Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 3813

O colega lhe disse que seu nome era Uiara.

Depois, a família de Felipe e a família Couto uniram-se por casamento. Noemia apareceu diante dele como Uiara, vestindo justamente aquele vestido longo branco.

Meio ano depois, ele soube que a verdadeira Uiara havia ido estudar no exterior. Procurou Noemia para confrontá-la; Noemia não conseguiu mais esconder a verdade e pediu desculpas em prantos.

Naquela época, os dois já se relacionavam havia meio ano, já haviam prometido passar a vida juntos, nutriam sentimentos um pelo outro. Ele, então, acabou aceitando a situação e resolveu terminar o casamento com Uiara para se casar com Noemia.

Afinal, quem era a pessoa que ele amava?

Levou trinta anos para realmente entender essa questão.

A ponta da caneta de Uiara parou, ela não levantou a cabeça e disse em tom calmo: "Venha me ajudar a preparar a tinta."

André levantou a cabeça, tão feliz quanto quando descobrira o nome da garota com os colegas anos atrás, e caminhou em sua direção. Ela continuava tão bela quanto na primeira vez em que a viu, mas ele já carregava tantas marcas da vida.

"Claro!"

Na idade deles, não era mais necessário chorar de joelhos em arrependimento nem fazer promessas solenes com as mãos erguidas. Trinta anos já se haviam passado e não teriam mais outros trinta pela frente em suas vidas. Deixar o passado e valorizar o tempo restante era a maior sabedoria.

*

Bosque acompanhou Marina até em casa, ficou um tempo tomando chá com o futuro sogro e, ao ver Marina fazendo uma chamada de vídeo com o avô, também foi cumprimentar o Velho Sr. Santana.

"Vovô, no quarto dia do ano novo, Marina e eu vamos juntos a Brasília para vê-lo", disse Bosque com um sorriso gentil.

"Está bem", respondeu o Velho Sr. Santana sorrindo.

Marina perguntou: "O senhor vai passar o Réveillon sozinho amanhã? Ou vai com o vovô Magnus e o pessoal?"

O Velho Sr. Santana respondeu: "Amanhã virão me buscar para jantar no clube militar, vai ter ceia, apresentações... de qualquer forma, será bem animado, não precisa se preocupar comigo."

Sabendo que o avô teria companhia, Marina ficou tranquila.

Depois que desligaram, já era tarde. Bosque se despediu e Paula, sorrindo, pediu que Marina o acompanhasse até a porta.

Marina encostou-se em seu ombro; o calor do corpo dele tornou a brisa da noite mais aconchegante. "Vamos, é melhor você descansar um pouco. Você precisa se cuidar."

Bosque foi beijando o rosto dela, do canto das sobrancelhas até os olhos. Segurou o queixo dela, selou seus lábios e a beijou profundamente.

O beijo de Bosque deixou Marina sem forças, as mãos agarradas à camisa dele tremiam de leve. Ela abriu os olhos, contemplou seu olhar fechado e sentiu o coração disparar.

Depois do beijo apaixonado, Bosque não quis se afastar, espalhou beijos pelo queixo e pescoço dela. Marina, de cabeça erguida, assistiu aos fogos brilhando no céu e, tomada pela emoção, falou do fundo do coração:

"Bosque, eu te amo tanto!"

Amava-o sem reservas, a ponto de poder viver e morrer ao lado dele!

Antes, ela acharia absurdo amar um homem desse jeito, mas agora achava que ainda era pouco; só o tempo poderia carregar tamanha paixão.

Bosque parou por um instante, mas logo a beijou ainda com mais intensidade. Sua voz saiu profunda:

"Eu também te amo. Te amo muito!"