Mais do que paquera romance Capítulo 147

- And… - Kristofer estendeu a mão e estava prestes a chamar Andreia, mas viu que ela já havia entrado no elevador cuja a porta tinha se fechado.

Kristofer teve de se abaixar, pegou o recibo, virou-o e descobriu que era a ficha médica de Daniel.

Devido ao habito médico, ele não pôde deixar de ler a ficha médica com atenção. Ao ver a coluna do tipo sanguíneo, suas pupilas se contraíram repentinamente e ele exclamou incrédulo:

- Sangue RH nulo?

Como isso é possível?! Daniel era do tipo sanguíneo A. Ele se lembrou disso claramente quando fez um teste de paternidade para Raviel.

Kristofer achou que tinha lido errado, então tirou os óculos, esfregou os olhos e olhou para a coluna do tipo sanguíneo novamente. A frase 'sangue RH nulo' ainda estava lá, provando que ele não se enganou a ler.

Nesse momento, o coração de Kristofer acelerou e ele não pôde deixar de apertar a mão que segurava a folha da ficha médica.

Visto que Daniel tinha sangue RH nulo, o mesmo tipo sanguíneo que Raviel, e a mesma aparência também, isso significava que eles realmente podiam ser pai e filho?

Pensando nisso, Kristofer percebeu que se tratava de algo sério, então ele saiu dali com pressa rumando para seu hospital.

Ele queria consultar os registros de exame anteriores e verificar se ele pegou a amostra de sangue errada quando fez o exame. Caso contrário, por que a amostra de Daniel tinha sangue tipo A no passado?

De volta ao hospital, Kristofer veio até a porta da ala de Bia e bateu na porta.

Foi Saymon que abriu a porta:

- Doutor Kristofer, você voltou.

Kristofer o ignorou, empurrou-o e entrou diretamente para a ala:

- Ravi, vem comigo.

Raviel estava sentado ao lado da cama do hospital conversando com Bia. Ouvindo o que Kristofer disse, ele se virou para olhá-lo e disse:

- Qual é o problema?

- Você saberá quando vier comigo! - Kristofer acenou com a mão com pressa.

Raviel franziu a testa, levantou-se e se aproximou.

Na porta, Kristofer agarrou seu braço e puxou-o diretamente para fora da ala.

Bia na cama do hospital viu Kristofer entrando, e não gostou que ele a ignorou e ainda por cima tirou Raviel de lá.

Disse que gostava dela, mas a ignorou sem nem dizer um 'oi'. Isso era o comportamento de alguém que dizia gostar dela? Nesse caso, ela o deixou saber das consequências de ignorá-la. Bia baixou as pálpebras e os cantos da boca se levantaram friamente.

Kristofer levou Raviel para seu escritório e, depois de puxar a manga de Raviel, ele pegou uma seringa e a enfiou em seu braço.

Raviel viu isso, seu rosto ficou frio e ele puxou o braço para trás imediatamente, dizendo:

- O que você está fazendo?

- Eu quero fazer um teste de paternidade entre você e Daniel novamente! - Kristofer disse com seriedade.

Raviel não pode evitar de erguer as sobrancelhas, ao mesmo tempo sua expressão se tornou rígida.

Ele e Kristofer eram amigos e Raviel sabia que ele gostava de brincar, mas era sério com o trabalho.

Agora que Kristofer se tornou sério, era óbvio que algo errado tinha acontecido.

- Pelo qual motivo? - Raviel perguntou, semicerrando os olhos.

Kristofer largou a seringa, tirou do bolso uma ficha médica dobrada e colocou-a sobre a mesa.

Raviel pegou a ficha médica, desdobrou-a e disse:

- Daniel?

- Sim, mas olha isso também - Kristofer disse, ligou o computador e imprimiu uma cópia de seu exame anterior que estava guardado no banco de dados. - Este é o teste de paternidade entre você e Daniel no passado. Veja a coluna do tipo sanguíneo.

Ao ouvir isso, Raviel ergueu os olhos e viu dois tipos diferentes de sangue; pasmado, ele disse:

- Qual é o problema?

- Não sei. Fui ao Hospital Di Carnapre para reservar uma córnea para Bia. Encontrei Andreia, por acaso e encontrei esta folha de exame, então voltei correndo para fazer novamente o exame entre você e Daniel para confirmar - Kristofer disse enquanto apontava para a ficha médica.

Raviel cerrou os punhos e já ficou com agitações de ânimos por dentro, mas ainda mantinha calma por fora.

Quando disse, ele tirou o celular, fez uma ligação, virou-se e caminhou em direção à porta.

No momento em que ele se virou, uma pessoa em um traje médico no lado de fora da porta, como um coelho assustado, apertou sua mão e saiu correndo rapidamente.

No Hospital di Carnapre, a cuidadora recebeu a ligação de Raviel, acenou e disse:

- Eu entendo, não se preocupe, não vou deixar Srta. Andreia descobrir.

Depois da ligação, ela olhou em volta e viu que não havia ninguém por perto, abriu a porta da ala e entrou, dizendo:

- Senhorita Andreia, está tudo pronto? - Amélia olhou para Andreia, que estava arrumando a cama, e perguntou sorrindo.

Andreia acenou e disse:

- Está, sim.

- Então vou fazer companhia a vocês enquanto esperam pelo táxi - A enfermeira se ofereceu.

Sem hesitação, Andreia sorriu e concordou:

- Isso é ótimo, obrigada.

- De nada, vou te ajudar a segurar Dani. Seu braço não pode ser tocado. É inconveniente para você usar salto alto para abraçar seu filho, Srta. Andreia.

Amélia caminhou até Daniel, que estava sentado no sofá chupando um pirulito. E Daniel obedientemente abriu os braços para ela. Ela tocou levemente na cabeça dele, pegou-o no colo, esperou até que Andreia saísse e a seguiu.

Quando ela chegou do lado de fora do hospital, Andreia parou um táxi e colocou sua bagagem no porta-malas. Assim que colocou a mala dentro, ela de repente ouviu Daniel gritar de dor.

Ela se assustou tanto que não conseguia nem fechar o porta-malas, mas correu para verificar o que havia acontecido.

- O que foi? - Andreia perguntou nervosa.

Daniel sentou-se no banco de trás, cobriu o topo da cabeça com as mãozinhas, e seu rostinho estava cheio de triste; com seus olhos úmidos por lágrimas, ele disse:

- Mamãe...

- Mamãe está aqui, diga a mamãe o que aconteceu - Andreia perguntou se abaixando para o abraçar.