Insuportável! Esse Ex-Marido Tornou-se Perseguidor! romance Capítulo 144

Letícia Ferreira sorriu levemente e subiu as escadas.

Nesse ínterim, Lázaro Ferreira pousou a bandeja sobre a mesa, sem sequer olhar para Sheila Senna, e ordenou: "Beba."

"…Sim."

Agora, restavam apenas os dois, e Sheila Senna sentia-se extremamente desconfortável, sua mente repleta das memórias do beijo que ele lhe deu na noite anterior...

Ela, nervosa, agarrou a tigela de sopa e tomou um grande gole.

"Ah!"

De repente, Sheila Senna soltou um grito de surpresa.

"O que foi?"

Lázaro Ferreira se assustou e, num salto, cruzou a mesa até chegar perto dela.

"Hm…"

Sheila Senna estava com a mão sobre a boca, o rosto vermelho e os olhos marejados de lágrimas.

"Se queimou?"

Lázaro Ferreira entendeu imediatamente e segurou seu rosto dizendo, "O que está esperando? Cuspa isso agora!"

No entanto, Sheila Senna já havia engolido a sopa.

A sopa quente queimava sua garganta e peito, fazendo sua expressão de dor intensificar-se.

"Você é uma tola?"

Lázaro Ferreira franzia a testa, "Por que engoliu algo tão quente?"

Sheila Senna, com a mão sobre a boca, não conseguia falar.

Como ela saberia que estava tão quente? Além disso, sabia o quanto certos ingredientes eram preciosos?

Depois de anos enfrentando dificuldades, ela havia desenvolvido o hábito de não desperdiçar nada. Como poderia se dar ao luxo de cuspir?

Vendo-a com os olhos cheios de lágrimas, inocente e injustiçada, de repente, o coração de Lázaro Ferreira amoleceu.

"Está doendo muito?"

Sheila Senna, com os olhos cheios de lágrimas, assentiu. A sopa devia ter sido mantida aquecida no fogão por muito tempo; estava extremamente quente.

"Venha comigo!"

Lázaro Ferreira segurou sua mão e a levou para a cozinha.

Ao abrir a geladeira, Lázaro Ferreira, com um olhar imperativo, ordenou: "Abra a boca!"

"?"

Sheila Senna, confusa, cobriu a boca com a mão, os olhos arregalados em um misto de surpresa e hesitação. Por que ele estava pedindo isso?

Sheila Senna piscou, sentindo tudo aquilo meio surreal.

"Melhorou? Ainda dói?"

Ele perguntou, apontando para a lixeira ao lado: "Se não estiver mais doendo tanto, cuspa. O gelo é um alívio temporário; ainda precisamos aplicar o medicamento."

"…" Sheila Senna, ainda atordoada, assentiu lentamente e virou-se para cuspir o gelo.

"Abra a boca." Lázaro Ferreira segurava o spray, indicando para ela levantar o queixo.

"Eu, ah…" Sheila Senna finalmente conseguiu falar, embora com dor, "Deixe-me fazer."

"Você não consegue ver, como vai aplicar? Obedeça, abra a boca."

Lázaro Ferreira não lhe deu escolha. Sem alternativa, Sheila Senna ergueu a cabeça e abriu a boca, "Ah…"

Revelando seus dentes brancos e alinhados, além da língua rosada.

Tudo nela era tão adorável…

Lázaro Ferreira engoliu em seco com intensidade, segurou o queixo dela com uma mão e pegou o spray com a outra, falando manso e suavemente.

"O remédio é amargo, aguente firme, tá bom?"

"Hmm—"