GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 247

POV MAGNOS.

O que falei deixou meus pais visivelmente abalados, o medo em seus olhos era palpável. Saber que seus netos, sangue de seu sangue, estavam em perigo parecia ter despertado um medo que eu nunca tinha visto neles.

— Meus netos serão caçados? — perguntou minha mãe, sua voz tremendo de uma maneira que me deixou surpreso, pois minha mãe não demonstrava fraqueza.

— Se o inimigo descobrir sobre o poder deles, sim, meus filhotes serão perseguidos implacavelmente. Mas, antes que alguém sequer ouse pensar em tocá-los, eu os matarei sem piedade — respondi, com uma ira que nem me importava em disfarçar. A raiva me corroía por dentro.

— Se aquela bruxa pode proteger Amélia e meus netos, não farei nenhum obstáculo à sua permanência aqui — disse meu pai, soltando um suspiro profundo, carregado de uma tensão que parecia drená-lo.

— Eu também não me importo de ter que suportar a presença daquela m*****a, se for pelo bem de Amélia e dos meus netos. Ficaremos aqui, juntos, para proteger nossa família da influência daquele ser maligno — afirmou minha mãe, com uma determinação feroz.

Eu sorri, mentalmente, mas meu coração se apertou. Minha mãe sempre foi uma guerreira, uma loba que nunca recuou diante de nenhum desafio. Ver seu medo, mesmo sendo disfarçado por sua coragem, me partia por dentro, mas também me dava forças. Eu não esperava menos dela.

— Fico aliviado que entenderam. Mas, pai, o que realmente aconteceu entre você e Morgana para ela te odiar tanto? Há mais nessa história, eu posso sentir. Não acredito que seja apenas porque você a deixou pela minha mãe. Sinto que existe algo mais profundo, algo que você deveria tentar descobrir — falei, tentando penetrar as camadas de dor e arrependimento que percebia em seus olhos.

— O fato de tê-la abandonado pela sua mãe já é motivo suficiente para que ela me odeie. Mas, agora que mencionou… No dia em que conheci sua mãe, eu e Morgana estávamos em um encontro romântico, e ela parecia prestes a me revelar algo importante. Mas, no momento em que senti o cheiro da sua mãe, tudo o que existia entre nós simplesmente evaporou. Fui um canalha por descartá-la de forma tão fria, mas o vínculo de companheirismo é incontrolável. Ele não deixa espaço para discussões ou escolhas — admitiu meu pai, sua voz carregada de um peso que raramente demonstrava. Ver esse lado vulnerável dele me comoveu.

— Filho, se você realmente quer Amélia ao seu lado para sempre, sugiro que a escolha como sua companheira o mais rápido possível. Não deixe que o que aconteceu com Morgana aconteça com Amélia. Como vê, o vínculo de companheirismo é implacável, e nós não temos outra escolha a não ser aceitá-lo — disse minha mãe, com uma urgência que me pegou de surpresa.

Eu apenas escutei, absorvendo cada palavra, porque sabia que ela estava certa. Não posso permitir que Amélia sofra dessa forma. Minha decisão já havia sido tomada há muito tempo: Amélia será minha companheira escolhida. Mas, por enquanto, tenho que esperar. Não posso arriscar que ela passe por uma transformação quando a marcar, enquanto nossos filhotes continuam em seu ventre. Não posso e não vou.

— Sei o que preciso fazer, mãe. Amélia será minha companheira escolhida, mas só poderei fazer isso depois que nossos filhotes nascerem. Não posso arriscar a vida deles, por marcar a mãe deles devido à minha impaciência — respondi, minha voz quebrando o silêncio pesado que havia se instaurado.