Laranjeiras em Flor: O Desabrochar de Lília romance Capítulo 13

Elevando-se para o céu, os arranha-céus pareciam não ter fim, fazendo com que Lília Laranjeira quase torcesse o pescoço ao olhar para cima. Ela nunca tinha visitado a corporação Benfinity antes. Ela sabia que a família Laranjeira não se comparava à família Freitas. Mas, parada diante desses imponentes prédios, observando a infindável movimentação de funcionários entrando e saindo, ela percebeu que não era apenas uma questão de comparação; era uma falta total de comparabilidade. Mesmo no auge da família Laranjeira, eles não se equiparavam à família Freitas. Havia muitas mulheres trabalhando na empresa, até a recepcionista usava traje profissional e maquiagem impecável. Não era de se admirar que Benício Freitas olhasse com desprezo para Lília Laranjeira, uma dona de casa. Mesmo que ela tivesse se tornado uma dona de casa por ele. Com os lábios levemente apertados, Lília sentiu uma vergonha indescritível que pesava em sua respiração. Ela encontrou um canto silencioso para ligar para Pablo Neto.

“Senhora.”

“Assistente Pablo, eu estou aqui embaixo, seria possível você...” Lília Laranjeira não pretendia entrar, bastaria que Pablo Neto entregasse algo a Benício Freitas. Mas antes que ela pudesse terminar, Pablo Neto a interrompeu: “Estou em uma reunião, vou mandar alguém buscá-la imediatamente.” Lília abriu a boca para falar, mas a ligação foi encerrada, deixando-a atônita. Em menos de dois minutos, um assistente de Pablo Neto apareceu, convidando-a com respeito a subir.

“Você pode entregar isto a Benício Freitas.” Lília entregou um documento e uma marmita: “Senhorita, não temos autorização para tocar em documentos destinados diretamente ao Diretor Benício. Por favor, entregue pessoalmente.” Com um sorriso de desculpas, o assistente de Pablo Neto a guiou para dentro da empresa. Lília não teve escolha senão seguir.

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No escritório do presidente. Benício Freitas, que acabara de sair de uma reunião, parecia irritado, com o cenho franzido, puxando a gravata com força: “Diretor Benício, a senhora está aqui.” Pablo Neto entrou, colocando um documento em sua mesa. Benício Freitas pausou por um momento, suavizando um pouco o cenho, e um leve tom de zombaria brilhou em seus olhos profundos. Ela tinha se mantido orgulhosa na noite anterior, e agora estava aqui, procurando-o voluntariamente? Ele não pretendia recusá-la, tocando o queixo enquanto ponderava.

Na sua mente, Lília desenhou a imagem de Benício Freitas, trajando seu terno elegante, exibindo sua presença dominante ao passar por essas portas: “Vou deixar o objeto aqui e ir embora", pensou ela: “independente do que Benício Freitas diga, mesmo que sejam palavras duras, vou ignorar." Com esse pensamento, ela abriu a porta e entrou.

O interior estava decorado em tons de cinza escuro, refletindo a personalidade de Benício Freitas: distante e nobre, com um luxo discreto. Uma grande janela do chão ao teto banhava o escritório com a luz do sol da manhã.