Filha Foi Cremada! Onde Você Estava? romance Capítulo 265

Só de ouvir o tom de voz dela, percebeu que algo estava errado.

Ele ficou preocupado.

Então, fez um esforço para sair da cama e foi até a porta para ver o que estava acontecendo.

Assim que viu que Naiara estava sozinha diante de Jorge, ele não se importou com o quanto estava febril e atordoado.

Instintivamente deu um passo à frente e se colocou na frente de Naiara, querendo protegê-la.

"Naiara, cof..."

A emoção o fez tossir intensamente.

Naiara, ao ver o debilitado Wilson, deixou de lado toda a frieza de seu olhar, substituindo-a por preocupação.

O assistente dele não exagerou em nada.

Wilson realmente estava muito doente.

Antes de receber a ligação de Heitor, o assistente de Wilson ligou para ela, informando que Wilson estava internado com febre alta.

Ao ouvir que ele estava hospitalizado, sentiu-se ansiosa e imediatamente preocupada.

O assistente explicou que, após salvá-la, Wilson não trocou as roupas molhadas por preocupação e acabou ficando doente.

Ele já estava se sentindo mal há algum tempo, mas insistiu em aguentar.

Até que, no meio da noite, a febre alta o atingiu de repente.

A febre não cedeu e ele continuou a chamar o nome dela.

Então, o assistente decidiu ligar para ela.

Ao pensar nisso, Naiara sentiu-se ainda mais culpada.

Wilson adoeceu por salvá-la, e ela nem percebeu isso no dia anterior.

Imediatamente, ela estendeu a mão para apoiá-lo e perguntou com um tom suave: "Wilson, por que você saiu?"

Wilson não respondeu a Naiara, mas segurou a mão dela com a dele, a voz rouca de preocupação, "Você está bem?"

"Estou bem, vou te ajudar a entrar."

Naiara balançou a cabeça, e com a mão de Wilson segurando a dela, colocou o braço dele sobre seu ombro frágil, enquanto a outra mão apoiava sua cintura, sustentando-o.

A cena diante de seus olhos fez os olhos de Jorge se encherem de raiva.

Já no limite, com a raiva, ele sentiu tudo escurecer.

"Sr. Martins!"

Heitor ficou alarmado e imediatamente segurou Jorge desmaiado, gritando para trás, " Doutor! Doutor!"

O alvoroço foi grande.

O médico, ao ouvir os gritos, correu rapidamente com uma expressão tensa!

Afinal, as pessoas que moravam naquele andar não eram para serem negligenciadas.

Jorge foi rapidamente levado de volta ao quarto.

Durante todo o processo, Naiara permaneceu indiferente, como se não tivesse ouvido nada, concentrando-se apenas em Wilson, ajudando-o a voltar para o quarto.

Nem sequer olhou para trás.

Depois que Wilson estava deitado confortavelmente, Naiara tocou sua testa.

Pegou um lenço ao lado e gentilmente limpou o suor de sua testa.

Wilson olhava para Naiara daquela maneira, com os olhos gentis e um sorriso no rosto.

"Você ainda está sorrindo!"

Naiara falou com uma leve repreensão.

O assistente dele disse que ele já estava com febre desde o dia anterior.

Ele não mencionou, e ela não percebeu.

Então, com um olhar de desculpas, fitou-o, "Desculpe, tudo isso é por minha causa..."

"Naiara!"

Wilson imediatamente interrompeu as palavras de Naiara, "Comigo, você nunca precisa se desculpar, tudo foi de bom grado."

"E além disso, acho que valeu a pena!"

Naiara segurou a mão dele, impedindo-o, e colocou a mão de volta sob o cobertor.

Ela então sentou-se novamente ao lado da cama e começou a alimentar Wilson.

Wilson, mesmo sendo mandado, não demonstrou nenhuma irritação; pelo contrário, estava extremamente contente.

Seus olhos brilhavam com um sorriso discreto.

Como um aluno obediente, ele esperava ser alimentado por Naiara.

O assistente de Wilson apareceu silenciosamente na porta, mas rapidamente se retirou.

Com a Srta. Leite lá, ele não precisava entrar e ser o terceiro elemento.

Naiara esforçou-se para não pensar demais.

Wilson estava doente por tê-la salvado, e, por justiça e gratidão, ela deveria cuidar dele.

Com esse fardo emocional aliviado, Naiara sentiu-se muito mais à vontade.

No entanto, essa sensação de conforto não impediu que suas orelhas ficassem ligeiramente vermelhas sob o olhar fixo de Wilson.

Quando ela descobriu o amor, esteve com os olhos voltados apenas para Jorge.

Sempre manteve uma distância dos outros homens.

Até mesmo de Manuel Rocha, que era um bom amigo.

Wilson era a segunda pessoa em tantos anos com quem ela se tornava tão próxima.

Ao ver os lóbulos das orelhas dela começarem a ficar vermelhos, o afeto nos olhos de Wilson se intensificou.

Ele realmente achava que essa doença valia a pena.

A atmosfera ali estava ótima.

No quarto em frente, Jorge acabava de acordar.

As portas dos dois quartos estavam abertas.

Diretamente uma em frente à outra.

Assim que Jorge abriu os olhos, viu aquela cena.