Ficar ou correr? romance Capítulo 341

Balancei a cabeça. “Estou bem. Senhor, a minha família está aqui agora. Obrigada pela sua ajuda e desculpe por todos os problemas. Pode ir agora.”

Parecendo um pouco intimidado pela expressão de Pedro, o motorista estremeceu um pouco. Depois, murmurou um último pedido de desculpas antes de sair correndo.

A enfermeira não parecia querer ir embora, e ficou ao lado da cama, arrumando os frascos de remédios lentamente, lançando olhares de admiração para Pedro quando pensava que ele não estava olhando.

Pedro era um homem bonito e atraía a atenção das pessoas onde quer que fosse. Além disso, por causa do seu jeito frio e arrogante, as garotas tendiam a se aproximar dele.

“Como você foi atropelada?”, Pedro perguntou, lançando um olhar de consternação para o meu pé enfaixado.

Pensei por um momento antes de responder. “Estava distraída enquanto caminhava e acidentalmente entrei na via. Foi assim que me meti neste problema.”

“Para que você tem olhos?”

Fiz beicinho de mau humor. “Você não deveria estar me abraçando e me confortando agora? Não estou com disposição para sermões.”

A enfermeira finalmente saiu da sala.

“Pare de ser tão frio o tempo todo. Posso entender mal um dia e pensar que você não se preocupa comigo.”

Ele caminhou até mim e olhou para os meus curativos. “Preste atenção quando estiver na rua. Graças a Deus, só sofreu ferimentos leves. Se fosse mais sério, poderia estar no necrotério.”

Fiquei sem palavras. Nunca entendia como funcionava a cabeça dele.

Pedro olhou para a caixa de doces ao lado da minha cama. “Você estava comprando isso quando foi atropelada?”

“Quer experimentar alguns? São deliciosos. Uma vez comi doces desta loja e foram os melhores que já provei. Peguei mais deles hoje!”

Pedro não era exatamente um grande fã de doces. “Você quer comer essas guloseimas?”

Sinalizei com o queixo na direção das minhas mãos enfaixadas. “Você acha que eu poderia comer agora?”

“Mostre-me o quanto me ama que posso colocar os doces na sua boca”, ele disse com um sorriso.

“Como assim?”

Os seus olhos travessos já diziam tudo o que eu precisava saber. Congelei por um segundo antes de processar as suas palavras.

Ele se aproximou de mim, mas eu não estava disposta para brincadeiras ou namoricos. Então dei um beijo em suas bochechas. “Está feliz agora?”

Depois de algumas mordidas nos doces, olhei para ele. “Pedro, você acha que os mortos podem voltar à vida?” No dia da morte de Marcos, vi o seu corpo sem vida numa poça de sangue. Como era possível que ele tivesse voltado à vida?

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Ficar ou correr?