Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 349

"Uma garota?" Carlos ficou surpreso, tão jovem e já trabalhando como mercenária!

Rodrigo assentiu, "Naquela época, ela devia ter uns quinze anos, mas atirava bem e era ágil, só que não falava muito. Sempre sentava sozinha e adorava doces. Nós costumávamos carregar chocolate, e eu dava todo o meu para ela!"

A missão deles era ir a um país, destruir um laboratório que haviam montado no fundo da floresta amazônica. A equipe foi montada às pressas, mas todos se entrosaram rapidamente. Só ela mantinha distância, sempre cautelosa com todos, uma loba solitária.

Ele descobriu por acaso que ela gostava de doces e começou a reservar seu chocolate para ela.

No começo, ela recusava, mas depois começou a aceitar aos poucos.

Eles ficaram juntos por três dias e, exceto quando ela agradecia pelo chocolate, ele nunca a ouvia falar.

Como ela fazia parte do grupo do respeitado Sr. Jade, uma figura de renome entre os mercenários, apesar das dúvidas sobre suas habilidades e sua idade, ninguém ousava provocá-la, e nem sabiam que ela era uma menina.

Até que, três dias depois, enquanto avançavam pela floresta, ela disparou e eliminou uma câmera de vigilância escondida em uma árvore. Foi então que todos começaram a olhar para ela com outros olhos.

Havia armas pesadas no laboratório, eles não podiam invadir diretamente e precisavam desativar o equipamento de armamento internamente. O laboratório era fortemente vigiado, mas ela usou sua estatura pequena para se infiltrar sem ser detectada.

Foi então que eles perceberam que, embora ela nunca falasse durante o planejamento, ela tinha memorizado cada detalhe e trabalhava em perfeita sintonia com a equipe.

No fim, ele e ela foram até o armazém subterrâneo para destruir as drogas que o laboratório havia desenvolvido. Numa sala, havia pessoas que serviam como cobaias. Ela tentou salvá-las, mas foi atacada por um grupo que havia perdido a consciência devido às drogas.

Quando ele chegou, viu que ela saía do quarto coberta de sangue, e não havia mais ninguém vivo.

Ela foi procurar medicamentos para estancar o sangue em uma sala ao lado, e foi aí que ele viu um corte profundo em suas costas. Ele se aproximou para ajudá-la a tratar o ferimento, e foi só então que ele descobriu que ela era uma menina.

Ele ficou chocado, ainda mais do que Carlos agora!

Com um corte tão grande, ela não disse uma palavra, apenas abaixou a roupa e continuou sua missão como se nada tivesse acontecido.

Eles colocaram os explosivos e, quando estavam prontos para sair, um vazamento no duto de gás tóxico os forçou a se abrigar em uma sala selada.

Os olhos de Rodrigo escureceram lentamente, e ele falou com uma voz suave, "Ela morreu. Num dos trabalhos, junto com o resto da sua equipe."

Carlos ficou em silêncio, mostrando uma expressão de pesar olhando para a foto da pessoa, "Que pena!"

Rodrigo se levantou, pegou a foto em suas mãos, olhando para aqueles olhos escuros da garota, sentindo uma familiaridade crescente, talvez porque ele nunca a tinha esquecido realmente.

Ele colocou a foto de volta entre as páginas do livro e a guardou no lugar original, sentindo uma tristeza profunda.

Carlos perguntou, "Qual era o nome dela?"

Rodrigo olhou profundamente em seus olhos, uma sombra sutil passando por eles, e disse lentamente,

"Sílvia."