- Com licença. - Raviel a envolveu pelo ombro de repente, interrompendo seus raciocínios a respeito de onde sentira esse cheiro de menta antes.
Andreia não tinha jeito, jogando esses pensamentos para longe.
- Preparar, apontar, já! - O homem disparou um tiro no ar, fazendo um barulhão.
Ao som de disparo, Raviel moveu a perna que estava amarrada e a avisou:
- Vamos.
- Ok. - Andreia respondeu e se concentrou para não o atrapalhar.
Mesmo que a saída inicial tenha sido um sucesso, eles estavam atrás das crianças.
As crianças cresceram juntas, e tinha a mesma altura. Logo, tinha a total sintonia. No momento em que ouviram o disparo, eles saíram correndo como vento, deixando-os para trás.
- Papai, mamãe, rápido! - gritava Giovana enquanto corria.
- Papai, mamãe, vocês vão perder - disse Daniel.
Andreia entendeu que seus pequenos estavam zombando deles e riu com isso.
- Temos que acelerar - disse Raviel olhando para o ponto de chegada que estava bem longe, e olhou para as duas crianças que já passavam da metade da pista.
Andreia também sabia que iam perder se não acelerassem, então respirou fundo e aumentaram a velocidade.
As pernas deles eram muito mais compridos do que as pernas das crianças, então logo as ultrapassaram.
A vitória estava na frente de seus olhos, mas a expressão de Andreia de repente se mudou.
Ela viu a placa sobre o posto do ponto de chegada se balançando.
No próximo instante, um parafuso caiu, e a placa se desmantelou toda, caindo em direção a Andreia e Raviel.
As pupilas de Andreia se contraíram e, sem pensar em mais nada, ela derrubou Raviel, mas ela mesma acabou tendo o pé esmagado pela placa.
A cena assustou todos no restaurante, e o homem de terno de veludo quase sentiu a alma sair pela boca de susto. Gritou chamando pessoas para ajudarem.
Logo, os seguranças vieram e levaram a placa embora.
Raviel soltou a corda de suas pernas e ajudou Andreia a ficar em pé. Vendo seu calcanhar cheio de sangue, seu coração deu um naquele momento.
- Você...
- Sr. Raviel, você está bem? - perguntou Andreia suando friamente, seu rosto estava pálido.
- Eu estou bem - disse Raviel.
- Então está tudo bem - suspirou Andreia aliviada.
- Por que me salvou? - perguntou Raviel com um olhar muito complicado.
Ele viu muito bem que ela o salvou de primeiro, sem hesitar nem por um instante.
Ela parecia ter muito medo dele se machucar.
- Não é normal salvar pessoas? - sorriu Andreia, respondendo fracamente.
Ele tinha vindo para a ajudar, se deixasse ele se machucar, seria demais da conta.
- Mamãe, você está bem? - perguntou Daniel ao se aproximar correndo juntamente com Giovana.
- Mamãe, você está sangrando... - disse Giovana começando a chorar.
Vendo seus pequenos desesperados por ela, ela ficou muito emocionada, então aguentou a dor e respondeu:
- Está tudo bem, mamãe está bem.
- Como poderia estar bem? Está sangrando! - disse Daniel segurando as mãos em punho, e se virou furioso para Raviel. - É tudo culpa sua! Se não fosse para te salvar, mamãe não estaria machucada!
- Daniel! - Andreia o repreendeu. - Como poderia falar com titio assim? Mamãe o salvou por vontade própria, não tem nada a ver com ele.
- Mas... - Daniel ainda queria falar algo com seus olhos ficando vermelhos.
Raviel abaixou a cabeça e disse a ele:
- Você está certo. Sua mãe se machucou por mim, e eu vou me responsabilizar por isso até o fim.
Daniel levantou a cabeça e o encarou por alguns segundo antes de desviar bufando, aceitando suas palavras.
Raviel arqueou as sobrancelhas, surpreso.
Essa é mesmo uma criança de quatro anos?
É inteligente e maduro demais para a sua idade.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Mais do que paquera
Esse final não condiz muito com a estória, parece que está faltando páginas...
E Levi segue de otario na estória, Erika não tem responsabilidade afetiva nem por ela mesma vai ter por Levi?? E pra quer pelo amor essa gravidez nesse relacionamento?? Futura abominação o filho desses dois. Só sinto por Levi, pois parece uma boa pessoa....
Relacionamento muleta não dá certo, uma hora as muletas quebram 🤔...
Que a Erika é uma protagonista sem amor próprio já estava claro no decorrer da estória, mas fico me perguntando qual a intenção da autora com essa gravidez de um psicopata??? Uma Bia no futuro??? Não porquê se nascer com todo o genes do pai, será mil vezes pior que a Bia. Muito sem noção e totalmente desnecessária essa inclusão de gravidez para uma protagonista submissa a relacionamento abusivo. E ainda criou um otario para o felizes para sempre!! Isso é fazer o leitor de palhaço 🤡 🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡...
É muito surreal e depreciativo criar e desenvolver uma protagonista que toma decisões da forma que a Andreia está fazendo, É a mesma coisa de chamar as mulheres de burras e sem noção da realidade...
Já li livros com protagonistas burras, mas igual essa Andreia nunca. Por mais que faça parte do mistério do livro é até uma ofensa às leitoras esse enredo de uma personagem sem noção do perigo para ela e para os filhos se colocando nas mãos de um louco....
Meu Jesus, me desculpe a autora mas a Andréia é muito negligente como mãe. Como deixar duas crianças de menos de 05 anos sozinhas??? E isso está ocorrendo desde o início do livro Ela ainda queria ficar no hospital deixando as crianças com fome Que mãe é essa em!...
O livro parece interessante mas os desencontros está ficando cansativo...