LUXÚRIA - trilogia romance Capítulo 125

“Não é vingança...É a lei de

Newton: Para toda ação existe uma

reação.”

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…ᘛ ANGÉLICA ᘛ…

Ainda não acredito que minha mãe foi capaz de me colocar para fora de casa naquela agressividade toda. — Bastou meu pai sair de casa que ela ficou valentona desse jeito.

E o que foi aquela grosseria toda? Meu pai deve estar revoltado! Também não é para menos, ele sempre mandou na mamãe e agora com esse divórcio dona Angelina está diferente. Emagreceu muito! Pensei que estivesse maior que antes, mas não, ela me surpreendeu.

— Chega a ser cômico vê-la no controle, sempre foi omissa com meu pai, aqueles gritos não foram de brincadeira, Sr. Armando deve está cuspindo fogo! — comecei a rir da lembrança dela toda bravinha — desse jeito ganhará até meu respeito.

Murmurei e logo mudei de ideia, ela me jogou para fora de casa! Dá para contar nos dedos as vezes em que dona Angelina me bateu e pelo jeito que me segurou, se tentasse me rebelar levaria porrada.

— MÃE! MINHA MOCHILA FICOU AÍ DENTRO. — gritei, pois sei que está me ouvindo — PARA COM ESSA PALHAÇADA.

Fui completamente ignorada e com raiva peguei meu telefone de modo a fazer o que sempre fiz de melhor! Estava prestes a ligar para meu pai quando o mesmo me ligou.

— Lina, vou te matar miserável! Pensa que vai desligar assim na minha cara? — gritando me forçou a afastar o telefone do ouvido.

— Oi! Sou eu pai… — fiz minha melhor voz de choro — acredita que a mamãe me colocou para fora de casa à força? Meu braço está doendo muito e não foi só isso, também trancou a porta na minha cara! — lhe informei do ocorrido.

— Estou chegando Princesa! Pode deixar que sei muito bem como colocar essa égua brava na linha! Papai já está chegando — sorri com a informação — Entra e me espera na sala meu amor, já estou chegando.

— Estou trancada pai! — falei, mas foi em vão ele já tinha desligado — Está tão cego de ódio que nem me deu ouvidos.

Essa briga de hoje vai atrapalhar meus planos, percebi que ficou chateada por não ter ligado ou procurado por ela todo esses meses… hm, vou usar isso, essa carência de atenção ao meu favor! Fiquei imaginando o que poderia fazer para cair nas graças da minha mãe enquanto meu pai não chega.

— Preciso estar bem com a dona Angelina! Terei que ser a filha atenciosa e legal, coisa que nunca fui… será um pouco estranho para mim, mas para ela que nunca teve a filha ao seu lado será tudo ótimo — murmurei enquanto penso em um plano na minha mente brilhante, aproveitei para me sentar e fazer a pobre coitada para meu pai —, preciso ganhar a confiança dela sem perder a do meu pai, ele sempre me deu tudo e para acontecer do jeito que idealizo tenho que falar mal dele para inflar o ego fodido dela — bufei de raiva — terei que virar sua amiga, o problema e não falar as verdades que estou acostumada… isso será difícil demais.

Pelo que entendi isso será bem necessário, pois não vai aturar os meus abusos como antigamente, porque quando morávamos todos juntos toda vez que gritava comigo, corria para o meu pai e rapidamente se calava, mas agora! Hmm, tenho que mudar de tática ou não conseguirei arrancar um dólar sequer das mãos dela… — Merda! Preciso muito desse dinheiro.

— Como vou sair com as meninas do prédio com $500, elas irão fazer piadas ao meu respeito. — respirei fundo pensando que terei que fazer a amiga e ganhar a confiança da mamãe do ano.

Depois que saímos daqui meu pai decidiu ter uma vida mais requintada e alugou uma cobertura mais para o centro próximo ao escritório em que ele trabalha. — idiota! Poderíamos morar por aqui mesmo, mas não! Quis tirar onda com os amigos — Como moramos em um prédio luxuoso parcelou mil vezes um carro do ano, com essa atitude muito sábia as coisas ficaram um pouco apertadas para a gente. — Dois pais burros, minha mãe por pedir o divórcio e meu pai por gastar o que não tem!

Por estar namorando uma promotora rica entendo que queira fazer a linha fina para ela, mas gastar todo esse dinheiro desnecessariamente só me coloca nessas situações indesejadas, pois minhas novas amigas do condomínio tem o hábito de gastar muito dinheiro e tenho que me igualar a elas ou ficará feio para mim.

Não demorou muito para contemplar o carro novo do meu pai vindo a toda velocidade, me julguem se quiser, pois é impossível não ficar feliz quando consigo o que tanto quero. O veículo mal parou e ele voou para fora do mesmo, sua cara está transformada.

— O que que aconteceu, princesa? Está fazendo o quê aqui fora Angélica? — expliquei para ele toda a situação e contei que minhas chaves ficaram dentro da casa junto com a minha mochila — Que vontade de arrebentar sua mãe na porrada!

Às pressas voltou no carro, pegou as dele e abriu a porta, porém minha mãe foi esperta e tinha passado as três trincas de cima e as de baixo nos impossibilitando de entrar, isso deixou meu pai ainda mais furioso.

Me afastei um pouco admirando berrar pela fresta da porta para que ela ouvisse e mais uma coisa inusitada aconteceu! Dona Lina está muito abusada, pois sequer se deu ao trabalho de vir para conversar com a gente.

— Pai! Calma, os vizinhos podem chamar a polícia — preocupada com as ameaças perigosas que está fazendo exigi abraçando seu corpo.

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