Grávida depois de uma noite com o Lycan romance Capítulo 5

Ponto de vista de Tanya

A porta batida treme terrivelmente, fazendo um som alto que atrai a atenção de todos; assim, todos se viram para encarar Marco enquanto ele sai do quarto 401. Chocada, percebo que subestimei o quão alto e enorme ele é. Ele é pelo menos uma cabeça mais alto do que todos no corredor e seus olhos frios e gelados varrem a multidão com um único olhar rápido.

"Qual é o problema?" ele diz, apoiado na entrada do quarto com uma xícara de uísque nas mãos. "Vocês não vão nos deixar dormir."

"É essa vadia", Alina grita. "Ela traiu o namorado dela."

"É mesmo?" ele olha para mim como se nunca tivesse me visto antes em toda a sua vida. "E o que te faz pensar assim?" ele pergunta calmamente, seus olhos ainda fixos no meu rosto.

"O quê?" Alina pergunta, confusa com a pergunta.

"Você entra aqui", ele se vira para encará-la, ficando ereto e dominando todos com sua incrível aparência. "Gritando e berrando aos quatro ventos que essa garota bonita traiu o namorado dela como se você a tivesse pego na cama com outro homem."

Apesar da minha situação desconfortável, eu coro ligeiramente por ele me chamar de bonita. Não é a primeira vez que me chamam assim, na verdade, já fui chamada de bonita muito mais vezes do que pelo meu nome; mas, de alguma forma, a maneira como ele diz isso, incendeia meu corpo e tenho um rápido flashback dos eventos da noite anterior. A multidão murmura em concordância e se vira para Alina e Brandon em busca de uma explicação. De fato, parece estranho que eles tenham invadido o hotel e começado a me acusar de infidelidade sem nenhuma evidência.

"Você não vê?" Brandon grita para a multidão. "O cabelo dela está desgrenhado e vejam seus olhos inchados."

"A noite passada foi louca", Marco responde, sua voz grave e grossa facilmente abafa as palavras de Brandon e chama a atenção da multidão. "Todos estavam comemorando o noivado de Eric e Lily. Havia bebidas grátis por toda parte. É de se esperar que a maioria das pessoas esteja de ressaca, e assim como essa garota aqui, teriam olhos cansados e inchados, com cabelos desgrenhados; resultado da festa pesada de ontem à noite."

Alina e Brandon trocam olhares nervosos. O sentimento público já está se voltando a meu favor e parece que o plano malévolo deles está se voltando contra eles.

"Você não vê que ela..." Alina gagueja. "E quem é você, aliás?"

Marco sorri, exatamente como um vilão sorriria, "Eu sou apenas um hóspede deste hotel cujo sono vocês acabaram de perturbar com seus gritos incessantes e acusações infundadas, então é justo que cheguemos ao fundo disso. É o mínimo que vocês podem fazer por nós por perturbar nosso sono", ele grita, alto o suficiente para que a multidão o ouça e todos parecem concordar.

Com raiva, Brandon se aproxima de Marco. Brandon é um dos homens mais fortes do nosso grupo, mas mesmo assim parece um ser minúsculo diante de Marco.

"Afaste-se desse homem", Brandon rosna, respaldando suas palavras com poder lupino. "Essa não é sua luta."

"Mas é", Marco rosna e o poder bruto que emana dele é tão forte que faz Brandon desviar o olhar e empurra a multidão um passo para longe dele. Estou maravilhada com seu poder e seu carisma, mal posso acreditar que passei a noite com um homem tão poderoso.

"Presumo que você seja a irmã dela", ele se vira para Alina, e ela recua ligeiramente de sua atenção. "Por que você está tão ansiosa para acusar sua irmã de traição? Mesmo que o namorado dela seja paranóico e acredite que ela está traindo ele, você não deveria defendê-la e provar que ele está errado? Em vez disso, você é quem está instigando a acusação. Vocês dois parecem muito certos de que ela traiu quando ela nem sequer esteve em seu quarto."

"Dê-me seu cartão-chave", ele sussurra para mim e eu rapidamente o entrego.

"Olhem aqui", ele grita para a multidão. "O cartão-chave dela diz 401 e ela nem está lá ainda."

A atenção de todos se volta para o quarto 401 e para o gordo, velho e rico empresário que está parado, seminu, perto da porta.

"Fico me perguntando o que esse velho está fazendo no quarto dela", Marco zomba. "A menos que certas pessoas tenham conspirado para incriminar essa garota inocente e armar uma cilada para ela."

O velho deve perceber que o plano deu errado e decide se salvar jogando Alina debaixo do ônibus.

"É tudo culpa dela", ele grita com sua voz rouca e áspera, apontando para Alina pálida. "É tudo ideia dela. Ela deveria atrair a garota aqui. Eu já paguei metade do valor acordado e ela não cumpriu sua parte do acordo."

"Alina", Marco sorri. "Do que ele está falando?"

"Essa é a única razão pela qual não estou em cima dele", ela ri. "Você tem certeza de que está bem? Você não parece bem."

"Estou bem", eu sorrio. "Só cansada."

"Ok", ela responde e volta ao trabalho.

Clara é a atendente da loja. Enquanto eu me concentro em criar os perfumes, ela se concentra em criar um inventário e garantir que os perfumes sejam bons o suficiente para serem vendidos. Embora sejamos colegas, nunca nos aproximamos muito, então é difícil dizer a ela que não estou bem; que tenho me sentido estranha desde aquela noite no hotel.

"Estou bem", repito para mim mesma pela enésima vez, ignorando a náusea que cresce em meu estômago e me concentrando no trabalho. Já vomitei quatro vezes naquele dia e Clara já está me olhando de forma estranha. Eu tento ignorar a náusea que se intensifica dentro de mim, mas ela apenas fica mais forte e eu tenho que correr para o banheiro para me aliviar. Quando saio, Clara está me esperando do lado de fora, com as mãos nos quadris e me encarando.

"O que foi?" pergunto, tentando me proteger do seu olhar penetrante.

"Você está grávida", ela declara e se aproxima de mim, abrindo minha pálpebra e esfregando as mãos em minha barriga. "Sim, você está definitivamente grávida. Eu não sabia que você já estava transando com o Brandon."

"O quê? É impossível", protesto. "Eu não posso estar grávida."

Eu a empurro para o lado e vou para o meu posto, ignorando o olhar inquisitivo de Clara. A única pessoa com quem eu faço sexo é Marco, um completo estranho sobre o qual eu não sei nada. Embora eu tente negar e refutar as palavras de Clara, eu sei que ela provavelmente está certa. Tenho notado os sintomas, mas não estou disposta a admitir. Mas preciso de confirmação para ter certeza.

"Vou sair mais cedo", anuncio para Clara e saio da loja antes que ela possa me impedir. Vou marchando até a farmácia mais próxima, compro um teste de gravidez e vou para casa. Com pressa, esbarro em Alina, mas a ignoro completamente. Felizmente, ela também me ignora e vou para o banheiro para fazer o teste. Prendo a respiração enquanto espero pelo resultado.

"Oh meu Deus!" eu grito quando o resultado aparece, e a tira de gravidez cai das minhas mãos trêmulas. "Isso não pode estar certo."