, eu me senti um pouco culpada pelos cuidados que ele estava dispensando a mim. “Fui culpada pelo acidente! Obrigada por reservar um tempo para me trazer ao hospital! Estou muito grata. Sinto muito mesmo pelo transtorno. Estou bem agora. Se precisar ir embora, fique à vontade.”

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