Lá estava Wendy, no corredor altamente luxuoso do colégio de elite em que estudava. Assim que entrou pela grande porta de vidro escuro, todos os olhares dos alunos que estavam lá, imediatamente se voltaram para ela.
De dedos acusadores, até reproduções em celulares de última linha, todos olhavam para ela com desdém e julgamento.
"Que vadia ela é", zombou um deles. "Para foder com todo o time de basquete, não pode ser menos do que isso", rebateu outra.
A verdade era que a maioria das garotas estavam com inveja por não ter tido a chance de conhecer um dos jogadores, enquanto aquela vadia ficou com a grande maioria. Já os alunos do sexo masculino se sentiram um tanto "felizes" pela oportunidade de contratar seus "serviços pessoais" e provar aquela figura esguia.
Vendo todas aquelas pessoas olhando para ela de forma intimidante, Wendy apenas se encolheu e então correu rapidamente para o banheiro feminino que, felizmente para ela, estava a apenas alguns passos de distância.
"Isso é ridículo porque todas aquelas pessoas estavam olhando para mim?" ela se perguntou interiormente enquanto respirava eufórica para recuperar o fôlego.
Colocando sua mochila para frente, Wendy deslizou o zíper para o lado e, em seguida, pegou o celular.
Ligando a tela, ela arregalou os olhos ao ver uma notificação no grupo anônimo da web, do qual participava uma grande porcentagem dos estudantes.
“Venha ver a vadia mais cobiçada da escola. Obs: com um pouco de esforço, você pode levar ela pra cama”, aquele título tendencioso, estava no nome do vídeo recentemente publicado, de um usuário com id desconhecido.
Abrindo o vídeo, todo o corpo dela começou a tremer. Em um quarto muito familiar, uma garota estava deitada nua sob os lençóis em uma cama enquanto os caras do time de basquete a fodiam um por um. Todos massageavam seus seios, deslizavam as línguas sobre seu corpo, batiam em suas nádegas e até apertavam violentamente sua boca para colocar seus órgãos masculinos.
Isso era um abuso óbvio, como essas pessoas poderiam julgá-la e rir? Os corpos nus de todos estavam censurados, e a única cara que deu para perceber perfeitamente ali era a dela, ninguém poderia dizer com total convicção quem eram os caras, embora fosse um pouco óbvio.
Desligando a tela do celular, Wendy olhou para seu reflexo no espelho com borda dourada do banheiro enquanto as lágrimas escorriam por sua bochecha, arruinando sua maquiagem malfeita.
Esta manhã sua mãe a forçará a ir para o colégio. Embora relutante, ela não teve escolha a não ser cobrir os hematomas em seu corpo com base e enfrentar mais um dia de sua rotina.
Encarar aqueles rostos e olhares julgadores era apenas mais um motivo para abalá-la emocionalmente. Afastando aquelas vagas memórias de sua mente, ela jogou o dispositivo em sua mochila e pegou um pequeno pacote de plástico de lenços umedecidos para limpar seu rosto.
Alguns minutos depois o sinal tocou, lembrando-a mais uma vez que ela teria que colocar seu medo de lado e ficar cara a cara com os outros alunos na sala de aula. Pior que isso, só ouvir os julgamentos, fofocas e zombarias sem poder fazer nada, ela não aguentava enfrentar tudo, pelo menos não sozinha!
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