-Ele fez o que? Henry pergunta depois que falo tudo de uma vez.
-Isso mesmo Henry, ele teve a coragem de fazer isso, se ele acha que vai tirar meu filho de mim, ele está redondamente enganado que eu movo céu e terra para ele nem encostar no Lucas.
-Ele não vai chegar perto do Lucas. Henry fala me puxando para um abraço.
Ligamos para a advogada, ela está vindo até nossa casa.
Na volta da boate passei na empresa que já era caminho e depois fomos buscar o Lucas, deixei para conversar com o Henry em casa sobre isso, sei que ele ficaria alterado assim como eu fiquei, quando chegamos eu já fui falando tudo de uma.
Pouco tempo depois a advogada chega na nossa casa, abro a porta e dou passagem para ela, entreguei a intimação para ela.
-Olha, não se tem muita coisa a fazer até o dia da audiência, se ele for mesmo o pai como ele afirma então ele tem direito na guarda da criança. Ela fala
-Ele nunca se importou com a criança, como ele tem direito ao meu filho?
Henry pergunta com raiva.
-Isabelly e Henry, a única coisa que eu posso indicar de vocês fazer agora é se casar, por quê? Para o juiz ver que vocês tem uma união estável, que são pais responsáveis e que a criança é bem amparada.
Ela fala levantando.
-Você acha que isso pode ajudar?
Pergunto.
-Sim, ao ver do juiz, uma família sólida tem mais possibilidades.
-Iremos nos casar. Henry fala olhando para mim
-Sim, o mais rápido possível. Falo e Henry me abraça.
Sim, é uma decisão tomada no calor do momento, nós já estávamos planejando isso, mais agora será tudo mais rápido, o quanto antes melhor. Não vou deixar Henrique pegar meu filho, ele nunca sairá de perto de mim e do Henry, nos somos os pais dele, Henrique só foi o progenitor do bebê.
No dia seguinte foi uma correria, iríamos nos casar apenas no cível e depois iríamos planejar o casamento na igreja, não conseguimos comunicar a ninguém, além do fato da mãe de ter falecido a poucos dias, não tinha animação para festa, e depois do que o Henrique fez, queríamos ter a certeza de que tudo daria certo.
-Você vai ficar bem?
Henry pergunta arrumando o seu paletó, ele tem uma videoconferência e depois que saiu da empresa nós iremos para o cartório.
-Sim, tenho que terminar de arrumar os papéis que a advogada pediu, e depois te encontro lá. Falo dando um beijo nele.
-Eu amo você, e nada vai acontecer, ele nunca vai conseguir separar nossa família. Henry se abraça e depois sai.
Anoite passada não consegui dormir direito, tive muitos sonhos ruins, o primeiro foi com o Henrique pegando meu filho do meus braços, ele da um sorriso sarcástico e vira as costas levando Lucas, o segundo foi o Lucas me dando tchau e segurando a mão dele e indo embora enquanto eu estava sentada sem conseguir segurar meu bebê.
Me senti destruída a cada segundo que eu acordava e pensava que posso perder meu filho para ele, não sei se vou suportar ter que entregar meu filho, não sei se conseguirei seguir uma vida sem meu bebê.
Pego Lucas no colo, o pequeno já sorrir, mesmo sem dentes, os pequenos detalhes nele é o que mais me fascina, os sorrisos dormindo, ele brincando com as mãos, até mesmo ele mordendo os dedinhos com a gengiva.
-Eu amo você pequeno, vai dar tudo certo. Aconchego ele ele meus braços.
O dia passou rápido, na verdade nem tão rápido para quem tem um coração aflito, mas estou confiante que tudo dará certo, e que Lucas nunca ficará longe de mim.
Dou banho no pequeno, visto uma roupinha de ursinho que comprei em Nova York, deixo ele ainda mais lindo se é que é possível, a babá ficará com ele e minha mãe já está a caminho, a propósito ela reatou o namoro, papai ainda está tentando se acostumar, porém ele sabe que não a terá novamente, então uma dica é sempre valorizar quem a gente ama.
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