O ambiente era muito aconchegante, mas após a colisão acidental entre eles, havia um sentimento peculiar nos corações dos dois.
Laurel tinha uma expressão calma e mantinha a compostura, mas ficou um pouco corada quando viu Sherlock olhando para ela.
Ela tentou se concentrar em brincar com Angeline, que estava segurando um de seus dedos. Elas corriam de um lado para o outro na espaçosa sala de estar.
"Presidente Laurel, por que não me deixa brincar com a Angeline? Você está com ela há mais de uma hora, tenho certeza de que está cansada." Sherlock estava querendo dizer isso há algum tempo, mas não se atreveu a falar com Laurel antes. Ele só fez isso depois de reunir toda a coragem que tinha.
Laurel nunca reparou muito em Sherlock, pois ele andava sempre com o irmão dela, que era alguém que aprontava muito. Ela imaginava que o irmão e o amigo dele fossem farinha do mesmo saco. No entanto, ela não pôde deixar de mudar um pouco de ideia ao notar como ele era atencioso e reparar em seu comportamento gentil.
Esta foi a primeira vez que ela ouviu a voz dele direito. Era uma voz baixa e atraente, e ele definitivamente não era da mesma laia que o irmão dela. Ele possuía todas as características de um homem maduro: um corpo alto e musculoso, assim como traços faciais sérios e requintados.
Quando Laurel se deu conta do que estava pensando, ela congelou.
Em dado momento, Sherlock já havia carregado Angeline no colo e caminhado em direção à porta da frente.
"O tempo está ótimo hoje. Acho que seria bom a Angeline tomar um pouco de sol", disse Sherlock com um sorriso, saindo em seguida.
Laurel congelou por um momento antes de ir atrás dele às pressas.
"Cuidado com os degraus, presidente Laurel!" Sherlock rapidamente alertou Laurel quando viu que ela estava usando salto alto.
No entanto, a cabeça de Laurel estava ocupada com pensamentos confusos, e ela também estava preocupada com o fato de Angeline estar ao ar livre. Ela não percebeu os três degraus que levavam para fora da sala e, quando ouviu o aviso de Sherlock, já havia tropeçado no segundo degrau.
"Ai..." Laurel gritou de dor e foi caindo para frente.
"Cuidado!" Sherlock respirou fundo e correu instintivamente para segurar seu corpo caindo.
Ele estava carregando Angeline com uma mão, e seu outro braço estava em volta de Laurel.
Laurel não caiu de bruços como previsto, e então sentiu um braço forte envolvendo seu peito.
Ela arregalou os olhos em descrença.
"Presidente Laurel, você está bem? Você se machucou em algum lugar?" Sherlock perguntou preocupado.
Chocada com o movimento repentino, Angeline gritou alto. O rostinho adorável dela se contorceu e ela fez uma careta.
O braço de Sherlock estava pressionado contra o peito de Laurel, e ela estava prestes a pedir que ele afastasse o braço quando ouviu o choro alto de sua sobrinha.
"Não se preocupe comigo. Rápido, vá cuidar da Angeline." Laurel imediatamente ficou preocupada com sua sobrinha.
Só então Sherlock retirou o braço nervosamente. Ele segurou Angeline no colo e a balançou suavemente. "Não chore, Angeline. Estou aqui, não precisa ter medo."
"Ai!" Laurel tentou andar, mas percebeu que havia torcido o tornozelo. A dor a fez se contorcer.
Bastou um olhar para Sherlock saber que ela havia se machucado.
Ele realmente não entendia por que as mulheres se torturavam assim. Elas não ficavam cansadas andando de salto alto?
A beleza era tudo para as mulheres?
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