GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 82

POV MAGNOS.

Caminhei pelas ruas com Amélia nos meus braços. Eu não parava de pensar no que ela disse sobre ouvir uma voz na sua cabeça. Será que Amélia é uma pessoa com doença mental? Estou preocupado de que meus filhotes herdem isso.

— Você só pensa no pior. Já parou para pensar que talvez Amélia esteja mesmo ouvindo alguém? — Perguntou Cosmo invadindo meus pensamentos. Detesto essa falta de privacidade às vezes.

— O que você está pensando? — Perguntei.

— Em nosso mundo existem diversas espécies que conversar com vozes em sua cabeça. Nós mesmo fazemos isso. — Comentou Cosmo.

— O que está insinuando? Que Amélia é um ser sobrenatural? Isso é impossível, nós teríamos percebido. — Falei.

— É uma possibilidade, explicaria porque não sentimos seu cheiro. Ela pode ser uma loba adormecida. — Disse Cosmo delirando.

— Você só pode estar louco, Amélia é humana, não um ser sobrenatural. — Falei não aceitando essas suposições.

— Você tem certeza? Ela não tem cheiro, está gerando filhotes de um alfa e fala com uma voz em sua cabeça. Isso significa que ela não pode ser uma bruxa, nem uma humana normal, mas pode ser uma loba. — Falou Cosmo convencido de sua teoria maluca.

— Isso não significa nada. Ela pode ser um usuário de magia que sabe esconder seu cheiro. Amélia pode estar louca e acha que ouve alguém conversando com ela. — Comentei não querendo aceitar essa possibilidade fantasiosa do Cosmo.

— Quer se enganar, fique à vontade. Mas acredito que Amélia é especial e pode, sim, ser um ser sobrenatural. Isso explicaria muita coisa. — Disse Cosmo.

Fiquei pensando no que Cosmo disse e precisava admitir que havia algo diferente com aquela humana. Talvez eu devesse investigar a origem de Amélia. Pedirei ao meu investigador de confiança que faça isso em sigilo. Amélia estava quieta, encostada em meu peito. Para quem estava reclamando do meu suor, ela está bem relaxada e confortável.

Ouvi um leve suspirar. Não acredito que ela dormiu nos meus braços. Que humana folgada. Um carro passou na rua e fez barulho. Amélia se assustou e acordou. Olhou para os lados e percebeu onde estava. Eu ri da expressão sonolenta dela.

— Já estamos chegando? — Perguntou abrindo a boca de sono e levantando a cabeça para me olhar. Esses olhos violeta dela, me encantam. Ela me olhando assim, toda inocente, faz meu coração se aquecer um pouco.

— Sim, veja estamos na esquina da minha casa. Espero que você não tenha babado no meu peito suado. — Comentei com deboche. Enquanto parava de andar. Ela me olhou com uma expressão descontente.

— Eu não babo. — Respondeu se fazendo de desentendida.