Laranjeiras em Flor: O Desabrochar de Lília romance Capítulo 22

Ela estava envolta em névoa, com os cabelos molhados colados às bochechas, descendo pelo pescoço até repousar sobre a clavícula. À sua frente, estava um homem vestindo apenas uma calça de dormir. Benício Freitas tinha saído do banho no escritório, com os cabelos curtos ainda úmidos. O peito bronzeado e definido, com a misteriosa região abaixo do triângulo invertido coberta pela calça de dormir. Um forte aroma irresistível atingiu Lília Laranjeira em cheio, que prendeu a respiração, seus olhos brilhantes encontrando o olhar frio do homem.

Antes que ela pudesse perguntar o que Benício Freitas estava fazendo, o braço forte e musculoso dele se estendeu repentinamente. Lília Laranjeira sentiu sua cintura apertada, sendo puxada para os braços dele. O tecido fino de seu peito pressionava contra o peito dele. A umidade restante em seu corpo se misturava com o calor emanando do peito dele, envolvendo-os em um clima de intensa intimidade.

"O que você está fazendo!?" Lília Laranjeira empurrava seu peito com uma mão, enquanto a outra segurava a toalha que ameaçava cair. Benício Freitas, com os olhos já tomados pelo desejo, fixou o olhar em sua clavícula: "O que você acha?" Ele a puxou para mais perto ainda. Ela podia sentir claramente as mudanças em seu corpo.

Lília Laranjeira, surpresa, lembrou-se de Marina Andrade arrumando o quarto de hóspedes para Benício Freitas. Ele estava tão necessitado que não poderia esperar nem mesmo uma noite!? Mesmo que ele não pudesse esperar, não deveria recorrer a ela: "Preciso te lembrar que estamos nos divorciando?"

Benício Freitas riu baixo, como se tivesse ouvido uma piada. Ele levantou a mão, segurando o queixo dela, forçando-a a olhá-lo nos olhos: "Você usou até sua avó como desculpa para encontrar essa oportunidade, por que fingir?" Dona Carla tinha o hábito de fazer retiros religiosos para jejuar por um mês todos os anos. Na festa de sábado passado, Dona Carla tinha acabado de fazer o retiro, o que realmente não seguia o padrão usual. Benício Freitas acreditava que ela tinha convencido Dona Carla a voltar para casa e criado a mentira do "incêndio" para trazê-lo de volta.

A mente de Lília Laranjeira desmoronou, e seu corpo involuntariamente amoleceu. Ela tinha um corpo voluptuoso, com curvas acentuadas mesmo sendo magra, e uma sensação especialmente prazerosa ao toque. Benício Freitas, num ímpeto incontrolável, pressionou-a contra a parede, beijando-a com mais intensidade. Com um movimento brusco, arrancou a toalha que havia deslizado até a cintura dela, ansioso por possuí-la, e por oferecer-se a ela também.

Lília Laranjeira, aturdida e dolorida pelos movimentos bruscos, recuperou a consciência num instante e, sem hesitar, mordeu-o com força! Uma dor aguda percorreu a ponta de sua língua, e o sabor metálico do ferro se espalhou por seus lábios, transformando o fogo do desejo nos olhos dele em fúria! "Lília, isso já passou dos limites! Esta é a sua última chance, você tem certeza de que quer continuar?"