Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 204

Ao retornarem para a casa da família Nortiz, já estava quase anoitecendo, e o velho Sr. Perez, que havia cuidado deles anteriormente, estava varrendo folhas no quintal com uma vassoura. Ao ver os dois, ele sorriu calorosamente: "Então voltaram!"

Cecília entregou a ele os doces que haviam comprado no caminho de volta, dizendo com uma voz suave: "Estávamos com pressa quando chegamos e não preparamos nada decente, então o Sr. Navarra comprou esses doces. Por favor, entregue-os ao vovô Nortiz."

O velho Sr. Perez aceitou, acenando com a cabeça em agradecimento: "Obrigado, vocês são muito gentis!"

Cecília assentiu levemente e, de mãos dadas com Rodrigo, se dirigiu ao quintal dos fundos.

O velho Sr. Perez observou os dois até que entraram pela porta e só então desviou o olhar para a caixa de doces, que continha o bolo de cenoura que o Sr. Nortiz adorava e o seu favorito, os biscoitos de avelã.

Um sorriso ainda mais amplo se formou no rosto do velho, que deixou a vassoura de lado e, segurando os doces, caminhou lentamente em direção ao quarto do Sr. Nortiz.

O jantar daquela noite estava, como sempre, delicioso e requintado. Durante a refeição, Cecília brincou: "Isso aqui na casa da família Nortiz pode ser considerado um tratamento privilegiado para prisioneiros?"

Rodrigo riu levemente: "Apesar de o Sr. Nortiz ser um pouco excêntrico, ele vem de uma família nobre, então é natural que tenha sua grandeza e dignidade. Isso está no sangue."

Após um breve silêncio, ele acrescentou: "Ninguém da família Nortiz é menos que excelente!"

Cecília levantou os olhos, brilhantes e claros, e serviu-lhe a perna de caranguejo, sua favorita: "O velho Senhor certamente sorri secretamente ao ouvir você dizer isso."

De repente, Rodrigo perguntou: "Onde fica a sua casa?"

Cecília tomou um bocado da carne de caranguejo e só depois de engolir respondeu: "Não é longe daqui. Passamos pela praça de bicicleta, e é só seguir para o oeste que você chega lá."

"Por que não disse antes? Poderíamos ter ido lá dar uma olhada", disse Rodrigo.

"Eu só te dei uma ideia de onde fica, ainda é um pouco longe. Além disso, meu avô não está lá, então não há motivo para irmos."

Cecília concordou: "Sim, ele parece ser uma pessoa muito bondosa."

Eles se sentaram nas cadeiras de vime, com as luzes do jardim brilhando sobre as videiras, olhando para cima, parecia um punhado de fogos de artifício, brilhantes e aconchegantes.

Rodrigo serviu água para Cecília: "Durma um pouco. Eu ficarei de olho nas plantas."

Cecília balançou a cabeça: "Ainda não estou com sono, vamos conversar."

"Sobre o quê?" O homem se encostou na cadeira, com uma postura elegante e distinta. As mangas de sua camisa na cor marfim estavam ligeiramente arregaçadas, revelando parte de seu pulso sob a luz suave, uma imagem de fino trato e altivez.

Cecília parou por um momento, refletindo, antes de perguntar, "Você já pensou em se casar?"

Rodrigo se virou para olhá-la, seus olhos escuros como a noite, e disse calmamente, "Eu já fui casado."