Inversão de Amor: Conquistar o CEO romance Capítulo 39

Logo que pensou nisso, ouviu Wagner Costa abrir a boca: "Tem também o amor e a companhia."

Beatriz Souza apenas olhou para ele sem dizer uma palavra.

Wagner Costa continuava a falar: "Apesar de a senhora ter partido cedo, ela preparou o caminho para você. Ela pode não estar mais aqui, mas o coração dela sempre está ao seu lado."

Silêncio.

Depois de ouvir Wagner Costa falar sobre o amor materno por mais de uma hora, Beatriz Souza, já satisfeita com a refeição, não se conteve e bocejou.

Foi só aí que Wagner Costa percebeu que tinha faldo de mais demais: "Senhorita, agora que já é maior, quando pensa em assumir a empresa?"

Apesar de já sentir carinho e ter apego pela empresa, estava claro que ela pertencia à senhorita e deveria ser devolvida a você.

Mas Beatriz Souza respondeu calmamente: "Você está se saindo bem, continue no comando."

Uma empresa pequena, sem departamentos funcionando normalmente, exigia que ela fizesse tudo sozinha — e isso lhe tomaria muito tempo de sono!

Wagner Costa ficou confuso.

Beatriz Souza perguntou: "A família Rodrigues mostrou algum interesse em comprar a empresa?"

Se a família Rodrigues realmente visse potencial de crescimento na empresa, não precisaria usar a felicidade de Ronaldo Rodrigues como moeda de troca. Uma oferta generosa seria suficiente, eles tinham dinheiro para isso.

Mas Wagner Costa negou com a cabeça: "Que não!"

Beatriz Souza franzia a testa, sem entender, mas decidiu não pensar mais nisso: "Tio Wagner, se lembrar de algo que minha mãe pediu para entregar a mim, me ligue."

"Claro," respondeu Wagner Costa, e acrescentou: "Senhorita, me passe o número da sua conta bancária. Para futuras distribuições de lucros da empresa, farei a transferência diretamente para você."

Antes, Beatriz Souza era muito jovem e depois acabou indo para o exterior. Só agora Wagner Costa começou a repassar os lucros para o responsável legal.

Cinco milhões de reais não eram muito aos olhos de Beatriz Souza, mas por que deixar a família Souza se beneficiar?

Ela deixou o número da conta e foi embora.

No último andar do Hotel Pereira.

Alcides Pereira estava sentado no sofá, olhando com desprezo para Elton Pereira no escritório.

A família Pereira, naquela geração, só tinha a casa principal e a secundária dentro da Cidade Imperial.

Como primogênito e neto direto, Rodrigo Pereira herdou o poder, mas Mateus Pereira não aceitava isso e causou muitos problemas.

A linhagem da casa ancestral, que não se envolvia nos conflitos comerciais da família, somente cuidava das questões internas, e Alcides Pereira tinha paixão pelas artes marciais.

Ele não aprovava os métodos da casa secundária e admirava genuinamente Rodrigo Pereira, mas detestava a ideia de ter um herdeiro de origem desconhecida sujando a gloriosa trajetória do irmão!

Além disso, o garoto tinha problemas mentais e era frágil e pequeno. Como alguém assim poderia ser sucessor do seu irmão?

Alcides Pereira resmungou e desviou o olhar.

Nesse momento, a porta se abriu e Rodrigo Pereira entrou.

Com a chegada do homem, uma pressão quase percetível encheu o ambiente, fazendo Alcides Pereira se endireitar rapidamente e cumprimentá-lo com respeito: "Irmão mais velho."

Rodrigo Pereira respondeu com um "hm": "O que veio fazer aqui?"

Alcides Pereira, nervoso, tocou seu nariz pontudo: "O velho soube que você vai para a Cidade Imperial cuidar da saúde da nossa avó e me mandou ir junto como testemunha. E também , ver se consigo ser discípulo do Dr. Heitor, para aprender um pouco das artes marciais antigas."

Com o passar dos anos, as artes marciais pareciam estar desaparecendo, mas na verdade ainda havia mestres misteriosos entre o povo.

As famílias Almeida e Carmo eram as mais respeitadas nas artes marciais antigas, e o sonho de Alcides Pereira era tornar-se discípulo delas.

Rodrigo Pereira lançou-lhe um olhar e sabia que a intenção do rapaz de se tornar aprendiz era sincera, mesmo que a de testemunhar fosse apenas uma desculpa. Mas aprender artes marciais na família Almeida?

Seus olhos estreitos se voltaram para o escritório, mostrando um brilho sombrio: "Quando chegar a hora, Elton vai contigo. Mas o Dr. Heitor é exigente com seus discípulos, talvez você não atenda às expectativas dele. Já Elton, talvez tenha uma chance."

Do lado de fora.

Bella Souza segurava o celular, espiando pela porta, e falou na gravação: "Julinho, mamãe voltou!"

Elton Pereira disse: "Bellinha, cai fora, papai tá descendo pra procurar mamãe!"

Bella Souza correu para o degrau da escada e viu seu pai gatão saindo do elevador e indo direto para o quarto delas, que estava com a porta aberta.

Assim que ele entrou, Fábio Pereira correu como um coelho para fora e colocou um cadeado enorme na porta.

Em seguida, Fábio foi até o degrau da escada e perguntou às escondidas: "A bebida que vocês deram pra eles, tomaram?"

Bella Souza confirmou: "Beberam sim! Eu misturei na água!"

Elton Pereira acrescentou: "O Papai Mandão também bebeu."

Fábio Pereira exclamou: "Perfeito! Bella Souza, sua missão agora é dar um jeito para a Karina não voltar. Esta noite vai esquentar o clima entre seu pai e sua mãe!"

Bella Souza, confusa, perguntou: "Que tipo de remédio você deu para a mamãe?"

Fábio Pereira sorriu maliosamente e disse: "Isso é papo para adultos!"

Claro que era aquele tipo de remédio! Sabendo que o irmão mais velho tinha uma força de vontade incrível, o que eles beberam foi uma versão ainda mais potente!

Na casa.

Beatriz Souza estava tomando banho quando ouviu barulhos do lado de fora. Enrolada em uma toalha, saiu e perguntou preguiçosamente: "Bellinha, Karina, vocês chegaram?"

E então ela viu um homem sentado no sofá.

"..."