Eu não vi a hora que os nossos pais chegaram, e também não perguntei pois eu não quis participar do café da manhã, pois com certeza o clima estaria super tenso entre eu e o Gustavo e os nossos pais iriam perceber de cara, o melhor seria evitarmos ficar no mesmo ambiente na frente deles, coisa que seria difícil, já que provavelmente nossos pais passariam o dia e a noite em casa por conta da folga deles.
Na hora do almoço, eu me obriguei a sair do quarto, eu tomei um banho, escovei os dentes, e coloquei um short jeans, com uma camiseta vermelha, nada que chamasse muita atenção, não que eu não quisesse a atenção do Gustavo, e sim porquê eu estava realmente brava com ele e totalmente frustrada, mas é claro que eu nunca o deixaria saber disso.
Quando cheguei na cozinha, encontrei apenas o Gustavo, tomando ainda café da manhã em pleno horário de almoço, e não tinha nada pronto pra almoçar.
Eu parei e olhei pra ele na mesa, que olhou imediatamente pras minhas pernas e depois baixou a cabeça e continuou comendo sem falar nada.
- Cadê o pai e a mãe?
Gustavo: Eles chegaram e foram dormir, eu estava acordado e vi quando eles chegaram.
- Eles não merendaram? quem fez o café então?
Gustavo: Eu acabei de fazer o café.
- Droga, é eu que sempre faço comida quando eles chegam de manhã em casa, mas eu acabei esquecendo desse detalhe.
Gustavo: Também, enchendo a cara de vinho, seria impossível lembrar.
Eu estreitei o meu olhar, e senti uma certa farpa no tom de voz dele, e só por conta disso, eu decidi deixar ele nervoso.
- É verdade, eu bebi vinho, e me lembro de ter dormido no sofá, como fui parar na minha cama?
Ele parou de comer e me encarou.
Gustavo: Eu encontrei você no sofá dormindo de mal jeito e levei você pro seu quarto.
Eu me aproximei um pouco da mesma, sem desviar a visão do olhar dele.
- E depois?
Gustavo: Depois o quê?
- Depois que você me deixou no meu quarto, o que você fez?
Ele desviou o olhar de mim, e voltou a prestar atenção no café da manhã.
Gustavo: Eu fui pro meu quarto, respondeu de forma rápida, como se quisesse sair logo da conversa.
- Que estranho...
Gustavo: O que é estranho?
Eu me aproximei ainda mais dele, disposta a fuder com o juízo dele.
- Quando eu fui tomar banho e me lavei, a minha xota estava pegajosa sabe? parecia que eu...
Gustavo: Tá louca Mia? Isso não é algo que você deva conversar comigo, falou me interrompendo.
Eu me abaixei na mesa, deixando o meu rosto bem perto do dele, e a respiração dele começou a ficar descompassada.
- Porquê Gustavo? Não era você que ficou duro e até pegou nos meus peitos ontem? falar dessas coisas com você é o mínimo.
Gustavo: Cala a boca garota? você quer que os nossos pais escutem?
- Tá nervoso porquê? ficou duro de novo?
Não esqueça que eu sou sua irmãzinha Gustavo, é pecado querer comer a própria irmã.
Ele se levantou furioso, e caminhou em direção ao corredor enquanto eu fiquei rindo dele.
Eu decidi pegar meu cartão e o carro da minha mãe pra comprar comida, eles iria acordar famintos, e eu odiava ver a minha mãe no pé do fogão depois de um plantão cansativo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Irmã Adotiva
Eu gostei bastante da história, acredito no amor e nas transformações que ele pode causar em alguém. Por impulso fazemos muita coisa e por medo deixamos de viver momentos incríveis. Mas tudo é questão de escolha e é bom aprender conviver com as nossas. Que possamos seguir em frente e não desistir dos nossos sonhos jamais....