Laranjeiras em Flor: O Desabrochar de Lília romance Capítulo 21

"Ai, nossa..."

Dona Carla, sob o olhar atento de Benício Freitas, segurava a testa e gemia: "Por pouco não fui queimada viva, acho que até vi seu avô acenando para mim!"

Lília Laranjeira: "..."

Ela sentia-se envergonhada e constrangida, especialmente ao perceber que Benício Freitas tinha fixado seu olhar nela por um bom tempo antes de finalmente desviá-lo para Dona Carla.

Ela pressionou os lábios juntos, sentando-se silenciosamente, observando Dona Carla encenar.

Não queria pensar sobre o que significava o olhar de Benício Freitas para ela.

"Vó." Benício Freitas entrou, a postura impecável em seu terno.

Sua figura esguia e desimpedida parada sob a luz brilhante bloqueava a luz sobre a cabeça de Lília Laranjeira.

Ela não pôde evitar olhá-lo por um momento, meio atordoada, sem conseguir ver claramente, mas sentindo uma atração irresistível, uma vontade de continuar olhando.

"Meu neto, você sabe o que seu avô me disse quando acenou?" Dona Carla segurava a testa, seus olhos astutos brilhavam através dos dedos em direção a Benício Freitas.

Benício Freitas, com um ar de distinção e um rosto belamente esculpido, era claramente um homem fora do comum.

Ela sempre achou que ninguém era bom o suficiente para seu neto.

Mas desde que viu Lília Laranjeira, ela pensou que eles eram feitos um para o outro!

Lília Laranjeira era gentil e tranquila, com traços finamente esculpidos, como uma boneca de porcelana!

Essa aparência, esse temperamento, simplesmente combinavam demais com Benício Freitas!

Ela nem conseguia imaginar o quão belos seriam seus filhos!

"Ele disse que não queria me ver sem um bisneto, para não descer até ele."

Os lábios finos de Benício Freitas se moveram ligeiramente, seu olhar discretamente caindo sobre Lília Laranjeira.

Os cabelos dela, como algas marinhas, espalhavam-se pelos ombros, seus lábios vermelhos e dentes brancos, e conforme ela apoiava o cotovelo no joelho, a gola de sua roupa se abria ligeiramente.

Um vislumbre de pele branca refletia em seus olhos, fazendo-o engolir em seco, o corpo tenso.

Dona Carla estalou os dedos, seu olhar vagando entre os dois.

"Isso mesmo! Foi exatamente o que ele disse, então, quando vocês vão ter um bebê?"

Lília Laranjeira já estava acostumada com os pedidos de Dona Carla para terem filhos.

Mas essa maneira peculiar era engraçada e embaraçosa.

Felizmente, Dona Carla falava bastante, mantendo a atmosfera à mesa bastante harmoniosa.

Depois do jantar, Dona Carla puxou Lília Laranjeira para se sentar.

"Seu quarto já está arrumado, seus pais não voltarão esta noite, vocês dois fiquem e me façam companhia."

"Isso..." Lília Laranjeira olhou instintivamente para Benício Freitas.

Pernoitar significava que teriam que dormir no mesmo quarto.

Dada a situação atual deles, que haviam combinado de se divorciar na próxima quarta-feira, dormir no mesmo quarto seria embaraçoso e desconfortável.

"Por que você está olhando para ele?" Dona Carla disse de forma incontestável, "Eu decido!"

No final, Lília Laranjeira e Benício Freitas foram forçados a ficar.

No entanto, após subirem, Benício Freitas foi para o escritório.

Ele dormiria no escritório esta noite, isso era o que se espera de um homem que está prestes a se divorciar.

Lília Laranjeira pensou assim e foi tomar um banho.

Dez minutos depois, ela saiu do banheiro enrolada em uma toalha.