Insuportável! Esse Ex-Marido Tornou-se Perseguidor! romance Capítulo 145

No momento em que o spray entrou em sua boca, Sheila Senna sentiu um amargor penetrante que parecia subir até o céu da boca, um gosto indescritivelmente amargo que a fez estremecer involuntariamente.

"Uhm..."

Como se adivinhasse o que ela estava prestes a fazer, no instante em que ela virou o rosto para cuspir, Lázaro Ferreira levantou a mão e cobriu firmemente a boca dela, seus olhos assumindo um brilho sério e intimidador.

Com um olhar sério e intimidador, encarou-a.

"Remédios amargos são para o seu bem, não pode cuspir!"

"?"

Sheila Senna ficou perplexa. O amargor era insuportável, uma sensação que a fazia querer se livrar do gosto a qualquer custo. Ela levantou a mão, tentando se soltar dele, desesperada para aliviar o desconforto.

"Sheila Senna, está desobedecendo, é?"

De repente, Lázaro Ferreira levantou-se, retirando a mão da boca dela.

Antes que Sheila Senna pudesse reagir, ele segurou seu rosto novamente e, inclinando-se, cobriu a boca dela com a sua em um beijo intenso.

"?!"

O beijo súbito a deixou completamente imóvel, cessando sua resistência.

O que ele estava fazendo?

Ele estava beijando-a novamente?

Diferentemente da rigidez dela, o homem parecia estar meio embriagado. Especialmente quando os longos cílios dela tocavam sua pele, causando-lhe cócegas e agitando seus nervos.

Com uma voz grave, entrelaçada com sua respiração, ele sussurrou perto de seus lábios.

"Ainda está amargo?"

"..."

Sheila Senna, sem saber o que fazer, ficou com a boca ligeiramente aberta, uma expressão vazia no rosto, gaguejando, "Não, não está mais."

"É mesmo?"

Lázaro Ferreira deu uma risada baixa. "Um beijo fez com que não ficasse mais amargo?"

"O quê?" Sheila Senna, confusa, não sabia se não tinha ouvido direito ou se não tinha entendido o que ele estava insinuando.

"Bobinha."

De repente, Lázaro Ferreira sentiu uma coceira insuportável de afeto, apertando-a contra si, envolvendo-a em um abraço possessivo.

"?"

Sheila Senna ficou pasma, seus olhos claros e grandes abertos, com a boca entreaberta, exalando um hálito que ainda carregava o gosto amargo do remédio.

"Sheila."

O nome dela rolava na ponta da língua dele como uma melodia silenciosa.

Virando de um lado para o outro, com os olhos abertos ou fechados, o rosto de Lázaro Ferreira, e seu beijo... não saíam de sua mente.

Na manhã seguinte, antes mesmo de amanhecer, ela levantou-se e saiu silenciosamente da casa Ferreira.

Inicialmente, ela pretendia se despedir de Letícia Ferreira, mas agora, isso estava fora de questão. Quanto mais tempo passasse na família Ferreira, mais assustada ficava!

Parece que teria que se desculpar com a senhora mais tarde.

Ao retornar à Rua Arthur Bernardes e deitar-se em sua própria cama, finalmente... Sheila Senna sentiu-se mais tranquila e conseguiu dormir em paz.

...

À noite, chegando ao Bar Mise-en-Scène.

Antes de se trocar e se maquiar, Sheila Senna pegou o celular e ligou para Letícia Ferreira.

"Vovó."

"Sheila, querida."

Do outro lado, Letícia Ferreira estava um pouco descontente. "Onde você foi? Como assim não te vi desde cedo?"

"Vovó."

Sheila Senna sorriu e explicou, "Eu saí cedo hoje, não estou te ligando agora? Eu queria dizer que fiquei na casa da família Ferreira por alguns dias, mas a partir de hoje, eu não vou mais."