Ouvindo isso, sua mão que abria a pasta de arquivos deu uma parada no ar, mas depois de alguns segundos, Raviel continuou como se nada tivesse acontecido.
Olhando para as palavras “Não Compatíveis” no final do exame, ele apertou seus lábios.
Ele já tinha esperado por esse resultado, então não estava muito surpreso.
Nesses trinta anos, tirando a noite em que fizera sexo com Judite por acaso cinco anos atrás, ele nunca tocou em mulher alguma. Por isso, não era possível que tivesse filhos.
Mas não sabia o porquê, ele se sentia um pouco decepcionado.
Ele não pensou muito, jogando o exame no lixo debaixo da mesa.
- Então que seja. Manda eles voltarem, não precisam mais ficar de olho naquelas crianças.
- Sim, senhor - disse Saymon,
- E quanto a meu sequestro, descobriram alguma pista? - perguntou Raviel se encostando na cadeira.
- Achamos alguns rastros que indicam a Eduardo D’Angelo.
- Eduardo... - Raviel repetiu com ele esse nome, seus olhos transbordando frieza. - Então realmente foi ele, pelo jeito ainda não desistiu, hein?
- Nossos olhos no exterior me disseram que ele tem planos de voltar ao país nos próximos tempos. - disse Saymon.
- Cinco anos se passaram, ele deveria mesmo voltar - Raviel se bufou cerrando os olhos. - Mandem ficar de olho nele, assim que ele voltar, me avisa de imediato.
Saymon acenou, e então se lembrou de mais uma coisa.
- Sr. Raviel, tem mais uma coisa.
- Diga.
- Quando o senhor estava em reunião mais cedo, Dr. Kristofer ligou para te convidar para jantar hoje, provavelmente querendo te perguntar a respeito desse teste de paternidade.
- Ok - respondeu Raviel, inexpressivo.
À noite, no restaurante Doce de Vida.
Érika entrou pela porta com duas sacolas de presente nas mãos, dizendo:
- Andy, me perdoa, eu me atrasei!
- Imagina, acabamos de chegar faz pouco tempo, sente-se! - disse Andreia puxando uma cadeira para ela.
Érika se sentou e entregou uma sacola para cada criança.
- Feliz aniversário, meus amores!
- Obrigado, madrinha! - comemoraram duas crianças, e Érika recebeu deles um beijo em cada bochecha.
- Já pediu a comida? - perguntou ela sorrindo sem parar.
- É claro que não. A nossa querida madrinha ainda não chegou, como vamos pedir? Toma - disse Andreia entregando o cardápio na sua mão.
Érika folheou por um tempo e escolheu duas coisas que as crianças gostavam de comer, devolvendo cardápio para o garçom.
Logo, uma garçonete veio empurrando seu carrinho de comidas em direção à mesa.
Depois que os pedidos chegaram, um garçom veio com um bolinho de aniversário nas mãos, e no centro do bolo tinha velinha de número quatro.
- Mamãe, que bolo bonito, deveria ser muito gostoso - disse Giovana com os olhos brilhando e engolindo a saliva.
Daniel cruzou os braços e disse num tom indiferente:
- Os bolos não são tudo o mesmo gosto? Que exagero.
Ele assim dizia, mas seus olhos não desgrudaram do bolo nem por um segundo.
Vendo essas duas fofuras, Andreia e Érika se entreolharam sorrindo.
Érika não se conteve e começou a esfregar as bochechas de Daniel.
- Dani, meu bem, você não pode ser mais sincero com suas palavras?
- MeEe sOoltaAa... - a cara de Daniel estava sendo todo amassado por ela, sem conseguir falar direito.
Andreia pediu logo que ela parasse, que dó de seu filho.
- Chega, chega. Deixe eles fazerem o desejo.
- Está bem - disse Érika soltando o pequeno, ainda insatisfeita.
Assim que Daniel se libertou, trocou de lugar para ficar o mais longe possível de Érika.
Sua madrinha é ótima em tudo, exceto pelo seu vício em esfregar as bochechas deles.
Ele não podia mais se sentar ao seu lado.
- Hoje é o aniversário de Dani e Vanna, a madrinha deseja a vocês um feliz aniversário, e espero que sejam felizes todos os dias. – Érika disse depois de cantar parabéns para eles, e empurrou o bolo para frente das crianças para que soprassem a vela.
Os dois pequenos fecharam os olhos e fizeram seus desejos, logo, sopraram a vela.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Mais do que paquera
Esse final não condiz muito com a estória, parece que está faltando páginas...
E Levi segue de otario na estória, Erika não tem responsabilidade afetiva nem por ela mesma vai ter por Levi?? E pra quer pelo amor essa gravidez nesse relacionamento?? Futura abominação o filho desses dois. Só sinto por Levi, pois parece uma boa pessoa....
Relacionamento muleta não dá certo, uma hora as muletas quebram 🤔...
Que a Erika é uma protagonista sem amor próprio já estava claro no decorrer da estória, mas fico me perguntando qual a intenção da autora com essa gravidez de um psicopata??? Uma Bia no futuro??? Não porquê se nascer com todo o genes do pai, será mil vezes pior que a Bia. Muito sem noção e totalmente desnecessária essa inclusão de gravidez para uma protagonista submissa a relacionamento abusivo. E ainda criou um otario para o felizes para sempre!! Isso é fazer o leitor de palhaço 🤡 🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡...
É muito surreal e depreciativo criar e desenvolver uma protagonista que toma decisões da forma que a Andreia está fazendo, É a mesma coisa de chamar as mulheres de burras e sem noção da realidade...
Já li livros com protagonistas burras, mas igual essa Andreia nunca. Por mais que faça parte do mistério do livro é até uma ofensa às leitoras esse enredo de uma personagem sem noção do perigo para ela e para os filhos se colocando nas mãos de um louco....
Meu Jesus, me desculpe a autora mas a Andréia é muito negligente como mãe. Como deixar duas crianças de menos de 05 anos sozinhas??? E isso está ocorrendo desde o início do livro Ela ainda queria ficar no hospital deixando as crianças com fome Que mãe é essa em!...
O livro parece interessante mas os desencontros está ficando cansativo...