- Eu te conheço de algum lugar? - perguntou Kristofer para Andreia. - Você me parece muito familiar.
Andreia olhou para ele e balançou a cabeça.
- Mas senhor, eu não te conheço.
- Não conhece mesmo? Olhe mais um pouco para mim - disse Kristofer apontando para o próprio nariz, botando a cara mais perto dela.
Andreia se afastou um pouco para trás, um pouco embaraçosa.
- Senhor, eu realmente não te conheço.
Sua memória era muito boa, era impossível não o reconhecer se tivesse visto antes.
- Como isso é possível? - murmurou ele franzindo a cara.
Ele realmente achava essa mulher familiar.
Mas não conseguia se lembrar de jeito nenhum onde a viu antes.
- Dani, por que esse titio fica perguntando para mamãe sem parar se ela conhece ele ou não? Será que ele gosta de mamãe, e quer ser nosso papai? - Giovana perguntou bem baixinho para seu irmão, fitava em Kristofer com vigilância.
Ela se lembrava que aqueles loiros estrangeiros flertavam com sua mamãe dessa mesma forma, e queria se casar com sua mamãe para ser seu novo papai.
Daniel analisou Kristofer de cima a baixo com um olhar de desdém enquanto afagava o próprio queixo, e então respondeu:
- Eu não quero que ele seja nosso papai, não me dá nenhuma sensação de segurança. Eu prefiro titio Raviel.
Raviel ouviu o cochicho das crianças atrás de si e sorriu levemente, seu humor ficando muito melhor de repente.
- Eu também gosto do titio Raviel, você é tão parecido com ele, Dani - disse Giovana mordendo o dedo.
E essas palavras fizeram pequeno Daniel pensar muito.
O QI do Daniel era muito mais alto do que as crianças da mesma faixa etária, e ele sempre sabia que o pai deles estava no país, e não no exterior.
Uma vez, ele escutou sem querer sua mamãe conversando com o padrinho.
Padrinho perguntou para mamãe se ela iria procurar pelo pai verdadeiro deles se voltasse para o país. E sua mamãe respondeu que nem sabia quem era o pai deles.
E agora, encontrou um titio tão parecido com ele.
Pensando até aqui, os olhos de Daniel giraram, ele já tinha tido uma ideia.
Ele precisava dar um jeito de conseguir uma amostra de DNA de titio Raviel.
Quando seu padrinho voltar do exterior, ele iria pedir para ele o ajudar com um teste de paternidade.
E do outro lado, Kristofer já tinha terminado de verificar os ferimentos e de embrulhar o pé de Andreia em bandagens.
Assim que terminou, Kristofer a entregou um cartão de visitas, e disse:
- Não deixa seu pé tocar em água esses dias. Esse é o endereço do hospital em que eu estou, amanhã venha tomar a vacina de tétano, e aproveitarei para trocar suas bandagens.
- Entendi, obrigada, Dr. Kristofer - agradeceu Andreia pegando cartão de sua mão.
Kristofer pegou uns lenços de papel para limpar as mãos enquanto analisava os dois pequenos, e perguntou:
- Você é a mãe deles?
- Sim - disse Andreia os abraçando e afagando a cabeça deles.
- São muito fofos, principalmente esse pequeno aqui - disse Kristofer olhando para Daniel. - Ele é simplesmente igualzinho a Ravi. Se eu não soubesse que Ravi não tem crianças, chegaria a acreditar que são pai e filho.
- É realmente muita coincidência - disse Andreia olhando na direção de Raviel.
Da primeira vez em que encontrou Raviel, Andreia já tinha achado que ele se parecia demais com seu filho. Mas ela sabia que era impossível que ele fosse o pai das crianças.
Porque o homem com quem transara cinco anos atrás, era supostamente um velhote de quase cinquenta anos.
- Ah, ainda não perguntei seu nome - disse Kristofer jogando o lenço no lixo.
- Andreia Hofmann - respondeu ela.
- Andreia Hofmann... Hofmann... - Kristofer ficou repetindo seu sobrenome, e então parecia que levara um raio, sua expressão se tornando apavorada. - Ravi, está errado! Estamos errados nisso tudo!
- O que está errado? - perguntou Raviel friamente.
Kristofer o puxou para o lado e disse baixinho:
- Ravi, você ainda se lembra do tratado de noivado entre você e Srta. Hofmann?
- O que tem a ver com Judite? - Raviel olhou para ele.
Kristofer sorriu amargamente e disse:
- Aí está o problema. A noiva do trato não é Judite, é ela!
Ele seguiu apontando na direção de Andreia.
Andreia inclinou a cabeça de leve.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Mais do que paquera
Esse final não condiz muito com a estória, parece que está faltando páginas...
E Levi segue de otario na estória, Erika não tem responsabilidade afetiva nem por ela mesma vai ter por Levi?? E pra quer pelo amor essa gravidez nesse relacionamento?? Futura abominação o filho desses dois. Só sinto por Levi, pois parece uma boa pessoa....
Relacionamento muleta não dá certo, uma hora as muletas quebram 🤔...
Que a Erika é uma protagonista sem amor próprio já estava claro no decorrer da estória, mas fico me perguntando qual a intenção da autora com essa gravidez de um psicopata??? Uma Bia no futuro??? Não porquê se nascer com todo o genes do pai, será mil vezes pior que a Bia. Muito sem noção e totalmente desnecessária essa inclusão de gravidez para uma protagonista submissa a relacionamento abusivo. E ainda criou um otario para o felizes para sempre!! Isso é fazer o leitor de palhaço 🤡 🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡🤡...
É muito surreal e depreciativo criar e desenvolver uma protagonista que toma decisões da forma que a Andreia está fazendo, É a mesma coisa de chamar as mulheres de burras e sem noção da realidade...
Já li livros com protagonistas burras, mas igual essa Andreia nunca. Por mais que faça parte do mistério do livro é até uma ofensa às leitoras esse enredo de uma personagem sem noção do perigo para ela e para os filhos se colocando nas mãos de um louco....
Meu Jesus, me desculpe a autora mas a Andréia é muito negligente como mãe. Como deixar duas crianças de menos de 05 anos sozinhas??? E isso está ocorrendo desde o início do livro Ela ainda queria ficar no hospital deixando as crianças com fome Que mãe é essa em!...
O livro parece interessante mas os desencontros está ficando cansativo...