GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 172

POV AMÉLIA.

Vim o caminho todo pensando em maneiras de repreender Magnos. Como ele pode ser enganado por aquela fada? Ele é um lobisomem forte e com sentidos apurados. Como não conseguiu impedir que aquela fada o beijasse?

Sei que Valéria armou para que eu os visse se beijando. Não sou uma mulher ingênua que cairia nesse golpe malfeito. Mas estou com raiva de Magnos por não esquivar daquela infeliz.

Agora os lábios de meu marido estão contaminados pela boca sebenta daquela m*****a.

— Amélia, se acalma. Nossos filhos estão ficando agitados com a sua irritação. Lembre-se de que eles podem sentir suas emoções — disse Ravina em minha mente, tentando me acalmar.

— Eu não quero agitar meus bebês. Me perdoem, pequenos — falei alto, enquanto acariciava minha barriga, sentindo os quatro se movimentando.

— Lia, por que está pedindo desculpas para meus sobrinhos? — perguntou Cecília, preocupada, enquanto dirigia.

— Eles estão agitados porque estou irritada. Eu não queria que eles ficassem assim por minha culpa — falei, me sentindo culpada.

— Você não tem culpa de ficar irritada e nervosa. Culpados são aqueles dois — disse Jake, irritado com Magnos e Valéria.

— Jake, eu acho que meu irmão está inocente nessa história. Pelo que percebi, Valéria o beijou, e não o contrário — disse Cecília, defendendo o irmão.

— Ele é culpado de estar com aquela infeliz que quer o conquistar. E Magnos poderia ter impedido isso. Vocês são lobisomens, como não conseguem evitar uma aproximação indesejada? — comentou Jake, não crendo na inocência de Magnos.

— Não sabemos o que aconteceu. E eu não acho certo ficar deixando Amélia mais irritada com o que você pensa. Não vê como ela e os filhotes estão? — perguntou Cecília, não gostando da atitude do companheiro. Jake, que havia se virado para me olhar, estava com um olhar de culpa.

— Me perdoe, Lia. Eu não deveria te deixar ainda mais nervosa com meus pensamentos — disse Jake, se desculpando.

— Tudo bem, meu irmão. Eu te desculpo — falei, sorrindo. Chegamos em casa, Cecília parou o carro, mas não saiu e fez uma expressão estranha.

— Por que não está saindo? Aconteceu alguma coisa? — perguntou Jake, quando percebeu Ceci quieta e imóvel.

— Amélia, eu sinto o cheiro do meu irmão. Ele está te esperando. Acho melhor você entrar sozinha e conversar com ele — comentou Cecília.

— Ceci está certa. Vá conversar com seu marido. Vou te apoiar no que você decidir — falou Jake, me dando apoio como sempre.

Saí do carro e, quando estava passando ao lado da porta do passageiro, Jake me segurou pelo braço. Ele me puxou para mais perto e beijou minha testa, como ele sempre fazia quando queria me passar coragem.

Os deixei e fui em direção à porta de entrada da casa. Eu sabia que Magnos me aguardava, e eu estava com vários desaforos para dizer àquele lobo mau. Mas, quando passei pela porta e o vi sentado tão desamparado, e quando se levantou e notei que estava nu, esqueci tudo que havia treinado para lhe falar.