Mais do que paquera romance Capítulo 261

Érika parou de brincar e lhe entregou um convite para o memorial da morte:

- Recebi este nesta manhã, e seu pai mandou alguém enviá-lo.

- O que é? - Andreia pegou o convite de forma desconfiada.

Érika disse com desdém:

- Convite para você participar do funeral de Judite.

Ao ouvir isso, Andreia se sentiu infeliz, e depois ela disse com ironia:

- Ele sabia que Judite e eu não nos dávamos bem. Por que ele me convidou mesmo assim? Ele não tem medo de que eu acabe causando problemas no funeral?

- Sei lá! O pai dela é imprevisível, não tem como saber o que se passa na cabeça dele. - Érika encolheu os ombros e disse.

Andreia jogou o cartão de convite sobre a mesa e disse:

- Ok, já que ele me convidou, então eu vou.

Érika puxou a cadeira e sentou-se:

- Andy, parece que Fagner confirmou que foi realmente Judite que pulou do prédio, por isso ele enviou o convite para você.

- Eu sabia, foi Judite que cometeu suicídio, porque o policial já havia me informado. - Andreia falou sobre a conversa com o Oficial Ramiro, enquanto ligava o computador.

Érika suspirou de emoção:

- Bem, já que ela está realmente morta, eu vou perdoar ela. Não tenho sido tacanha o suficiente para odiar uma pessoa morta.

- Verdade, eu também. - Andreia acenou.

Como se costuma dizer, as pessoas sempre devem perdoar aqueles que já morreram, então ela nunca mais odiaria Judite.

- Ok, agora preciso ir trabalhar. Não se esqueça do banquete de celebração à noite. - Érika levantou-se segurando a mesa.

Andreia concordou e disse com um sorriso:

- Não se preocupe, não esquecerei.

O banquete de celebração tinha sido planejado na noite passada, mas como Judite pulou do prédio, então, ninguém estava com humor para o banquete.

Por isso o banquete foi adiado para esta noite.

- Ok, então eu vou embora. - Érika se virou e saiu.

Depois que ela saiu, Andreia pegou o livro de design e começou a trabalhar.

À tarde, ela se espreguiçou, parou o lápis na mão, colocou o livro de design de volta na gaveta e trancou a gaveta enquanto procurava o celular para ligar para Raviel.

Logo o telefonema foi conectado e Raviel disse com a voz profunda e doce:

- Oi!

- Ravi, a mudança de casa pode ser adiada para amanhã? - Andreia recostou-se na cadeira e falou com Raviel do outro lado da linha no tom de negociação.

Ao ouvir, ele torceu as sobrancelhas e disse:

- Por quê?

- Esqueci de dizer ontem que hoje haveria um banquete de comemoração do meu estúdio - Andreia disse envergonhada.

Ele afrouxou as sobrancelhas e disse:

- De jeito nenhum, vamos nos mudar hoje! Já pedi para Saymon arrumar as roupas e as necessidades diárias. Você não precisa se preocupar em arrumar nada. Pode levar algumas coisas importantes mais tarde.

- Já está tudo pronto? - Andreia ficou pasma e disse.

Raviel acenou com a cabeça e disse:

- É.

Andreia tocava na sua testa enquanto disse:

- Você realmente pensou em tudo por mim. Se isso continuar, mais cedo ou mais tarde, me tornarei totalmente dependente de você.

- Há algo errado em depender de mim? Quanto mais você depende de mim, mais você precisará de mim no futuro. - Raviel curvou os lábios e disse de forma dominadora.

Andreia se sentiu meio embaraçosa por essa fala dele e então disse:

- Bem, preciso desligar agora.

- Espera aí um momento - Raviel disse para impedir que ela desligasse.

Andreia colocou o celular de volta no ouvido:

- Qual é o problema?

- Onde é o banquete de Celebração? - Raviel ajustou sua postura ao sentar e perguntou.

- Le Casa Sekai - Andreia disse o endereço e perguntou -, você vem?

Le Casa Sekai era um lugar famoso em Bela Costa.

Lá havia todo tipo de diversão. Na celebração desta noite, eles iriam comer primeiro e cantar depois.

- Acho que não, vocês podem se divertir - Raviel disse balançando a cabeça.

Ele não gostava de lugares como esse, onde estavam sempre cheios de pessoas.

- Ok - Andreia disse encolhendo os ombros.

Na verdade, ela só tinha perguntado por educação, e não tinha a intenção de levá-lo até lá.

Além disso, se ele fosse, outras pessoas poderiam se sentir incomodadas. Felizmente ele não queria participar, caso contrário, ela não saberia como recusar.

- Quando acabar, me liga e vou te buscar - Raviel bateu levemente no braço da cadeira do escritório com os dedos.

Andreia não recusou, acenou e concordou, depois desligou a chamada.

Érika empurrou a porta, enfiou a cabeça para dentro e perguntou:

- Andy, já está pronta?

- Pronta, sim, vamos lá. - Andreia pegou a bolsa, levantou-se e saiu com ela.

As duas trouxeram uma dúzia de pessoas do estúdio para Le Casa Sekai para comer um bufê de frutos do mar.

Quando o bufê terminou, já passava das nove horas da noite. E depois, eles foram a karaokê.

Todo mundo estava animado, pedindo músicas, jogando, e o quarto de karaokê estava muito movimentado.

Andreia estava sentindo-se um pouco entediada depois de se divertir. Então, ela avisou a Érika e saiu para tomar ar fresco do lado de fora do camarote.

Assim que ela saiu da sala, alguém chamou seu nome:

- Andreia, é você?

Andreia se virou para olhar, e viu uma mulher alta e sexy a poucos metros dela, olhando para ela mesma surpresa.

Confusa, Andreia olhou para a mulher; sentia que ela era familiar, mas não conseguia se lembrar de onde a conhecia, então ela teve que sorrir educadamente e disse:

- Olá, como se chama?

O rosto da mulher ficou meio amarrado imediatamente, e ela caminhou na frente de Andreia com quase dez centímetros de salto alto e disse com estranheza:

- Os nobres se esquecem das coisas facilmente. Éramos colegas de dormitório na Universidade Municipal da Bela Costa, e a gente estava um ano juntas. Não lembra?

“Uma colega de quarto da Universidade Municipal da Bela Costa?", Andreia baixou os olhos e pensou por um momento, e depois com seus olhos brilhantes, ela disse:

- Você é Nina!

A mulher, Nina Fonseca, ergueu os braços com arrogância e respondeu:

- Lembrou?!

Andreia sorriu sem sinceridade, depois disse com a voz alienada e educada:

- Sim, agora você me lembrou. Nossa, você mudou muito!

Ela olhava para a mulher à sua frente, que era sua colega de quarto do primeiro ano na Universidade Municipal da Bela Costa (UMBC) no departamento de arte, há sete anos. Mas o relacionamento delas não era bom, porque as condições da família de Nina não eram boas, e por isso ela se sentia infeliz e inferior e não gostou de ninguém no quarto.

Ela também não gostou nenhum pouco de Andreia, e brigava com ela sem motivo. Mas apesar disso, Nina tomou a iniciativa em cumprimentá-la, o que surpreendeu Andreia.

- Sim, agora sou modelo e ganhei um pouco de fama. É normal que eu tenha mudado bastante, não acha?! - Nina sorriu com arrogância.

Andreia percebeu o exibicionismo em seu tom mas ainda disse com delicadeza:

- Entendo. Você leva jeito para ser modelo, sua estatura e biotipo te favorecem. Parabéns!

- Obrigada. - Nina tocou sua bolsa com os braços casualmente. - E você? O que você está fazendo agora, ainda trabalhando como uma estilista?

- É. - Andreia acenou.

Nina cobriu os lábios e sorriu com desdém:

- Parece que você não tem muito sucesso, não é mesmo?

Andreia ergueu as sobrancelhas e perguntou:

- Por que diz assim?

- Você não é famosa, estou no círculo da moda e nunca ouvi ninguém falar de você.

Nina arrodeou Andreia enquanto a olhava com arrogância e disse:

- Você era uma gênia, muito famosa no departamento de design de moda na Universidade Municipal da Bela Costa. Como é que você pode se encontrar em um estado tão deplorável? Se você me implorar até que eu me sinta satisfeita, eu arrumarei um designer famoso pra te ensinar. O que acha?

Depois de falar, ela olhou para Andreia, esperando que Andreia respondesse.

Se Andreia respondesse, Nina poderia ter a chance de derrubar Andreia que costumava a ser famosa no passado.

Andreia sabia o que Nina estava planejando, que queria aprontar com ela, então seus olhos se tornaram frios. Quando Andreia estava prestes a rebater, Érika de repente saiu na frente com um olhar zangado e bloqueou Andreia atrás dela:

- Que ridículo! Como uma modelo que nem é famosa ousa falar isso?!

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