Herdeira Misteriosa: Vingança Dominadora romance Capítulo 68

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Elsie Jones e Laura concordaram em se encontrar na tarde seguinte. Laura preparou alguns talismãs com antecedência. A reunião de amanhã seria mais para formalidades; Laura sentiu um rastro de karma ao redor de Elsie. Quando os humanos desenvolvem repentinamente tendências animalescas, geralmente se resume a duas razões: ou eles estão possuídos por um demônio, ou fizeram algo injusto e a má sorte os alcançou. Laura inclinava-se mais para a última opção nesse caso.

Após desligar o telefone, Laura massageou a cabeça dolorida, observando a bagunça em sua sala de estar. Ser atingida por raios duas vezes estilhaçou o vidro da sacada, chamuscou as plantas e descascou a tinta das paredes. O lugar já não era mais habitável.

Ela reuniu suas coisas, planejando ficar em um hotel por enquanto. No dia seguinte, Laura entrou em contato com a administração do prédio e sua proprietária, Diane, que atualmente estava viajando para o exterior. A primeira preocupação de Diane era o bem-estar de Laura.

"Você está bem?" Diane perguntou, a voz cheia de preocupação.

"Sim, eu estou bem", Laura a tranquilizou.

Somente então Diane respirou aliviada. "Bom ouvir isso! Vou providenciar a reforma do lugar. Sinceramente, já estava cansada da decoração atual", ela acrescentou. "Enquanto isso, tenho um apartamento vago no mesmo complexo. Por que você não fica lá por enquanto?"

Não havia muitas proprietárias como Diane em toda Charleston.

"Não precisa", respondeu Laura. "Eu mesma vou restaurar o lugar."

Ela já estava pensando em renovar o apartamento ou comprar diretamente de Diane. Afinal, ela estava muito mais rica agora. Embora os preços dos imóveis na cidade fossem absurdos, mais algumas performances e trabalhos de captura de espíritos cobririam. Laura já tinha feito seu plano.

Até o momento em que Laura chegou à casa do primo de Elsie, ela havia apanhado Erandur no caminho. O entusiasta da caça aos espíritos estava praticamente saltando de excitação ao ouvir sobre a missão deles.

"Posso gravar a aventura de hoje?" ele perguntou com entusiasmo.

"Não", disse Laura com um sorriso maroto. "A tarefa de hoje é toda sua."

Os olhos de Erandur se iluminaram. "Bem, então você tem que me filmar! Capture meus melhores movimentos para que eu possa mostrá-los mais tarde!"

Laura concordou com um aceno e estacionou o carro. Robert e Elsie já estavam esperando no quintal.

"Meus pais não estão em casa. Minha prima está lá em cima, dormindo", Elsie explicou.

"Leve-me para vê-lo", disse Laura.

Era a primeira vez que Elsie via Laura de perto. Ela parecia diferente do que Ella havia descrito - menos arrogante, mais composta. Perdida em seus pensamentos, Elsie liderava o caminho enquanto Robert, caminhando ao lado de Laura, continuava a conversar sobre vários assuntos. A maior parte disso era ele agradecendo a ela por tirá-lo de uma situação difícil. Se não fosse por ela, ele ainda estaria no escuro.

A conversa logo mudou para os boatos que cercavam a família Reed.

"Senhorita Laura, você sabe quem é o pai do filho de Ella? Depois de um escândalo desses, por que a família Reed não a expulsou?"

Laura lançou-lhe um olhar. "Eu conheço um detetive particular. Quer o contato dele?"

Robert sabiamente optou por abandonar o assunto.

Marcus Jones, primo de Elsie, morava no segundo andar da villa. Elsie bateu levemente na porta antes de abri-la lentamente. O quarto estava com pouca iluminação, apenas o suficiente para distinguir uma figura sob as cobertas.

Erandur cautelosamente tirou um papel do bolso, franzindo a testa quando pensou captar no ar o fraco e nauseante cheiro de sangue.

"Marcus? Acorde. Sua prima trouxe uma amiga para ver você", disse Elsie, dando um leve empurrão na figura na cama.

No segundo seguinte, a pessoa debaixo dos cobertores levantou-se rapidamente. Assustada, Elsie recuou, seu rosto esvaindo-se em palidez enquanto Robert rapidamente se moveu para protegê-la. Ambos se posicionaram instintivamente atrás de Laura.

A cena diante deles era completamente surreal.

Um garoto alto e magro de dezessete anos, agachado como um gato. Quando viu estranhos, ele mostrou os dentes, bufou e rosnou, imitando o comportamento felino de todas as maneiras possíveis.