Ficar ou correr? romance Capítulo 35

Por um breve momento, me iludi pensando que nós dois poderíamos ficar assim para sempre e que nossa família de três poderia ter um final feliz.

Paramos em frente a um restaurante de aparência aconchegante. Desci e entrei direto no restaurante, para encontrar uma mesa para nós.

Parecia que poucas pessoas iam ali à noite, então assim que me sentei, o garçom me entregou um cardápio. Já que Pedro já havia comido e eu estava com dor de estômago, pedi alguns petiscos leves e uma sopa de abóbora.

Para minha surpresa, depois que Pedro estacionou seu carro, ele entrou acompanhado por Armando e Rebeca.

Que coincidência? Ou eles planejaram aquilo de antemão?

Vendo que eu já estava sentada, Pedro e os outros dois vieram se juntar a mim. Ao me ver, houve uma mudança sutil na expressão de Rebeca, mas ela não fez nenhum comentário, já que era uma mesa para quatro.

Por eu já estar sentada, Rebeca sentou-se ao meu lado antes que Pedro pudesse. Ela olhou para mim e perguntou com uma voz doce como mel: "Você não se importa que eu sente ao seu lado, não é, Scarlett?"

Poderia dizer que me importava?

Claro que não!

Por isso, permaneci em silêncio.

"O que você pediu?" Pedro perguntou enquanto pegava o cardápio do garçom.

“Alguns petiscos e uma sopa”, respondi.

Ele assentiu e escolheu alguns itens do cardápio. Só então, Armando franziu os lábios e reclamou: “Não peça nada para mim, Pedro. Eu não estou com fome.”

Pedro balançou a cabeça em concordância e devolveu o cardápio ao garçom.

Depois disso, os três começaram a conversar. Não podia participar da conversa deles, então simplesmente fiquei em silêncio.

O garçom trouxe uma tigela de sopa de abóbora depois de alguns minutos. No momento em que ele serviu o prato, Pedro empurrou a tigela com naturalidade em direção a Rebeca e disse com uma voz profunda: "Eu pedi isso para você. Tome um pouco. Isso vai aquecê-la."

Rebeca sorriu. “Sopa de abóbora é a minha sopa favorita! Você realmente me conhece muito bem, Pedro!"

A química entre eles era como uma facada direto no meu coração.

Ele se lembrava de muitas coisas sobre ela nos mínimos detalhes. Sua afeição profunda por ela era algo que eu nunca poderia ganhar, mesmo que tivesse uma vida inteira para tentar.

“Scarlett, que sopa você pediu? Por que não dividimos? A sopa de abóbora daqui é muito boa. Pê costumava me trazer aqui, então posso dizer com propriedade." Sem esperar pela minha resposta, Rebeca empurrou a tigela de sopa na minha direção.

Balancei a cabeça e empurrei a tigela de volta, sorrindo. “Eu pedi uma também. Estará aqui em breve."

"Está tudo bem, Scarlett. Da próxima, tome mais cuidado." Depois disso, Rebeca voltou seus olhos vermelhos para Pedro. Pê, eu perdi a fome. Você pode dar um passeio comigo?"

Pedro franziu a testa, olhando para a comida intocada na mesa e disse: "Coma um pouco primeiro."

Parecia que em meio a essa crise, ninguém havia notado que me queimara ou mesmo percebeu que a sopa fora derramada em mim.

De pé ao lado, de repente senti que minha presença era redundante e risível.

"Eu vou embora", anunciei, então me virei e saí do restaurante. Meu coração parecia ter se partido em pedacinhos, a agonia quase fazendo minhas pernas cederem embaixo de mim.

Deus é tão injusto. Ele presenteou algumas mulheres com felicidade, enquanto outras receberam sofrimento.

"Scarlett!" Uma voz baixa e furiosa soou atrás de mim. Olhei para trás e vi que Pedro me seguira.

Ele olhou para mim com as sobrancelhas franzidas, aparentemente controlando sua raiva, quando perguntou: "O que você está fazendo?"

O que estou fazendo? É uma acusação que estou detectando no tom dele? Ele está me acusando de ter batido na Rebeca?

“Não estou com fome, então vou para casa.” Sentindo-me triste, não quis falar muito por medo de perder o controle de minhas emoções e acabar expondo meu ressentimento a ele.