Ficar no mesmo ambiente que a Mia estava se tornando cada vez mais difícil, e não é só pela mania dela de me confrontar e debater comigo em tudo, e sim pela forma como ela se exibia pra mim sem nenhum pudor, sem contar que
os gemidos dela trepando com o namorado dela estava ecoando nos meus ouvidos.
Eu não a vi o dia inteiro, mesmo morando na mesma casa, e isso foi um alívio pra mim, pois a confusão estaria armada mais uma vez se viessemos a nos encontrar.
Eu estava decidido a tirar a ideia absurda de fudê-la, e eu precisava começar procurando uma distração, então quando a noite chegou eu me arrumei pra ir a caça.
Antes de sair, eu me encontrei com a Mia na sala, ela quase me devorou com o olhar, mas tentou disfarçar, eu já conhecia muito bem a forma que o corpo da Mia reagia a minha presença, e isso me fez saber que a vontade de trepar não partia só de mim, e sim dela também, ela me desejava tanto quanto eu, só não queria admitir, mas também pra mim não tinha mais lógica continuar com algo que iria deixar a nossa convivência cada vez mais difícil.
Eu saí sem dirigir a palavra a ela, eu não queria correr o risco de desistir de buscar uma forma de esquecê-la.
Eu não me lembrava mais de nada da cidade, muita coisa havia mudado, então peguei um taxi e pedi pro motorista me levar pra um lugar que havia bebida e mulher bonita, e então ele me levou pra uma casa de jogos, e realmente lá tinha muita bebida e mulher bonita.
Comprei algumas fichas pra jogar sinuca, e de longe avistei uma loira muito gata que estava bebendo sozinho no bar, depois de jogar algumas partidas, fui em direção a ela que me olhou com segundas intenções, eu não era novo nesse jogo de sedução, eu sabia muito bem quando uma mulher está a fim de algo.
É claro que eu usei todo o meu charme e o meu olhar sedutor pra demonstrar que eu a queria.
Ela se aproximou de mim com uma taça de vinho na mão e com um sorriso no rosto.
" Hoje em dia não existem mais homens como antigamente ".
- E como eram os homens de antigamente?
" Eles tinham a atitude de chegar junto ".
- Eu iria chegar, mas você foi um pouco mais rápida do que eu, muito prazer, eu me chamo Gustavo.
" O prazer é meu Gustavo, eu me chamo Letícia ".
Ficamos conversando sobre assuntos aleatórios, enquanto bebíamos, até eu chamá-la pra ir pra minha casa, parecia ser um pouco ousado da minha parte, mas ela aceitou na hora.
Assim que chegamos, não demorou muito pra Mia aparecer na sala e ver o que estava acontecendo, quando ela nos viu, foi notório o quanto ela ficou perplexa e furiosa, a Letícia perguntou quem era ela, e eu fui logo explicando que era a minha irmãzinha, e que ela não seria nenhum problema pra nós dois, eu dei um sorrisinho depois de me dar conta do quanto a Mia estava incomodada, mas confesso que falei isso na intenção de atingir ela mesmo, e eu consegui, pois depois disso ela saiu pro quarto dela com a cara fechada.
A Letícia começou a me beijar, e as coisas começaram a esquentar entre a gente, e eu a deitei no sofá, ficando por cima dela, eu levantei a saia dela, e eu já estava ficando duro, afinal a Letícia era uma mulher extremamente linda, eu não sei ao certo por quanto tempo ficamos nos beijando e nos esfregando, mas eu só estava adiando as coisas pra que a Mia nos visse, e foi então que ela apareceu, vestindo um vestido absurdamente extravagante, curto e chamativo, eu perdi totalmente o foco do que eu estava fazendo.
Ela olhou pra mim e depois olhou pro celular dela, e logo depois caminhou em direção a porta, sem deixar transparecer que se incomodou com o que viu.
Eu não controlei a minha língua e o meu ciúme, e perguntei onde ela estava indo vestida daquele jeito, mas ela só fez olhar pra mim com descaso e saiu.
Letícia: Vem cá gato, vamos continuar de onde paramos.
- Miaaa, gritei sem me importar com a Letícia.
Pensei que depois do meu grito a Mia voltaria, mas ela não voltou, me levantei feito um louco e fui atrás dela, mas ela já estava subindo no carro, eu a chamei novamente, mas ela não me atendeu e sumiu da minha vista.
Eu fiquei furioso, completamente fora de mim.
Voltei pra dentro de casa e a Letícia continuava na mesma posição, deitada no sofá.
- Acho bom você ir embora.
Letícia: Então é isso? você me trás pra sua casa só pra me dar uns amaços e nada mais?
- É que surgiu um imprevisto.
Letícia: O imprevisto é você ir atrás da sua irmã que saiu sem sua permissão? ela é sua irmã mesmo? Porquê não parece.
- Sim, ela é, agora vai embora por favor.
A Letícia saiu batendo a porta forte, com raiva pela mudança repentina do meu comportamento e falta de noção.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Irmã Adotiva
Eu gostei bastante da história, acredito no amor e nas transformações que ele pode causar em alguém. Por impulso fazemos muita coisa e por medo deixamos de viver momentos incríveis. Mas tudo é questão de escolha e é bom aprender conviver com as nossas. Que possamos seguir em frente e não desistir dos nossos sonhos jamais....