Ficar ou correr? romance Capítulo 95

Pouco depois ouvi Pedro dar a partida no carro. Como ainda estava com sono, voltei a dormir. Já eram nove da manhã quando acordei. No momento em que abri os olhos, Pedro me ligou. Ainda deitada, atendi o telefone.

"Alô?"

"Você está acordada?" Ele parecia estar de bom humor.

“Sim.”

"Levante-se e vamos tomar café da manhã juntos. Vou te esperar no escritório."

Levemente surpresa, respondi instintivamente: "Vou comer em casa."

"Júlio está esperando por você lá embaixo", respondeu Pedro. Quando ouvi alguém bater a sua porta, imaginei que ele tinha algum assunto para tratar. Como esperado, ele rapidamente repetiu: "Estarei esperando por você!” Então, desligou.

Deitada na cama, descansei um pouco antes de me lavar e descer as escadas. Vi Sra. Espíndola preparar um chá, enquanto Júlio se sentava solenemente na sala. Ao me ver ela sorriu e disse: "Letti, o senhor Pedro pediu ao Sr. Cordeiro a buscasse para o café da manhã."

Ela não havia preparado nada. Pedro já tinha planejado tudo. Acenei com a cabeça e saí.

Quando chegamos ao escritório, Júlio me levou diretamente ao escritório de Pedro, e saiu depois de me servir um copo d'água. Pedro ainda estava no meio de uma videoconferência. Ao me ver entrar, levantou-se e caminhou em minha direção. Ele colocou um prato de nozes na minha frente, e beijou minha testa antes de voltar para a videoconferência. Como acabara de acordar, não tinha muito apetite. Então, sentei-me no sofá e comecei a mexer no meu telefone. Pouco depois, a videoconferência acabou e ele se sentou ao meu lado.

"Você está com fome?" Balancei a cabeça e continuei o que estava fazendo. Ele ligou para Júlio antes de segurar minha mão e massagear as pontas dos meus dedos. Sorrindo, ele perguntou: "Sua mão ainda está doendo?"

Só percebi do que ele estava falando depois de algum tempo. Corando, afastei a mão. "O que vamos comer?”

"Você vai descobrir mais tarde.” Ele me puxou para si, e me abraçou suavemente, minha cabeça repousando em seu peito.

Sentindo-me desconfortável, estava prestes a me afastar quando ele abraçou minha cintura. ““Deixe-me te abraçar um pouco."

Júlio entrou com uma sacola, com algumas caixas dentro. Ele saiu depois de colocá-la sobre a mesa. Nesse momento, Pedro recebeu uma ligação. Vendo que ele estava ocupado, tirei as caixas uma por uma de dentro da sacola. Havia alguns doces e uma sopa do Vinhêdo. Comi um pouco. Já que Pedro estava ocupado, não me pensei em chamá-lo. Levantei-me e estava prestes a voltar ao meu escritório para trabalhar quando esbarrei em Rebeca. Não me surpreendi ao vê-la. Ela trazia uma sacola com comida, que parecia ter sido preparada para Pedro. Ao me ver saindo do escritório de Pedro, ela estendeu o braço e bloqueou meu caminho.

"Por que você está aqui?”, ela disse, me interrogando.

Olhei para ela e levantei as sobrancelhas. "Srta. Lopes, você se acha melhor do que todo mundo só porque usa roupas e relógios de luxo?”

Ela se portava de uma forma completamente diferente, agora que fazia parte de uma família rica.

"Sim, eu sou melhor do que você. Sou a única pessoa digna do Pedro." Ela exalava arrogância.

Sem vontade de brigar com ela, respondi com calma: "Sim, vocês dois combinam." Em seguida, passei por ela e fui para minha sala.

Decidi usar salto alto aquela manhã para ir trabalhar. Quando estava tentando me distanciar de Rebeca, esqueci dos dois vasos de planta que ficavam do lado de fora do escritório dele, e tropecei. Como estava andando rápido, perdi o equilíbrio e dei uma guinada para a frente. Instintivamente, agarrei a coisa mais próxima de mim. Como a Rebeca estava mesmo ao meu lado, agarrei-me a ela. No entanto, ela caiu junto comigo, pois também estava usando salto alto. Nós duas caímos no chão juntas. Meus instintos como mãe entraram em ação e eu rapidamente caí me apoiando nos meus joelhos e cotovelos. Rebeca caiu sentada na direção oposta.

Ela gritou ao cair. "Ahhh!" Ela gritou tão alto, que chamou a atenção de Pedro e Júlio.

Pedro ainda estava ao telefone. Quando ele nos viu, caídas no chão, ele rapidamente ajudou Rebeca, que estava ao seu lado, a se levantar. Em seguida, ele veio até mim. Júlio já havia me ajudado. Enquanto ele me olhava, perguntou com uma voz profunda:

"Você está bem?"

Assenti. Ao olhar para Rebeca, que segurava seu pulso com força, notei que ela havia um corte na mão. Intencionalmente evitando a mão de Pedro, disse: "A Srta. Lopes está ferida. Leve-a até o hospital."

Então, olhei para Júlio e pedi: "Você pode me ajudar?"

Júlio acenou com a cabeça e me ajudou a caminhar em direção a um sofá no saguão. Já que Rebeca caíra, ela estava machucada e chateada. Com lágrimas escorrendo pelo rosto, ela olhou para Pedro, lamentando. "Pê, tá doendo."

Pedro olhou para mim antes de instruir Júlio: "Leve a Srta. Lopes para o hospital.”

"Não!", Rebeca interrompeu, contendo as lágrimas. "Você vai me levar Pedro. Caso contrário, não irei!”

"Ainda tenho que trabalhar." Ignorando a expressão no roso de Rebeca, ele voltou imediatamente para seu escritório.

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