Eu e o Gustavo almoçamos em horários diferentes, acredito que tanto eu quanto ele, não queríamos dar mais motivos pros nossos pais ficarem irritados com a gente, já que não conseguimos passar mais de meio segundo sem brigarmos.
Eu não vi o horário que os nossos pais foram trabalhar, eu passei a tarde e o comecinho da noite estudando e quando saí do meu quarto eles já não estavam mais em casa, ou seja, eu e o Gustavo estávamos novamente sozinho, apesar de eu não tê-lo mais visto desde o nosso pequeno desentendimento de mais cedo.
Fiz algo pra lanchar, e fui comer na sala, enquanto assistia a um filme, até que a sala foi invadida por um cheiro maravilhoso de perfume masculino, quando eu olhei pra de trás do sofá, vi o Gustavo perfeitamente arrumado, com uma calça jeans escura, uma blusa azul clara com botões no meio do braço, uma pulseira prata no pulso, barba feita, ele estava absurdamente gato, arrumado pra chamar a atenção de qualquer garota que passasse por ele e o visse assim.
Ele olhou pra mim com desprezo, e isso me incomodou mais do que eu gostaria, mas eu desviei o olhar dele, e segurei a minha vontade de perguntar aonde ele iria, ele foi até a cozinha, depois voltou e passou por mim, e caminhou em direção a porta, sem trocar nenhuma palavra comigo, o que me deixou bem irritada.
Não era pra eu ficar assim, afinal eu sabia que eu e o Gustavo era como água e óleo, impossível de se misturar, mas bastava uma faísca, pra pegarmos fogo, porém isso não mudava o fato dele ser o meu irmão.
Ele saiu e eu não consegui mais prestar atenção no filme.
- Pra onde ele foi bonito desse jeito em plena segunda-feira?
Perguntei a mim mesma.
Senti um certo desespero quando lembrei do que ele me falou, sobre eu não precisar pedir duas vezes pra ele proucurar uma mulher pra transar.
- Não! Ele não vai fazer isso.
Tentei tirar esses pensamentos da cabeça e fui pro meu quarto, tomei um banho, me depilei, hidratei o meu cabelo, e depois do banho, escolhi um vestido soltinho e bem curto, com um decote bem chamativo, pra atiçar o Gustavo quando ele chegasse em casa, passei um perfume leve, e o esperei na sala, fingindo que estava assistindo, mas as horas foram passando, e nada dele voltar, o que me deixou impaciente.
- Quer saber, eu não vou ficar aqui esperando ele voltar feito uma idiota, ele deve tá fazendo exatamente o que eu mandei, e eu sou uma burra por achar que ele não faria isso.
Falei, desligando a TV e levantando do sofá, quando eu estava indo em direção ao quarto, escutei a risada de uma mulher e do Gustavo, e quando eu retornei pra sala, dei de cara com ele agarrado com uma loira, dos cabelos longos.
Ela vestia uma saia preta curta, e uma blusa vermelha com as costas nuas, e um salto enorme, parecia uma garota de programa.
Ele olhou pra mim e deu um sorriso vitorioso, e eu não consegui evitar a minha cara de raiva e desagrado.
" Quem é essa"? a loira perguntou olhando por todo o meu corpo.
Gustavo: Essa é minha irmãzinha, mas ela não vai ser impedimento pra gente fazer o que a gente veio fazer, falou puxando ela pra um beijo.
Eu dei as costas pra eles furiosa, sem dizer nenhuma palavra, afinal, eu sabia o que ele estava tentando fazer, e não iria dar esse gostinho pra ele.
Entrei no meu quarto, escolhi um vestido preto, colado no corpo, curto e decotado, coloquei um salto, dei uma organizada no cabelo, fiz uma maquiagem babado, peguei a minha bolsa, e fui em direção a sala, decidida a sair e trepar com alguém interessante, e assim que cheguei na sala, o Gustavo estava por cima da loira no sofá, com a saia dela levantada, mas ela não estava nua ainda, nem ele, e eu sabia que ele fez isso de propósito, justamente com a intenção que eu os visse.
Ele levantou o olhar e me viu, ele parou imediatamente o que estava fazendo, e eu tentei ignorá-los enquanto pedia um carro de aplicativo, que estava a dois minutos de distância da minha casa, e caminhei em direção a porta, mas o Gustavo me impediu.
Gustavo: Onde você pensa que vai vestida desse jeito Mia?
Eu olhei pra ele, levantei uma sobrancelha, na intenção de fazê-lo lembrar que eu não devia satisfações da minha vida pra ele.
Abri a porta e saí sem dizer uma só palavra.
Gustavo: Miaaa? ele gritou, e eu continuei ignorando, mas ele foi atrás de mim, porém antes que ele conseguisse me alcançar, o carro chegou e eu entrei.
- Moço, esse cara é louco, vai, anda logo, por favor, pedi ao motorista enquanto o Gustavo gritava atrás do carro, feito um verdadeiro maluco.
Fui direto pra um barzinho que funcionava todos os dias da semana, e possuía música boa, mas por ser uma segunda-feira, não encontrei ninguém que realmente chamasse a minha atenção, mas também não iria dar viagem perdida, pedi um drink, e algo pra comer.
Depois de duas horas, decidi que era hora de voltar pra casa, eu não estava nenhum pouco bêbada, afinal eu só tomei uma dose de Whisky.
Assim que cheguei em casa, eu não vi nenhum vestígio da loira, a casa estava totalmente silenciosa, fui até a cozinha, tomei água e depois segui em direção ao corredor, e quando entrei no meu quarto, encontrei o Gustavo deitado na minha cama, ele ainda estava de calça jeans e sem blusa.
Quando ele me viu, ele levantou da cama e veio pra cima de mim com um ódio mortal, e me prendeu na porta.
Gustavo: Onde você estava Mia? perguntou de forma ameaçadora.
Eu mantive o controle e a mansidão na voz, pra ele perceber que a raiva dele não me intimidava.
- Primeiro, você não deveria estar no meu quarto, e eu vou começar a trancá-lo antes de sair, segundo eu fui pro motel com o meu namorado, já que não dá pra trepar em paz aqui nessa casa, terceiro, o que você quer dessa vez?
Gustavo: Eu te falei que você iria pagar caro pelo o que você fez, não falei?
- E o que eu fiz de tão errado pra merecer algum castigo Gustavo? você não tem nenhum poder sobre mim, não tem porquê você ficar me exigindo nada.
Gustavo: Que tal você parar de andar pela casa só de calcinha Mia, que tal você parar de usar blusas transparentes?
- Eu sempre andei assim nessa casa, não vou mudar nada só porquê você não consegue ter a decência de controlar o seu pau, eu sou sua irmã cacete.
Gustavo: Exatamente, você é minha irmã, não devia ficar se exibindo assim pra mim.
- Eu? me exibindo pra você? eu nunca fiz isso, você que me desejou desde o momento que passou pela porta dessa casa, você que está louco pra me comer, e fica colocando a roupa como justificativa pela tua falta de controle, assume que é mais bonito, e eu aposto que agora mesmo você está de pau duro, só por estar assim, tão perto de mim.
A respiração dele estava descompassada, e era nítido que ele estava tentando controlar a raiva, e ao mesmo tempo tentando esconder o desejo dele por mim.
Gustavo: Você não consegue se ouvir? olha a porra que você tá falando garota.
- Eu estou mentindo Gustavo? o seu pau não está duro?
Gustavo: Mia, é esse tipo de situação que você me coloca, que faz me faz querer te rasgar inteira garota, eu sou homem, independente de eu ser seu irmão ou não, você não pode falar essas coisas pra mim.
- Porquê não? é tão insuportável assim ouvir isso e saber que eu sou algo proibido pra você? perguntei com uma voz sensual, o que fez ele se aproximar ainda mais de mim, encostando o corpo dele no meu.
Gustavo: O proibido me deixa excitado Mia, e você anda me subestimando demais, parece que você não entendeu muito bem da última vez do que eu sou capaz.
Falou no pé do meu ouvido.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Irmã Adotiva
Eu gostei bastante da história, acredito no amor e nas transformações que ele pode causar em alguém. Por impulso fazemos muita coisa e por medo deixamos de viver momentos incríveis. Mas tudo é questão de escolha e é bom aprender conviver com as nossas. Que possamos seguir em frente e não desistir dos nossos sonhos jamais....