RENZO CHIAVENATTO
Hoje é o dia do julgamento.
Estou meio apreensivo mas não vou para aquela cadeia de jeito nenhum...
Tenho um plano arquitetado...
Eu não sossegarei enquanto não matar aquela menina
***
DIA DO JULGAMENTO
FABRIZZIO
Seguimos em direção a comarca onde ocorrerá o julgamento e percebo que Angelina está pensativa mas não vejo medo em seu olhar.
Meu advogado me disse que centenas de vítimas apareceram após Eduardo postar em suas redes sociais que meu pai estava indo a julgamento por ser um pedófilo e isso fez a notícia se espalhar, encorajando as vítimas a se manifestarem.
Meu pai está fodido.
Tenho certeza que nunca mais sairá da cadeia.
Entretanto, isso fez as pessoas me atacarem e o lucro das minhas empresas caírem.
Ser filho de um psicopata não é fácil.
Perdi quase todos os investidores e estou preocupado.
Muitas famílias dependem de trabalhar em minhas empresas para sobreviverem e eu tive que demitir muitas pessoas.
Ao chegarmos no recinto, nossos advogados conversam algumas coisas e vemos que está cheio de gente.
Do lado de fora, muitas pessoas gritam por justiça e pedem que meu pai seja morto.
Eu abraço Angelina e vamos nos sentar em nossos lugares. Meu pai chega com seus 30 advogados e se senta do lado oposto.
Angelina respira fundo e não o encara.
A juíza, Lina Cruz, chega no recinto e inicia o julgamento:
- No dia de hoje, será julgado o acusado, o senhor Lorenzo Chiavenatto. Os crimes que constam na acusação são: homicídio qualificado em desfavor de seu progenitor, o senhor Stefano Chiavenatto, estupro de vulnerável em desfavor de Angelina Montenegro e mais outras 345 vítimas que o denunciaram, as quais foram feitas denúncias e essas foram aceitas. E, outrossim, o homicídio doloso dos pais da testemunha Angelina, os falecidos Humberto e Genevive Montenegro. O julgamento com certeza irá demorar alguns dias, pela quantidade de depoimentos das vítimas em desfavor do acusado. Podem se sentar.
Todos se sentam e ela continua falando:
- A defesa se manifeste.
Os advogados do meu pai começam sua verdadeira encenação digna de Oscar, argumentando que meu pai se trata de um cidadão semi imputável, ou seja, não consegue controlar seus atos, embora tenha consciência deles. Banalizando seus crimes horríveis e tentando fazê-lo passar por um doente que precisa de cuidados permanentes.
Meu pai conseguiu vários atestados médicos de que estava doente do coração e que tomava remédios para esquizofrenia e transtornos psicopáticos, enfatizando que meu avô Stefano sabia de tudo mas queria tapar o sol com a peneira
Eu não suporto a ousadia difamatória contra o nome do meu avô e me levanto, gritando, puto da vida:
- ISSO É MENTIRA!!!!! SEU DESGRAÇADO FILHO DA PUTA!!!!! COMO OUSA MANCHAR O NOME DO MEU AVÔ! Ele não sabia de nada!!!!
A juíza fica possessa, batendo o martelo, repreendendo-me:
- O senhor se sente e fique calado ou será expulso dessa audiência!!!!
Meu advogado me faz se sentar e eu bufo.
Depois de algum tempo, Angelina é chamada para dar seu testemunho.
Ao se levantar, muito serena, Angel olha para a tal Phoenix, que balança a cabeça para ela. Outrossim, ela evita olhar para meu pai e vai se sentar de frente para todos nós.
Porém, ao abrir os olhos e respirar fundo ela o encara com ódio.
- Promotoria, se manifeste. - a juíza ordena.
O promotor do caso se levanta e faz perguntas à Angelina sobre como era sua vida no orfanato.
No início ela não chora, fala com segurança, mas ao lembrar dos abusos, as lágrimas invadem seus olhos.
Eu a observo relatar tudo e todos ficam chocados
- Este monstro acabou com minha infância e de centenas de crianças que hoje são adultos mas que carregam o fardo desses traumas em seus corpos e em suas almas! Ele matou meus pais num acidente de carro, matou o próprio pai, tentou matar os filhos para que não viessem depois aqui hoje e eu tive que fugir por esses meses para que ele não mandasse me matar! - Angelina relata, revoltada.
O advogado do meu pai se levanta e protesta:
- Protesto, meritíssimo! A testemunha está sendo subjetiva, falando algo calunioso contra meu cliente sem provas! Seu filho Enrico está morto, sofreu um acidente de carro!
Nessa hora, Enrico entra no recinto, tira os óculos pretos e fala, surpreendendo a todos:
- Eu estou vivo! Mas foi ele sim que tentou me matar!
Todos ficam perplexos e Lorenzo arregala os olhos.
- Senhor Enrico, o senhor será testemunha de defesa, sente-se em seu lugar... - a juíza ordena e ele vai se sentar.
Lorenzo bufa e tenta fingir estar feliz porque o filho está vivo mas pensa:
- Esse desgraçado está vivo! Que ódio!
Angelina continua seu depoimento e depois das perguntas da promotoria, os advogados de meu pai vão fazer-lhes perguntas:
- A senhora tem alguma prova que meu cliente a abusou? Afinal, era somente uma criança e pode ter o confundido com alguém.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: INSANO
História bem escrita, q prende o leitor. Aqui o sexo é Bdsm. Muita violência, psicopatia, perseguições, assassinatos com requintes de extrema crueldade. Há amor. Mas deixa um gosto amargo lê-lo. O saldo pra mim é de que não valeu a pena. Mas para quem acha violência normal, gostará....