Laranjeiras em Flor: O Desabrochar de Lília romance Capítulo 12

Deveria ser um acordo, certo?

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Num sábado de manhã, Lília Laranjeira ainda estava dormindo profundamente quando foi acordada pelo toque do telefone.

Ela pegou o celular debaixo do travesseiro, sem nem olhar quem era, atendeu: “Quem é?"

"Lília, estou na porta de casa, preparei um caldo para você e para o Benício, desça para pegar."

A voz familiar atravessou o aparelho, fazendo Lília Laranjeira despertar subitamente, com os olhos arregalados.

Ela olhou para a tela do celular, quem ligava era o pai do Benício Freitas - Alexandre Freitas.

"Pai, por que o senhor mesmo trouxe? A gente poderia beber à noite."

Ela se levantou, com os cabelos em desalinho, confusa e apressada.

Todos os sábados era dia de reunião familiar, ela e Benício Freitas sempre voltavam para a casa da família Freitas.

Alexandre Freitas, com um sorriso gentil, disse: “Esta noite eu e sua mãe vamos a um coquetel, a vovó também não está, então vocês não precisam voltar. Preparei o caldo antecipadamente, fui eu quem cozinhou, por isso trouxe para vocês."

"Ah, eu saí bem cedo, que tal deixar o caldo na porta?" Lília Laranjeira se dirigiu ao guarda-roupa enquanto falava, tremendo um pouco ao contar a mentira.

Benício Freitas não tinha nada da delicadeza e gentileza do pai, Alexandre Freitas, que sempre era cortês e carinhoso, cuidando pessoalmente do jantar de sábado.

Por outro lado, a mãe de Benício Freitas era muito séria, quase não sorria.

"Está bem, também tem um documento, por favor, entregue à Benfinity, lembre o Benício que, por mais ocupado que esteja, precisa cuidar da saúde. E você também, cuidar do Benício está sendo duro..."

Alexandre Freitas dava instruções detalhadas, desempenhando o papel de mãe na família Freitas, sempre preocupado com a saúde de Benício Freitas.

Ele também era muito bom para Lília Laranjeira.

Pode-se dizer que a família Freitas tratava Lília Laranjeira muito bem.

Então, pensando no divórcio iminente, Lília Laranjeira sentia-se relutante e sem saber como explicar a situação para eles.

Ao ouvir que deveria levar algo para a Benfinity, a garganta de Lília Laranjeira apertou e ela não respondeu de imediato.

Depois de um tempo, Alexandre Freitas finalmente disse: “Tudo bem, então. Não precisa ficar nervosa, eu só estava perguntando, com medo de você ter algum problema e se sentir envergonhada de nos contar."

"Não tem." Lília Laranjeira suspirou aliviada e desligou o telefone.

Ela trocou de roupa, fez sua higiene pessoal e foi direto para a casa que dividia com Benício Freitas, pegou o pote térmico e os documentos que estavam na entrada e seguiu para o grupo Benfinity.

Veio de táxi, cujo motorista a esperava na entrada principal da mansão e, em seguida, a levou ao grupo Benfinity.

Ao vê-la com o pote térmico e segurando documentos, o motorista perguntou: “Moça, você trabalha como empregada doméstica aqui?"

"Quase isso." Lília Laranjeira respondeu com um tom de auto-depreciação.

Ela tinha notado o carro que costumava dirigir estacionado no pátio, coberto por uma camada de poeira após apenas alguns dias.

Se continuasse assim, se tornaria um monte de ferro velho sem valor, que Benício Freitas preferiria descartar a dar para ela.

Talvez, ela fosse mesmo menos que uma empregada doméstica.

Num piscar de olhos, chegaram ao prédio do grupo Benfinity.