Gravidez inesperada romance Capítulo 32

—Precisamos conversar. Falo assim que vejo ela descer as escadas.

—O que houve, vai me xingar, falar o quanto eu sou inescrupulosa? Sua voz sai como facas afiadas.

—Olha mãe, eu poderia fazer isso, mais na verdade quero saber por que nunca contou para mim e Henrique que somos adotados? Sua feição muda rapidamente, de sarcástica para apavorada.

—De onde tirou isso menino? Sua voz sai entre cortada.

—Para mim não precisa mentir, eu já sei de tudo, sei que meus pais já morreram, eu sei de tudo mãe. Falo e ela tenta se aproximar de mim.

—Eu... eu posso explicar meu amor. Ela se aproxima e me abraça.

—Pode começar a se explicar então. Ela se afasta um pouco e começa a falar.

—Bom, eu sempre tive vontade de ter filho, mas nunca consegui, eu e seu pai passamos muito tempo tentando. Ela da uma pausa e suspira. —Fiz fertilização e não consegui, até que um dia nos dois resolvemos adotar, era tão normal fazer isso, apesar da burocracia, tantas pessoas tem o sonho de ser pais, mas não é fácil conseguir adotar uma criança. Ela começa a andar pela sala. —Nós conseguimos burlar o sistema, e alguns dias depois vocês apareceu nas nossas vidas, no começo não nos importamos muito de onde vocês vinha, mais um tempo depois um casal procurou vocês, alegando ser tios por parte de pai, só que já tínhamos a guarda definitiva de vocês, para o casal não entrar na justiça e correr o risco de perdermos vocês, nós pagamos a eles e então nunca mais apareceram. Aquela história cada vez me deixava com mais raiva, eles comprou nós dois, como se fossemos bichos. —Mais eu quero dizer que amamos vocês e só fizemos isso por amor. A vontade que tenho é de esquecer tudo isso, me isolar em qualquer lugar onde ninguém me encontre assim como ele Isa fez.

—Isso não é amor mãe, amar não machuca as pessoas, não faz elas acreditar em uma mentira, amar é deixar a pessoa fazer as próprias escolhas, é se sentir bem vendo a outra pessoa bem, amar é isso. Falo pondo as mãos no bolso.

—Henrique teve uma penamonia logo depois que chegaram, então cuidamos dele, e depois que vocês ficou maior eu não deixava ele ir viajar por que tinha medo dele passar mal, precisar de sangue ou coisa do tipo e vocês descobrir, eu fiz o meu papel de mãe, eu cuidei de vocês, eu amei e amo vocês incondicionalmente, e independente do que você pense, essa é a minha forma de amar, e se isso te afeta eu não posso fazer nada, se o fato de eu te proteger de namoradas interesseiras te sa raiva eu não posso fazer nada, essa sou eu Henry, cheia de defeitos. Ela fala alto

—Você não tem o direito de se meter nos meus relacionamentos, eu sei com quem eu devo ou não me relacionar, isso aqui não é sobre seu amor incondicional, é sobre a vida de duas pessoas cujo tudo foi uma mentira. caminho entre a sala para tentar me acalmar, a essa altura ela já está sentada bebericando uma dose de wisk.

—O meu amor incondicional te manteve bem até hoje, aquelas vadias que passaram por sua vida nunca te mereceu, eu mereço ter meu filho por completo. Ela se aproxima mas me afasto.

—Escuta o que a senhora esta dizendo mãe, eu não sou sua propriedade, a senhora não percebe o quanto estou mal por não ter a Isabelly aqui comigo?

—Ela fez bem ter sumido, ou eu mesma daria um fim nela, foi por culpa dela que você descobriu isso, essa história estava enterrada junto dos seus pais. Ela grita e fico olhando para ela, como a pessoa que eu mais amei se transformou nesse ser humano?

—Só me fala uma coisa antes que eu vá embora e não olhe mais para você, a Mia é sua filha, ou você sequestrou ela, por que pelas coisas que me disse hoje nessa sala eu não duvido que tenha feito algo do tipo.

—Sim, ela é minha filha de sangue, tive a Mia anos depois, nem esperava que fosse acontecer, mas ela sempre foi rebelde e decidiu ir embora. Quem ver nem imagina que ela fala da filha que ela tanto quis ter e só conseguiu depois de anos.

—Nossa conversa acabou, espero que conte para o Henrique a verdade, ele merece saber. Saio sem mais delongas, acho que se ficar mais alguns minutos eu vou passar mal.

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