Ficar ou correr? romance Capítulo 34

Sem perceber, passara o dia inteiro no escritório do Pedro. Não sabia dizer se era por causa da minha gravidez, mas eu não sentia fome, mesmo depois de não ter comido nada durante o dia, e sentia um desconforto em meu estômago.

Desci as escadas e vasculhei os armários da cozinha em busca de algo para comer. Felizmente, Sarah estocara comida suficiente para mim. Depois de procurar por algum tempo, encontrei alguns pepinos na geladeira. Como eu estava com preguiça de cozinhar, simplesmente lavei alguns pepinos e planejava comê-los como meu jantar.

Não notei Pedro voltar para a mansão. Somente quando saí com um pepino escorregadio na mão que eu o vi sentado na sala de estar.

Quando ele chegou?

Sentindo minha presença, Pedro virou a cabeça, seus olhos instantaneamente focando no pepino na minha mão. Ele fechou a cara quando perguntou com uma voz rouca: "O que você planeja fazer com isso?"

Sem entender e respondi de maneira prática: "Comer, é claro!" O que mais posso fazer com isso além de comê-lo?

Pedro zombou. “Eu não te satisfaço? É por isso que você recorreu a isso?"

O quê?

Não conseguia entender onde ele estava querendo chegar com aquilo. O que ele quer dizer com “usar isso”?

Ele se levantou e se aproximou de mim com um olhar pensativo no rosto. Não conseguia entender o que estava acontecendo com ele, então levantei o pepino na minha mão e perguntei: “Você quer um?” Coincidentemente, eu tinha lavado dois pepinos.

Ele ganhou um olhar zangado enquanto ele rosnava: "Não!" Antes que eu percebesse, ele pegou o pepino na minha mão e o jogou fora. Sua mão envolveu minha cintura, enquanto a outra mão alcançou meus lábios, roçando-os com as pontas dos seus dedos.

Não importava o quão lento eu fosse, eu sabia o que ele queria fazer agora. Instintivamente tentei correr, mas seu braço estava me mantinha firme no lugar. Com uma voz profunda e rouca, ele disse: “Já se passaram alguns dias. Devemos estar liberados agora!"

Eu simplesmente não conseguia entender a lógica em suas palavras.

"Pedro!" Ele não me deixou terminar. Estendi a mão para tentar afastá-lo. Infelizmente, ele me dominou como homem, e eu não tinha forças para lutar contra ele.

Quando senti seu membro contra minha barriga, meus olhos se arregalaram. Ele...

"Pedro, não..." Eu me engasguei na metade da minha frase.

“Não, Pedro, nós definitivamente não estamos liberados! Ainda há risco de infecção!” Rebeca tivera um aborto espontâneo recentemente, então ele não podia tocá-la, e o mesmo acontecera comigo. Por isso, eu podia entender por que ele estava agindo como um homem na seca naquele momento.

Ao perceber que ele ignorava meus avisos, comecei a entrar em pânico. “Pedro, o médico disse para se abster por um mês. Por favor!"

Eu estava à beira das lágrimas.

Talvez ele tenha ouvido o apelo na minha voz, porque ele gradualmente parou o que estava fazendo. Sem dizer uma palavra, ele me abraçou com força em seus braços, gentilmente beijando minha clavícula.

Depois de muito tempo, ele finalmente acalmou seus hormônios furiosos e me soltou. "Com fome?”, ele perguntou com os olhos fechados.

Estava um pouco envergonhada por causa do quão alto meu estômago roncou. Com um leve aceno de cabeça, abri um sorriso que mais parecia uma careta. "Eu não comi nada desde que acordei."

O que João me dissera mais cedo, veio à tona em minha mente. Se eu contasse a verdade para o Pedro, ele vai realmente cuidar disso?

Ele me ajudou a levantar e me puxou escada acima, me deixando um pouco confusa.

"Qual é o problema?"

Ele tirou o terno e vestiu roupas casuais, depois olhou para mim e disse: “Troque de roupa. Vou levá-la para comer o que você estiver a fim de comer."

Perplexa e rapidamente me opus. "Não estou com fome, então não vou comer, mesmo se sairmos."

No entanto, minha objeção não causou efeito, porque ele me perfurou com seu olhar e disse em um tom que não deixava espaço para discussão: "Vou esperar por você lá fora!"

Para ser honesta, eu realmente não estava com fome, mas...

Depois de refletir um pouco, troquei de roupa e saí com ele.

Àquela hora, a Cidade de Augusta estava extremamente acordada. Enquanto Pedro estava dirigindo, ele olhou para mim e perguntou: "O que você está com vontade de comer?"

Pensei bem antes de responder: “Algo leve!”

Talvez fosse porque o enjoo matinal estava começando a me afetar, então eu constantemente sentia náusea causada por certos odores.

Ele assentiu ligeiramente em resposta. Enquanto estudava o olhar gentil em seu rosto bonito, de repente percebi que aquele era o dia mais pacífico que Pedro e eu compartilhamos desde o dia em que nos casamos.