Laranjeiras em Flor: O Desabrochar de Lília romance Capítulo 211

Ele alcançou Lília Laranjeira e a parou: "Horário de pico, vai ser difícil pegar um táxi."

Dentro do carro, Benício Freitas pensava: "..." Ele precisava de um contrato de demissão, imediatamente!

Lília Laranjeira também achava improvável, olhou para trás e viu a silhueta do homem dentro do carro, através da janela, um tanto quanto borrada.

Hesitante por alguns segundos, ela se voltou para o lado do Maybach e bateu no vidro traseiro do carro.

As veias na testa de Benício Freitas eram visíveis, ele mordeu o lábio para não sair do carro e dar a Pablo Neto alguns chutes.

Mas logo, ele sentiu que não deveria se conter.

Pablo Neto manuseou a chave do carro, abaixando a janela traseira.

Afinal, ele não sabia que Lília Laranjeira e Benício Freitas já tinham ido ao cartório para o processo de divórcio e estavam em um período de reflexão.

No entanto, ele percebeu que Benício Freitas estava estranho nos últimos dias, parecia que eles tinham brigado.

Se eles se reconciliassem, isso só traria benefícios para ele!

A janela que de repente se abriu revelou a expressão furiosa de Benício Freitas.

"Você queria falar comigo? Desça e vamos conversar", disse Lília Laranjeira, descrente de que Benício Freitas a chamou para o carro apenas para levá-la para casa.

Afinal, quando ela era a Sra. Freitas, nunca teve tal tratamento.

Ela não aproveitou a oportunidade para entrar no carro como Benício Freitas esperava, o que o surpreendeu.

Vendo sua atitude fria, um descontentamento surgiu no fundo do coração de Benício.

"Não..."

"Senhora, por favor, entre no carro para conversarmos", Pablo Neto interveio, com o vento frio invadindo o interior do carro, desarrumando o cabelo curto de Benício Freitas.

Ele avançou e abriu diretamente a porta do carro.

Lília Laranjeira estendeu a mão, tentando impedir que ele abrisse a porta, ela não queria entrar.

Mas Benício Freitas foi mais rápido, saiu do carro primeiro.

Vestindo uma camisa preta fina, o vento colou a roupa ao seu corpo definido.

Ela realmente não aguentava mais, não sabia se na visão de Benício Freitas ela era alguém que adorava se fazer de esperta ou se ele havia entendido algo errado.

Ela não podia deixar que ele continuasse pensando que todo o esforço para o divórcio era apenas uma tentativa ridícula de chamar sua atenção.

"Espero que a próxima vez que nos encontrarmos seja daqui a um mês, no cartório, para pegarmos o divórcio. Até lá."

Depois de dizer isso, ela virou-se para ir embora, mas foi quase atingida por um carro que passou raspando.

Ela deu dois passos para trás instintivamente, tropeçando e caindo nos braços de Benício Freitas.

Benício, por instinto, estendeu a mão e segurou-a pela cintura.

A raiva ainda fervilhava em seu coração pelas palavras duras que ela havia dito, enquanto a maciez da cintura dela estava em seus braços.

A razão o mandava empurrá-la para longe, mas a resposta instintiva de seu corpo era apertar ainda mais a mão em volta da delicada cintura dela.

O som da buzina do carro desapareceu ao longe, e Lília Laranjeira sentiu um arrepio de medo. Recobrando seus sentidos, ela tentou sair dos braços de Benício Freitas.

Mas seu longo cabelo enroscou-se no botão da camisa dele, causando-lhe uma pontada de dor na cabeça e fazendo-a, instintivamente, se aproximar dele novamente.