INSANO romance Capítulo 61

FABRIZZIO

Após algumas horas, descubro que meu pai pagou uma fiança milionária e conseguiu ficar em liberdade.

Dou uma porrada na parede do quarto e Laetitia se assusta.

- Irmão, o que houve?

- Papai pagou fiança e foi para o interior com mamãe. Eu vou matá-lo!

- Calma, mi amato... Ele realmente merece a morte, mas não por suas mãos...

- Laetitia, me diga agora, porque você desmaiou?

Ela engole em seco e fica pensativa. Seu semblante escurece e ela decide contar a verdade:

- Fui uma das vítimas do papai...

- QUE? - meu sangue italiano ferve, fazendo-me gritar.

Nessa hora, Enrico chega no quarto e fica assustado com meu grito:.

- Que grito é esse, Brizzio? Porra, se controle!

Ele olha para Laetitia e percebe ela muito nervosa.

- O que está havendo aqui? - Enrico pergunta desconfiado.

- O monstro do nosso pai... Ele abusou da Laetitia! -  rasgo para ele a verdade, deixando-o chocado.

Nesse momento quem grita é Enrico, revoltado nível hard:

- QUE? Eu... EU VOU MATÁ-LO! - Enrico brada, pondo as mãos na cabeça, revoltado - Ahhh!!!!! Eu não acredito que esse demônio nos enganou por todos esses anos! Acabei de saber que nossa mãe está do lado dele e foi com ele para a mansão do Interior! Ela só pode estar louca !

- Ele é extremamente manipulador... Temos que ter cuidado... - comento muito preocupado.

Enrico olha para nossa irmã e pergunta:

- Laetitia, como você se lembrou?

- Eu lembrei que ele sempre me colocava para dormir, quando a mamãe ia desfilar em Milão e me dava um leite quente... Eu sempre adormecia e no dia seguinte acordava muito... dolorida...

- Chega! Eu não suporto mais ouvir isso...- começo a chorar desesperado, com a descoberta de tantas desgraças e abraço minha irmã - Estamos aqui... Vamos te proteger, mia sorella...

Tradução: minha irmã

- Obrigado, Fabrizzio...

Enrico a abraça também e ficamos um tempo assim, unidos e chorando em silêncio.

Depois, tento falar com minha Angel novamente e vou ao quarto dela. Os seguranças ficam olhando para mim com cara de assassinos e Eduardo sai para fora.

- Eu preciso falar com ela, eu não aguento mais! - falo impaciente.

Eduardo olha para ela e então Angelina fala:

- Deixe o Fabrizzio entrar...

Os seguranças abrem espaço e eu entro. Ao olhar para ela, vejo seu semblante sério para mim.

- Minha Angel... - falo emocionado, louco para abraçá-la.

- Se sente, Fabrizzio.

Eu pego a cadeira e me sento ao seu lado. Ela olha para mim e fala toda melancólica:

- Como nunca percebi...

- O que, Angelina?

- Seus olhos... São idênticos ao dele... Meu Deus...

Ato contínuo, pego em sua mão e tento acalmá-la:

- Eu não sou igual a ele... Eu te amo e jamais faria uma atrocidade dessas que ele costumava fazer...

- Eu sei... Mas você é filho dele! Como vou conseguir olhar todos os dias para você e fingir que nada aconteceu?

- Vamos enfrentar isso juntos, Angel... Desde o dia que descobri que ele fez tudo aquilo contigo, ele morreu para mim... Eu achava estranho ele não tirar fotos e viver isolado, mas nunca imaginei nada do tipo... Eu não o quero na minha vida... Se eu pudesse, o matava agora... Não sei o que será de mim, se eu vê-lo.

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