Luna verdadeira romance Capítulo 142

Nathan POV

Acordei com uma sensação estranha no estômago.

Algo não estava certo.

'Noel?' chamei meu lobo.

'Também sinto.' ele disse. 'Aconteceu algo.'

Joguei o cobertor para fora do corpo e sentei na cama.

'A Emma está bem?' perguntei preocupado. 'Aconteceu algo com ela?'

'Ela está bem.' Noel disse, mas pude ouvir tensão em sua voz. 'Não sei o que está errado.'

Apertei minha mandíbula e levantei.

Eu descobriria. O importante era que ela estivesse bem.

Caminhei até o armário e o abri. Estava prestes a pegar um par de jeans quando meu telefone tocou.

Peguei-o da mesa e olhei o identificador de chamadas. Era o Mark.

"O que houve?" perguntei ao atender a ligação.

"Seu pai está me deixando louco." Mark suspirou. "Quando você vai voltar para casa?"

"Em breve." disse enquanto pegava um par de jeans e cuecas do armário.

"Ela aceitou você?" Mark perguntou animado. "Oh, Kate ficará emocionada."

Kate era sua companheira. Ela tinha a idade da Emma e realmente queria conhecê-la.

"Ela não aceitou." suspirei enquanto colocava o telefone no viva-voz e o colocava na mesa. "Ela não aceitará até que eu a separe do Logan."

Mark suspirou.

Comecei a me vestir. Precisava me apressar e descobrir o que era aquela sensação horrível no estômago.

"Você vai levá-la à força?" Mark perguntou.

Suspirei enquanto colocava um suéter sobre a cabeça.

"Terei que fazer isso." disse. "Jantamos ontem. Ela está muito apegada a ele. Ela não vai perceber que sou o companheiro que a Deusa lhe deu até que eu a tire dele."

"Eu estava esperando que você pudesse evitar isso." Mark resmungou.

Peguei o telefone novamente, tirei o viva-voz e o coloquei no ouvido.

"Eu também." disse. "Mas ela é tão teimosa."

"Quando e como você vai fazer isso?" Mark perguntou.

Sentei na cama e passei os dedos pelo cabelo.

"O mais rápido possível." disse. "Ainda não sei como. Apenas esteja pronto para nos buscar na fronteira."

"Só não faça nada estúpido, Nate." Mark suspirou.

Provavelmente eu teria que fazer. Ela não iria comigo de bom grado. Eu tinha que encontrar uma maneira de fazê-la vir comigo.

"Não se preocupe." disse. "Ela me perdoará quando perceber que está exatamente onde pertence."

"Vou esperar sua ligação." Mark disse.

"Obrigado." respondi. "Diga oi para a Kate por mim."

"Com certeza." Mark murmurou.

Desliguei o telefone e calcei meus sapatos.

Aquela sensação horrível no estômago só piorava. Cerrei os dentes e caminhei em direção à porta.

Ryan estava lá quando saí do quarto. Claro que estava. Ele era meu cão de guarda.

"Bom dia, Alfa Nathan." ele disse educadamente.

Andrew respirou fundo e apontou para a cadeira novamente. Eu não ia sentar. Eu ia esperar ele me dizer onde diabos ela estava. Eu ia buscá-la. Eu a levaria para minha alcateia.

"Não posso lhe dar essa informação, Alfa Nathan." Andrew disse. "O problema é delicado e relacionado à nossa alcateia."

Rosnei e cerrei os punhos.

"Onde diabos ela está?!" gritei.

Queria socar algo. Aquele idiota a levou embora de mim?!

"Alfa Nathan, acalme-se, por favor." Andrew disse calmamente. "A Emma voltará em alguns dias."

Alguns dias?! Alguns malditos dias?!

Não! Eu não ia esperar tanto tempo! Ela tinha que voltar agora mesmo!

"Ligue para ela e diga para voltar!" disse, cerrando os dentes.

Andrew estreitou os olhos levemente. Vi sua mandíbula se contrair.

"Não posso fazer isso, Alfa Nathan." Andrew disse. "A Emma é a Luna de nossa alcateia. Ela tem obrigações. Ela está trabalhando."

Ela não era a Luna deles. Ela era minha Luna!

Coloquei as mãos na mesa e me inclinei em direção a Andrew. Estreitei os olhos e cerrei a mandíbula.

"Ela não será sua Luna por muito tempo", eu disse, fazendo Andrew rosnar baixinho. "Ela é minha Luna. Ela voltará para minha alcateia comigo. Você deveria aproveitar esses últimos dias com ela, porque não voltaremos aqui depois que eu a levar de volta para minha alcateia e marcá-la."

Raiva brilhou nos olhos de Andrew, mas eu não me importei.

Eu nem mesmo dei a ele a chance de dizer algo.

Eu me virei e saí apressadamente do escritório dela.

Eu ia levá-la embora deles. Ela nunca mais os veria.

Ela seria minha, e somente minha!