Filha Foi Cremada! Onde Você Estava? romance Capítulo 9

O ar começava a ficar abafado, uma onda de calor se concentrava no abdômen.

Jorge rolou para o lado e prendeu Naiara embaixo dele.

Naiara acordou ofegante de um pesadelo, abrindo os olhos lentamente.

Ao olhar para o teto do quarto, sentiu-se momentaneamente desorientada.

O sonho era tão triste que, por um momento, ela não conseguia dizer se era um sonho ou realidade.

Até que sentiu um frio no peito.

Só então sua consciência despertou completamente.

Só então ela percebeu que estava deitada na cama, sem roupa, e que Jorge a estava despindo.

O rosto de Naiara ficou subitamente frio, sentindo o sangue correr ao contrário em suas veias.

Sem pensar duas vezes, levantou a mão para empurrá-lo. "Jorge, me solte."

Jorge estava em um momento de excitação e, em vez de parar, tornava-se cada vez mais agressivo.

Mesmo que Jorge não amasse Naiara, ele tinha que admitir que era atraído por seu corpo.

Bastava tocá-la, e ele não conseguia parar.

O semblante de Naiara ficava cada vez mais sombrio.

Nos últimos cinco anos, Jorge a prendeu na cama e fez o que quis, sempre que queria torturá-la.

Ele nunca se importou com os sentimentos dela.

Antes, ela o amava tanto e queria dar a Zélia uma família completa que sempre suportava tudo.

Agora, Zélia estava morta, e eles já tinham terminado, então por que ele achava que podia tocá-la sem seu consentimento?

"Jorge, eu disse para me soltar! Você ouviu?!"

Naiara se debatia cada vez mais.

No momento em que Jorge a beijou novamente.

Ela mordeu com força.

Mordeu seus lábios.

A mordida foi forte, e o sangue imediatamente começou a escorrer.

O gosto metálico na boca fez Jorge hesitar por um instante, e Naiara aproveitou a oportunidade para empurrá-lo com todas as suas forças.

Ela se afastou do seu controle.

Fazia muito tempo que ela não comia, e alguns movimentos simples a deixaram ofegante e tonta.

Mesmo assim, ela não baixou a guarda, envolvendo-se no lençol e olhando para Jorge com cautela.

Sua atitude era clara: se ele ousasse tocar nela novamente, ela lutaria com ele.

Esse tipo de aparência de mulher casta e forte fez com que Jorge perdesse o interesse.

Jorge se aproximou e a pegou no colo.

Samara envolveu o pescoço de Jorge, levantando levemente o queixo com uma expressão orgulhosa, e disse: "Papai, me dê um beijo e eu te perdoo."

A frieza em torno de Jorge desapareceu, seus lábios finos formaram um arco, ele cooperou e beijou Samara no rosto.

Samara imediatamente sorriu de orelha a orelha, enterrando o rosto no pescoço de Jorge, cheia de carinho.

Jorge olhou para a menina em seus braços, que se acalmava com facilidade, e a encheu de amor.

Essa era a imagem que ele tinha de como uma filha deveria ser.

Espontânea e adorável.

Com um pouco de temperamento infantil, mas fácil de agradar.

Valéria havia ensinado bem a Samara.

Ao contrário de Zélia, que havia sido mal influenciada por Naiara desde pequena.

Zélia só precisava ouvir a mãe e, ao menor deslize, se escondia.

"O jantar está pronto, venha comer."

Valéria abriu o avental e foi até a porta com um gesto gentil.

Quando Jorge se aproximou, ela riu suavemente, dizendo: "Quando liguei para você, essa menininha ouviu e ficou esperando. Como você não apareceu, ela continuou ligando para você, e eu não consegui impedir. Jorge, não atrapalhamos você, certo?"