Ficar ou correr? romance Capítulo 428

Parece que não perdi muito.

“As pessoas dizem que os desejos feitos no Templo de Lótus se tornam realidade. Quer tentar?”

Arqueando as sobrancelhas, Colin me entregou algumas velas.

Não as peguei. “Não tenho nenhum desejo especial, só esperar que nós que estamos vivos fiquemos bem, enquanto os mortos descansam em paz. Tudo está predestinado.”

Suelen veio correndo em minha direção. “Tem alguém que deseja ver, mãe? Pode pedir que seu desejo seja concedido através dos seus sonhos.”

Ri e peguei a vela acesa da mão dela para colocá-la no incensário. “Não preciso pedir nada. Posso ver quem eu quiser em meus sonhos, sempre.”

Suelen inclinou a cabeça sem entender bem o que eu disse e olhou para Colin. “Sr. Johnson, e você? Fez um desejo?”

“Meu desejo é que você e Michael cresçam felizes.” O homem sorriu com uma vela nas mãos.

Quando estávamos saindo, nuvens escuras e carregadas surgiram ao longo do horizonte e o vento frio soprou em nossa direção.

Colin me ofereceu sua jaqueta. “Está frio, pegue.”

Recusei com um sorriso educado.

Ele franziu a testa e depois me cobriu com sua jaqueta.

Suelen agarrou o amigo pelo e perguntou: “Michael, seu pai não gosta de mim?”

Era um menino de poucas palavras, então ergueu a cabeça para olhar para seu pai e depois encolheu os ombros. “Não sei.”

Criança nunca davam voltas, o que colocou um sorriso no rosto de Colin, que não esclareceu.

Dei uma olhada rápida na jaqueta em meus ombros. Meu coração não acelerou. É apenas um gesto de cuidado e preocupação de um amigo próximo. Nada mais do que isso.

Comemos algo antes que as crianças acabassem dormindo devido ao cansaço e Colin nos levou de volta para casa sob o céu cinzento e inclemente.

Quando chegamos, ele se ofereceu para levar Suelen para dentro.

Eu o interrompi. “Deixa comigo. Está tarde, devia ir para casa.”

O homem ficou um pouco surpreso antes de se recompor e agradecer o passeio. Embora já estivesse na casa dos quarenta, ainda se portava como um jovem de vinte e poucos anos.

Recusá-lo educada e respeitosamente foi a melhor forma de responder à sinceridade de seu coração.

O amor jovem era apaixonante e romântico. No entanto, para nós da meia-idade, não era nada mais do que refeições diárias previsíveis e um aceno gentil ou um sorriso educado.

Admirei as flores e mostrei um sorriso tímido. Eu sabia que ia voltar, mas não esperava que fosse ser tão cedo.

“Se importa se eu passar a noite aqui?”, perguntou com um sorriso zombeteiro.

Olhei para baixo. Sem dizer nada, procurei quaisquer itens que fossem necessários para passar a noite e entreguei-lhe. Ele aceitou e, em seguida, fez seu caminho para o quarto de hóspedes.

Júlio não pareceu segui-lo até aqui. Não foi difícil adivinhar que não está aqui a negócios; veio por minha causa.

Tentei não pensar demais nas coisas. Ele permaneceu um cavalheiro durante toda a sua estadia na minha casa.

De alguma forma, sua presença impediu as frequentes visitas de Colin.

Ele levava e buscava Suelen na escola. Além disso, me ajudou a preparar as refeições. E até lavou roupa!

A vida seguiu tranquila. Tínhamos uma porção de frutas colhidas no quintal, então trouxe algumas comigo para o hotel.

Joyce ainda trabalhava lá. A única diferença era sua atitude. Aquela arrogância desaparecera. Na verdade, estava mais quieta desde últimos eventos.

Mas acho que é uma coisa boa. Mostrar-se uma pessoa civilizada e não ter nenhum assunto em comum é melhor do que ser uma hipócrita com segundas intenções.

Em algum momento ela tomou a iniciativa de me convidar para o almoço, mas recusei. “Agradeço, mas não.”

Ela não pareceu ofendida. “Não precisa me evitar. Meu pai está na cadeia e não sou mais uma ameaça para você. Sei que costumava ser muito esnobe e ofendi muita gente. É por isso que todos me odeiam. No entanto, viva e deixe viver. Este é o meu local de trabalho. Não quero forçar ainda mais o relacionamento e torná-lo difícil ou estranho para todos.”