Ficar ou correr? romance Capítulo 71

Olhei de relance para os documentos que ele carregava e perguntei: "Você não vai trabalhar no espaço deles?"

"Aqui não", ele respondeu. "Pedi para comermos no quarto. Você pode descansar depois de comer."

Fiquei espantada com a sua atenção. Mesmo assim, assenti. Nossos quartos já estavam reservados. O carregador nos levou ao nosso quarto e disse: "Sua refeição já foi entregue. Caso precisem de alguma coisa, é só chamar." Embora tivéssemos reservado dois quartos, prezando o nosso conforto e conveniência, o almoço foi enviado para o quarto de Heitor. Agradecemos ao carregador e entramos no quarto.

Chegamos cedo e imediatamente começamos a trabalhar assim que desembarcamos. Depois de algumas horas estava exausta e com fome. Comi e me levantei, preparando-me para sair do quarto. Ele olhou para mim e disse: "Você pode descansar aqui. Vou sair daqui a pouco."

Como ele ainda estava comendo, assenti. O quarto era uma suíte, onde a sala e o quarto eram separados. Entrei no quarto e liguei o ar-condicionado. Deitada na cama, a última coisa que pensei antes de adormecer foi tomar um banho depois que Heitor saísse. Ao acordar novamente, havia um cobertor sobre mim. Pude ouvir alguém folheando os documentos na sala de estar. Espantada, pulei e saí do quarto. Ele estava sentado no sofá, examinando os documentos e ora e outra digitava algo em seu notebook. Parecia que ele trabalhara a tarde toda.

Não era saudável dormir logo depois de comer. Sentei-me na cama por alguns momentos com o estômago inchado. Depois de alguns instantes, saí do quarto. Heitor estava esparramado sobre a mesa, absorto. Ele não parecia perceber que eu estava acordada. Servi um copo de água para ele. "Por que você não descansa um pouco?"

Ele olhou para mim e assentiu, aparentemente cansado. Depois de tomar um gole da água ele pareceu despertar. "Você acordou!"

Acenei com a cabeça. A julgar pelo relatório na tela do seu notebook, tive de admitir que ele era bastante eficiente. Não muito depois ele terminou o relatório e fechou o notebook. Recostando-se no sofá, massageou as têmporas e fechou os olhos. "O Sr. Oliveira ligou mais cedo. Ele a convidou para jantar mais tarde", disse ele, exausto.

"Tudo bem", respondi. "Por que você não tira uma soneca?"

Olhando para o relógio, ele balançou a cabeça. "Está tudo bem.” Ele fez uma breve pausa antes de acrescentar: "O relatório financeiro da filial não está certo. Não teria descoberto se não tivesse olhado de perto. Suspeito que um gerente desviou dinheiro e inventou um projeto para acobertar tudo. Alguns milhões desapareceram. Veja você mesma."

Peguei os papéis e li atentamente. A filial era gerida com base no modelo da matriz. Como tudo estava indo bem em Antares, Pedro deu muito poder ao presidente da filial. Ele raramente interferia nas tomadas de decisões. Examinei as contas e percebi que o projeto parecia estranho. Em circunstâncias normais, um pequeno acidente de construção não custaria milhões. Mesmo se tivessem de compensar a equipe lesada, não custaria tanto. Obviamente alguém estava nos roubando.

"Acredito que precisamos que Guilherme cuide disso", falei, olhando para Heitor. Para a minha surpresa, ele caíra no sono. Levantando-me, fui para o quarto, peguei o cobertor e coloquei-o sobre ele. Faltavam duas horas para o próximo compromisso. Ele tinha tempo para descansar até lá. Afinal de contas, chegamos tarde em casa na noite passada. Recebi uma ligação de Márcia depois de ter cuidado de tudo. Quando atendi a ligação, pude ouvir barulho no fundo.

"Scarlett, estou em Antares. Mande-me a sua localização. Estarei aí em breve!"

"Oh! Você está em Antares também?", perguntei maravilhada.

Ela não disse que iria viajar para Céu azul? Por que, de repente, ela veio para Antares?

"Vi o seu post, lembra? Imediatamente reservei uma passagem quando soube que você estaria aqui. Mande-me o seu endereço. Estarei aí em breve!"

Enviei meu endereço à Marcia depois de terminarmos a chamada. Havia algumas mensagens de texto não lidas. Rolando a tela para baixo, algumas eram da Sarah, me mantendo informada quanto ao trabalho. Havia também, algumas mensagem de texto de João. Quase me esquecera dele. Ele tinha dito que também estaria em Antares. Por isso, liguei para ele quase que imediatamente. Minha ligação foi atendida com uma rapidez admirável. "Cadê você?" João perguntou em sua voz profunda.

"Você também está em Antares?" 'Que coincidência!"

"Acabei de chegar. Estava prestes a te ligar, mas você foi mais rápido do que eu. Em qual hotel você está?" Sua voz era baixa, mas o barulho a sua volta era alto demais.

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