Ficar ou correr? romance Capítulo 596

Pedro assentiu. “Está com fome?”

De repente, senti como se fosse ele quem cuidasse de mim, e não o contrário. Então, fiz a mesma pergunta: “Está com fome?”

Carmen se mexeu durante o sono e acordou. Ela nos olhou por alguns segundos antes de olhar a hora em seu telefone.

Vendo que já passava do meio-dia, ela se levantou e me serviu um copo d'água. “Aqui, beba alguma coisa. Seu pai foi para casa fazer o almoço. Ele deve voltar a qualquer minuto.”

Congelei por um momento antes de pegar o copo da mão dela. Após isso, virei para Pedro e perguntei: “Está se sentindo melhor?”

Ele assentiu. “Já não dói tanto.”

Carmen se levantou e foi ao banheiro. Quando voltou, ela enxugou as mãos em uma toalha de papel e perguntou: “O que vocês dois gostariam de comer?”

Pedro balançou a cabeça, expressando sua indiferença. Ele se virou para mim e perguntou: “Tem alguma coisa que você queira?”

Pensei um pouco antes de encolher os ombros. “Qualquer coisa!”

De cabeça, eu não conseguia pensar em nada que realmente quisesse comer.

Carmen pegou sua bolsa e saiu do quarto.

Meu telefone, que eu havia negligenciado desde que entrei no hospital, tocou alto de repente.

Eliana estava me ligando.

“Como vai? Você está se sentindo bem? Para qual hospital eles enviaram você?”

Diante de sua enxurrada de perguntas, me senti bastante confusa. Após uma breve pausa, respondi: “Estou bem. Estou em um hospital em Winchester agora. Só voltarei para a Nova Itália em alguns dias.”

Eliana bufou alto antes de dizer: “Eu sei disso, mas quero saber em qual hospital você está.”

“Estou no Hospital Medwin. Há algo de errado?”

“Irei até aí em breve. Você já comeu?”

Fiquei bastante atordoada. Olhando pela janela, perguntei: “Quando você chegou em Winchester?”

“Acabei de sair do avião, na verdade. Vamos conversar mais tarde. Me envie o endereço do hospital por mensagem de texto, ok? Estarei aí em breve.” Ela desligou.

Pedro olhou para mim e sorriu. “Era a Eliana?”

Assenti e guardei meu telefone. “Ela está grávida agora. Não acho que deveríamos deixá-la correr pela cidade no estado em que se encontra. Não é seguro.”

Concordando comigo, ele assentiu. “Vá buscá-la, então. Tome cuidado.”

Balancei a cabeça e chamei a enfermeira para trocar os curativos. Após isso, me virei e saí.

Eliana insistiu em pegar um táxi e me disse para não ir buscá-la. No entanto, ainda me sentia um pouco preocupada. Então, Chamei um táxi para ela e disse pessoalmente ao motorista onde deixá-la, antes de alugar um quarto em nosso hotel.

Felizmente, ela chegou em segurança meia hora depois.

A vida é cheia de reviravoltas. Como Eliana pode ter tanta certeza de que as ações de João foram tão erradas?