Herdeiro do Alemão romance Capítulo 54

Edgar/Falcão- Narrando

Tava esperando os moleques fazerem todo o plano com aquele guia lá, eu tava só observando de longe enquanto Tuco cuidava dele e a criança sentada e claro que tava se tremendo de medo.

Sou ruim do jeito que for mas não mexo com criança, mas Tuco não tava errado, ele pode ser comprado pelo bope, se eles são tão inteligentes como parece, seria isso que eu faria, então a menina é uma boa garantia.

O dinheiro que o bope tá oferecendo ou a filha? se ele tiver mesmo recebendo dinheiro do bope por que ele pode ser apenas um trabalhador também, nunca se sabe.

- bora criança, levanta nessa porra - falo fazendo seu pai olhar pra onde estávamos

Augusto: Não, eu tô fazendo tudo direitinho, eu juro que tá tudo certinho, ninguém vai ver vocês.

- Fica tranquilo tio, ela vai comigo, quando eu voltar quero essa porra feita e a gente vai sair, se der tudo certo tu vai ter tua cria de volta, se não eu mando meter uma bala na cabeça dela

Augusto: Vai tá tudo certinho, eu juro. Deixem ela.

- se vai tá tudo correto, não precisa ter medo. Tenho palavra, ela vai voltar sem nenhum arranhão. - falo e puxo a menina comigo

Saio da boca e a menina chorando e berrando que só a porra, ódio de criança atentada. Ódio eterno, porém respiro fundo e sigo lá pra casa.

Fernanda; O que é isso, Edgar? - pergunta me olhando assustada assim como Duda

- ela é uma chantagem pro pai dela fazer os b.o certinho pra nós, toma conta dela

Duda: Ei porra, mexendo com criança caralho, coisa baixa carai. Devolve ela pro pai porra.

- Um carai fi, preciso de garantia que o coroa não vai fuder nós, vou perder outro não, Didi foi o único.

Fernanda: Menor, cadê ele Edgar? - Pergunta na hora

- eu vou trazer ele de volta, eu juro. Pode ficar tranquilo, só não perde essa mina de vista.

Duda: Tá bom, vem cá princesa, a gente não vai te machucar - fala e pega a menina no colo

- vem cá pro pai, meu moleque - pego ele dos braços de Fernanda e ele me dá um sorrisinho

Fernanda: Não deixa ele morrer, ele é meu irmão por favor, não posso perder mais ninguém- fala com lágrimas nos olhos

- já disse, Didi foi o único, não vou perder mais ninguém Fernanda, não posso perder mais ninguém, vou trazer ele. Eu juro. - dou um meio sorriso

Fernanda: Gosto muito de tu - ela me dá um beijo e eu apenas sorrio

- Vou indo, se cuida e cuida da garota lá - entrego Caio a ela - cuida desse molecote

Olho pra essa mulher perfeita da minha frente, no auge dos seus 17 anos, a coisa mais linda que eu já vi na minha vida, ela ficou com um ar de mulher depois que teve o Caio e 10x mais gostosa, meu deus.

Saio de casa e puxo direto pra boca de novo, vendo o movimento, dos moleques vendendo enquanto os vapores se organizavam pra buscar Menor, tava um barulho da porra mas tá suave.

- eai carai? resolveu? - pergunto entrando na boca

Tuco: Tudo pronto, só ir agora. Os moleques já tão prontos, só falta nós.

- Nós não, vai que essa porra é invasão, vai ficar desprotegido essa merda ? nossa família tá aqui.

Tuco: Mas a gente vai fazer o que então ?

- Eu vou e tu vai ficar aqui com metade desses homens, fortalece a parte de baixo, porque se invadiram tu chama o Nem, nossos pais. Tá ligado né? naquele pique - falo

Tuco: tá certo então, olho aberto visse porra - faço um toque com ele

Arrumo as coisas e puxamos pro meio do nada, geral equipado com radinho, a gente se dividiu em 3 equipes, 3 carros, tava suave. Espero que não seja mutreta pra invadirem o morro, porque vai ser foda, mas acho que não.

- Rato, quero tu indo direto atrás do Menor, se tiver muito ruim manda pra Maré, entendeu né porra?

Rato: Tá certo, chefe.

- vou ficar na contenção atrás, quando sair avisa, que nós recua.

D2: Tô contigo, chefe.

A gente já dava pra ver a "cabana" e nada de movimento estranho e eles perceberem, então pegamos mesmo eles de surpresa. O mandado lá tava certo.

Começamos atirando, deitando os guardas da primeira porta, mas logo aparece outros seguranças qie provavelmente estão responsáveis pelo perímetro.

Depois desses tiros, começou a guerra, só se escutava gritos e balas. Tiros e mais tiros, mas a gente tava ganhando já que tivemos o elemento surpresa.

- Onde tá teu chefe? cadê o Estevan? - pergunto pra um homem que eu tinha derrubado

Xxxxaxxx - Estevan? a gente não é comandado por esse cara não - fala e tava na cara que tava mentindo

- Tu tem família parceiro? - ele assenti - então, quer tirar ladrão na tora mermo? sou burro não, desenrola logo essa porra

Xxxxaxxx - Estevan não tá aqui, ele nem botou o pé aqui, mano. Ele só deu as ordens e a gente seguiu

- Quem tá comandando essa porra aqui?

Xxxxxxaxxxx - Sebastian - fala engolindo a seco

- quem é esse? - pergunto e já tinha escutado esse nome

Xxxxxxaxxx - Sobrinho do Estevan, ele é um dos tenentes - dou um sorriso, agora me animou

Sabia que ele não ia tá aqui, mas me dá outro familiar dele, é muita burrice ou não... Ele sabia que eu viria? claro...

- Cuidado, tem um tenente nessa porra. - falo e logo sinto um murro na minha boca

Sebastian: Não, eu tô aqui mesmo. Minha única missão é eliminar o mal pela raiz. - ele dá um sorriso e ele era forte, machucou legal, chega tava um pouco tonto

- Seu tio devia saber que comigo o problema é mais embaixo, minha guerra não é contigo, parceiro

Sebastian: Não sou parceiro de bandido, eu sou muito melhor do que você.

- Uau, bem humilde né? adoro gente assim- e olha que eu sou assim

Ele me dá outro murro, porém eu consigo desviar e graças a deus porque parecia que ele vinha com toda raiva viu...

Sebastian: Meu tio falou que se eu conseguir te matar, tua mulher é minha, acredita? ela é tão gata, que não consegui resistir - esses cara gosta mesmo de prejudicar

Ele me dá um murro que faz com que eu caia no chão mas logo levanto, e dou uma sequência de murro que ele cai no chão, e eu boto meu pé na sua barriga com toda força do mundo.

- nunca fale da minha mulher, porque ela é muito bonita pra tá na boca de gente tão podre - dou um sorriso - você não vai me matar

Antes de puxar o gatilho escuto o radinho tocar.

Rato: pegamos o Menor já, não tá muito acabado, vamos levar pra casa.

Antes de responder, escuto um barulho de um tiro me fazendo correr pra trás de uma árvore, logo vejo Sebastian levantando e dou um tiro na sua perna e recebo outro que por sorte não me acerta.

- Recuar, tô mandando, Recuar - falo no radinho

D2: estamos indo chefe, os carros tão na rota de fuga - fala

Já tinha perdido Sebastian de vista, infelizmente a morte dele não será hoje, mas é o segundo na lista... Eles que me aguardem.

- SEBASTIAN, CUIDA DAS TUAS PRIMINHAS - grito correndo pro lugar combinado

Vejo alguns de nós trocando tiros enquanto outros vão entrando no carro pra ajudar enquanto todos entravam...

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Herdeiro do Alemão