Mais do que paquera romance Capítulo 137

Andreia franziu o cenho.

Era o quarto que ela pretenderia morar.

Gerente esteve observando as expressões de Andreia o tempo todo, e vendo a cara dela, ela soube que a faxineira tinha apontado para o quarto certo.

Ainda bem que eles tinham uma regra de limpeza no hotel: quando não há hóspedes, a porta dos quartos deve sempre ficar aberta. Se não fosse por isso, elas seriam descobertas.

- Senhorita, os equipamentos serão consertados em breve, mas não pode hospedar ninguém por enquanto. Então quem irá para o quarto novo, a senhorita ou o seu amigo? – perguntou a gerente educadamente.

Andreia pegou a bolsa e a bagagem, dizendo:

- Eu vou, meu amigo teve enjoo de avião e já está dormindo, não vou acordar ele.

- Claro, venha comigo. – A gerente fez sinal de convite.

Andreia assentiu e foi com elas até uma outra suíte individual.

Depois que entrou, ela percebeu essa suíte era ainda mais luxuosa do que a que estavam antes. Se não fosse pelo tamanho, já poderia se comparar à uma suíte presidencial.

- Então não vamos mais atrapalhar o descanso da senhorita, com licença – disse a gerente ao ver que Andreia estava analisando a suíte, e se retirou rapidamente levando a faxineira com ela.

Andreia ainda queria perguntar se não tinham levado ela para o quarto errado, mas vendo a porta fechada por elas, engoliu a pergunta de volta. Amarrou os cabelos e foi tomar um belo banho. Depois que enxugou toda a canseira, se jogou na cama e dormiu.

Quando acordou, o dia lá fora já tinha escurecido. Gilberto a ligou todo preocupado.

- Andy, cadê você?

Andreia se levantou esfregando os olhos e respondeu toda sonolenta:

- Estou no quarto do hotel.

- Mas eu não te vi. – Gilberto apertou a mão que segurava o celular.

Lembrando do fato de ter trocado de quarto de manhã, ela deu um tapa na testa antes de contar tudo.

Depois que ouviu as explicações, a expressão preocupada se dissipou, mas o cenho de Gilberto se apertou.

- Tem problemas nos equipamentos do quarto?

- Pois é, foi o que a gerente disse.

- Jura? – os óculos de Gilberto refletiram, e ele foi para o quarto ao lado para verificar os equipamentos.

Depois que percebeu que tudo estava funcionando bem, ele entendeu tudo. Alguém tinha separado ele e a Andreia de propósito, não queria deixá-los morar juntos.

- Gil, por que não está falando? – Andreia perguntou diante do silêncio dele enquanto arrumava os cabelos bagunçados.

A mão que Gilberto segurava o celular se apertava cada vez com mais força, como se quisesse esmagar o celular, mas trazia sorriso em seu rosto ao responder:

- Nada não, estava verificando os equipamentos.

- Já estão com problemas, para que ainda perde tempo verificando? – Andreia bocejou e saiu da cama.

Os olhos de Gilberto piscaram e ele perguntou:

- Por isso não estou verificando mais. Está com fome?

Ele mudou de assunto.

Andreia afagou a barriga e disse:

- Um pouco.

- Então vamos jantar no restaurante do hotel, eu te espero no hall do elevador. – disse Gilberto desligando.

Andreia deixou o celular de lado e abriu a bagagem para procurar roupas. Depois de se vestir, se maquiou de leve e saiu do quarto.

- Gil. – Ela se reuniu ao Gilberto no hall do elevador.

Gilberto assentiu e disse:

- O elevador chegou, vamos.

Andreia sorriu e entrou com ele.

Dentro do elevador, Gilberto estava de cabeça baixa, pensativo.

Vendo que ele não parecia muito de bom humor, Andreia quis perguntar o que ele tinha, mas então o elevador se abriu.

Raviel olhou surpreso para Andreia e Gilberto dentro do elevador.

Que coincidência os encontrar aqui.

- Sr. Raviel. – Andreia também ficou surpresa pelo fato de Raviel estar hospedado neste hotel. Ela ficou alegre por dentro, mas não demonstrou isso na cara.

Raviel assentiu de leve para ela e entrou no elevador.

Assim que ele entrou, Andreia se afastou um pouco de Gilberto inconscientemente.

Vendo isso, o humor de Raviel ficou melhor, deixando um sorriso imperceptível passar pelo rosto.

Então Raviel colocou o celular no ouvido para falar com Bia.

Depois da ligação, ele foi na direção dos assentos privados.

Ao passar pelo salão, ele viu que na área de descanso, estavam sentados Andreia e Gilberto.

Ela tinha um saco de gelo nas mãos colocado sobre o rosto de Gilberto, e Gilberto estava sentindo prazer de olhos fechados.

Essa cena fez doer seus olhos.

No avião, ela estava cuidando do rosto dele, e agora estava cuidando de outro homem.

Como ela é ocupada!

Ele não escondeu o olhar, então Andreia logo percebeu que estava sendo observada.

Ela se virou de leve e viu aquele olhar mortífero de Raviel, sentindo um frio percorrer o corpo.

Mas nos seus olhos, além do frio, ainda tinha outros sentimentos que ela não conseguia reconhecer.

- Sr. Raviel! – Andreia acenou para ele.

Ouvindo sua chamada, Gilberto abriu um olho para olhar na direção de Raviel.

Raviel não a respondeu, apenas guardou seu olhar frio e foi embora sem expressões no rosto.

A mão que Andreia acenava parou no ar, e ela abaixou constrangida.

- Parece que o presidente Raviel está com raiva de mim.

- Não percebi, ele não é sempre assim? – disse Gilberto rindo.

Andreia balançou a cabeça, como se estivesse negando suas palavras, mas também parecia que não estava. Ela deu um suspiro leve e continuou segurando o saco de gelo no rosto dele.

Depois de um tempo, eles foram jantar.

Na manhã seguinte, a família Rossi mandou buscarem eles.

O casamento do herdeiro dos Rossi será no cruzeiro, o tempo foi marcado para o almoço do dia seguinte, mas teria uma festa hoje à noite, então os convidados teriam que chegar antecipados.

Chegando no porto, assim que Andreia desceu do carro, deu de cara com um cruzeiro enorme parado lá. Dava para ver que tinha pelo menos centenas de metros de comprimento e dezenas de metros de largura.

- Que grande! – disse Andreia atônita.

Raviel que descia do carro não muito longe dali, ao ouvir essas palavras, estacou os passos.