Ficar ou correr? romance Capítulo 97

Por um tempo, fiquei levemente confusa. Ao perceber que eu esperava por uma resposta, ele fez um biquinho e brincou: "Me beija, que eu te conto."

"Ridículo!" Eu o ignorei. Como tinha revisado o documento, não deveria ter nenhum problema. Provavelmente, era sua dúvida de sempre.

Ele colocou os papéis sobre a mesa, e pegou os documentos que eu estava prestes a assinar da minha mão, e disse: "Vou dar uma olhada nesses, e vou assiná-los, se estiver tudo bem por você. Entre e descanse um pouco."

O escritório do Pedro era tão espaçoso, que havia uma área de descanso totalmente mobiliada. Franzi a testa e respondi: "Não estou cansada."

Contudo, ele me ignorou por completo, e me levou até a área de descanso. Como tempo o estava quente, ele ligou o ar-condicionado. "Deite-se e descanse." Em seguida, ele pegou meu celular.

"Pedro!" 'Como vou fazer para dormir a essa hora? "Acordei tarde hoje, então, não estou cansada."

Ele olhou para mim. "Você quer companhia?"

Não soube o que dizer. Subi na cama com raiva e puxei o cobertor sobre mim, cobrindo minha cabeça. "Vou dormir. Pode ir embora."

Pude ouvir seu riso de longe. Depois de um tempo, havia apenas o silêncio. Pensando que ele havia ido embora, tirei a coberta e olhei para o teto. Sentia um incômodo dentro de mim.

Pedro mudou por conta da culpa? Um casamento sem amor, pode durar uma vida inteira?

Era impossível dormir com todos aqueles pensamentos passando pela minha cabeça. Então, decidi encontrar meu telefone. Dei-me conta de que estaria no escritório. Levantei-me e saí. Pedro não estava no escritório naquele momento. Olhei em volta e vi alguém atrás das cortinas da varanda. Peguei meu telefone, e me preparei para voltar para a cama quando ouvi Pedro ao telefone.

"Ela está bem?"

Não tinha certeza do que estava sendo dito do outro lado da ligação, mas ouvi-o responder: "Tudo bem, cuide bem dela. Depois leve-a de volta ao Monjardim."

Era sobre Rebeca.

Certo, como poderia ter me esquecido? Rebeca também tinha se machucado. Apesar de não ter dito seu nome, sabia que ele estava falando dela. Ela era a pessoa mais importante para ele. Quanto a mim, ele não me amava. Tudo o que ele tinha era apenas um senso de responsabilidade. Ele não esperava que eu aparecesse de repente. Ele me olhou surpreso ao me ver ali. "Por que não está descansando?"

Mostrei o telefone quando disse: "Vim buscar isso aqui."

"Já que você vai dormir, não vai precisar do telefone."

"Tudo bem." Ao voltar para a cama, acabei me distraindo. Felizmente, quando grávidas, as mulheres tendiam a ficarem sonolentas. Caí no sono depois de algum tempo.

Já passava do meio-dia quando acordei. Ouvi pessoas discutindo do lado de fora. Minha cabeça doía, provavelmente porque dormira em excesso. Abri a porta e vi Pedro e Armando discutindo. Eles pararam assim que me viram. Pedro jogou uma pilha de papéis em Armando, e disse friamente: "Pare de causar problemas para si mesmo. Espero que não repita os mesmos erros."

Armando pegou os documentos e olhou para mim. Em seguida, ele saiu sem dizer uma palavra. Fiquei perplexa. Não foi uma boa hora para eu aparecer?

"O que se passa nessa cabecinha?" Pedro perguntou, enquanto seu corpo esguio se encostava na cadeira. Ele estendeu a mão para mim e disse: "Venha aqui!"

Aproximei-me dele e sentei-me no seu colo. "Dormi muito e não estou me sentindo bem."

Ele colocou meu cabelo por detrás da orelha, e pressionou seu rosto contra o meu pescoço. Está tudo bem. Vamos dar um passeio mais tarde. O que você quer comer?"

"Não estou com fome.” Olhei para o relógio na parede. Já eram três horas da tarde. Dormi três ou quatro horas. Por isso não estava me sentindo bem.

Ele me entregou um copo de água. "O Dr. Linhares nos convidou para jantar hoje à noite. Quer ir?"

Levemente surpresa, tomei um gole da água e coloquei o copo sobre a mesa. "Você aceitou?"

Ele abaixou os olhos e acenou com a cabeça. "Sim, quero levá-la para comer uma boa refeição."

Era uma boa desculpa. Por ser o presidente da empresa, ele não precisava que alguém pagasse a conta se ele decidisse levar a sua esposa grávida para um bom jantar.

"Você decide.” Levantei-me e endireitei as minhas roupas enrugadas. "Tenho de voltar ao escritório.”

Durante todo o dia, quase não fiz nada além de dormir. Naquele instante, o telefone tocou. Ele assentiu e disse: "Vá em frente. Vou te buscar mais tarde."

De volta a minha sala, Sarah não parecia estar bem. Ela forçou um sorriso ao me ver. "Sra. Machado!”

"O que foi?" Percebi que não havia nenhum documento na mesa, então perguntei: "Não há nada para mim hoje?"

Sarah abaixou a cabeça e disse com tristeza: "Os documentos da AC foram enviados de volta pelo Sr. de Carvalho. Ele quer que refaçam tudo.”

"A auditoria para a Grupo Queiroz precisa ser refeita?”

"Sim!"

"Foi uma decisão do Pedro?”

Ela assentiu. "Sim!"

Agora tudo faz sentido... Não é à toa que Armando estava furioso ainda a pouco'

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