Capítulo 2
Feridas Abertas Nunca Curam
Cassian estava sentado na cadeira do consultório, os dedos tamborilando impacientemente na mesa enquanto o Dr. Marcel Lefèvre falava. Mas ele não estava ouvindo.
A única coisa que ressoava em sua mente era a maldita discussão com Naia minutos antes.
— Senhor Délano? — O médico chamou sua atenção. — O procedimento foi realizado com sucesso.
Cassian piscou, voltando para a realidade.
— Certo, certo... ótimo.
Dr. Marcel o observou com cautela.
— O senhor está bem?
Cassian passou a mão no rosto, soltando um suspiro irritado.
— Preciso de um café.
O médico cruzou os braços.
— Não acho uma boa ideia. Você já está muito agitado.
Cassian riu, sem humor.
— Então eu preciso de algo mais forte.
Ele se levantou, pegou as chaves do carro e saiu da sala. Dr. Marcel balançou a cabeça, sabendo que não adiantaria argumentar.
Cassian seguiu pelo corredor, passou pela recepção e desceu até o térreo. A cada passo, sentia a irritação crescer dentro dele. O encontro com Naia o havia desestabilizado mais do que ele queria admitir.
Assim que cruzou a porta de saída do hospital, seus olhos se fixaram em uma silhueta familiar.
Naia.
Ela estava ali, alguns metros à frente, mexendo no celular, alheia à presença dele.
O sangue de Cassian ferveu. Ele apertou os punhos. Antes que pudesse pensar, suas pernas já estavam se movendo na direção dela.
Ele a segurou pelo braço, virando-a para encará-lo.
— Deixa eu te falar uma coisa, sua riquinha mimada.
Naia se sobressaltou, tentando se desvencilhar, mas o aperto de Cassian era firme.
— Me solta, Délano!
— Achei que você fosse diferente dos seus pais. Mas hoje eu vi que você é a cópia fiel do escroto do seu pai e da megera mimada da sua mãe!
Os olhos dela se arregalaram, mas a fúria rapidamente tomou conta.
— Quem você pensa que é para falar da minha família, seu arrogante desgraçado?
Cassian deu um passo à frente, os rostos próximos, a tensão elétrica entre eles.
— E sabe de uma coisa? Que bom que não nos casamos. Ou eu teria que lidar com uma mini cópia de tudo que há de pior nos Beaumont dentro da minha própria casa.
Naia travou a mandíbula. O peito subia e descia em respirações rápidas.
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