Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4366

Leocádia ouviu o dialeto estranho deles, ficando pálida, com o coração tomado apenas pelo pânico. Ao seu lado, Maria parecia também ter escutado, soltando um soluço desesperado.

De repente, alguém tirou o saco de estopa das cabeças delas e arrancou o pano preto que lhes cobria os olhos. Ao ser surpreendida pela luz, Leocádia instintivamente apertou os olhos e recuou.

Diante delas estavam cinco homens, claramente não eram brasileiros. Três deles seguravam armas e as encaravam com hostilidade.

Leocádia olhou ao redor, assustada, e viu que Maria estava a um metro de distância, também com as mãos e os pés amarrados e a boca tapada, lutando para se soltar.

O homem que estava na frente pegou um celular e, enquanto examinava Leocádia e Maria, olhava para o aparelho, como se comparasse as duas com fotos.

"É isso mesmo, iguais às fotos." O homem falou em sua língua, com um olhar frio e expressão ameaçadora. "Daqui a pouco vamos trazer comida, não tentem fugir e nem gritem. Gritar não adianta!"

Após dizer isso, ele se abaixou, arrancou a fita da boca de Leocádia e Maria e as desamarrou.

Maria, claramente em choque, assim que ficou livre, levantou-se correndo em direção à porta, gritando por socorro.

Um dos homens armados que estava atrás deu-lhe um tapa no rosto e, em seguida, começou a chutá-la na cabeça e nos ombros com brutalidade, como se quisesse matá-la.

Maria caiu no chão, soltando um grito de dor.

Leocádia se lançou sobre ela, protegendo-a com o corpo, e falou trêmula: "Por favor, não bata mais, nós obedecemos, não vamos gritar!"

O homem à frente lançou-lhes um olhar de desprezo e saiu do quarto com os outros.

Mas não foram embora de verdade – dois homens armados permaneceram de guarda do lado de fora.

Leocádia e Maria se abraçaram, ambas apavoradas. Leocádia apalpou as roupas, mas percebeu que o celular havia sumido.

Após alguns instantes, Maria, chorando, perguntou: "Leocádia, o que está acontecendo?"

Leocádia, igualmente aterrorizada, balançou a cabeça, incapaz de responder.

Será que Fabiana realmente as tinha vendido por dinheiro?

Foram colegas durante quatro anos!

Sempre pensou que coisas assim estavam longe de acontecer com elas, mas agora, ela e Maria estavam vivendo isso, parecia um pesadelo.

Queria muito que fosse apenas um sonho ruim, um pesadelo depois de beber, e que, ao acordar, ainda estivessem no hotel em Cidade Primaveral.

Maria chorava sem conseguir falar direito: "Eu já vi casos assim, depois que te levam pra cá não tem como fugir, a vida vira um inferno, Leocádia, o que vamos fazer?"

Leocádia balançou a cabeça, em pânico – ela também não sabia o que fazer.

Olhou ao redor: era um cômodo abandonado, com paredes e chão de cimento, sem onde se esconder, as janelas trancadas com grades de ferro, e homens armados do lado de fora. Fugir era impossível.

A única esperança era que suas famílias percebessem o desaparecimento e chamassem a polícia, que, ao investigar o hotel em que ficaram hospedadas, pudesse encontrar pistas e vir resgatá-las.