Mais do que paquera romance Capítulo 262

- Nem fama tenho? - Os olhos de Nina se arregalaram com incredulidade enquanto disse. - Como você se atreve a dizer isso para mim?

- Eu estou errada? - Érika olhou para ela com desprezo. - Só acabou de fotografar para algumas revistas comuns, e com apenas isso você realmente pensa que é uma supermodelo? Quer apresentar alguns designers famosos para Andy? Quantos designers você conhece? Você só sabe bufar aqui.

Enquanto falava, Érika revirou os olhos e continuou:

- Você não é famosa, e então os designers que você conhece provavelmente não são famosos também. Portanto, você deve manter esses designers sem fama em sua mente, não os apresente para ninguém, se não, passará vergonha.

- Você... você... - Nina apontou para ela, tremendo de raiva, e não conseguia dizer mais nada.

Érika empurrou a mão de Nina e disse:

- O que você está falando?! Por favor, endireita sua língua e depois fale, tá?

Andreia não conseguiu conter um sorriso quando viu Nina sendo zombada por sua amiga.

Sua risada deixou Nina ainda mais irritada, que cerrou os punhos e gritou:

- Do que você está rindo?!

- Quem você acha que é, para impedir das pessoas rirem? - Érika disse com as mãos nos quadris.

Nina não podia a vencer nesse argumento, então ficou com uma cara amarrada para cachorro, o que era muito engraçado.

No final, Nina lançou um olhar feroz para Andreia e Érika, grunhindo de raiva e se virando para sair.

Mas antes de sair, ela não se esqueceu de deixar uma palavra cruel:

- Esperem aí, não vou deixar vocês irem.

- Parece que não podemos fazer nada por você - Érika falou com a expressão desdenhosa, depois se virou e olhou para Andreia. - Andy, ela te feriu?

- Não, estou bem. - Andreia balançou a cabeça.

Érika suspirou aliviada:

- Isso é bom, se você a encontrar novamente no futuro, você pode repreendê-la diretamente, não precisa ser respeitosa com ela.

Andreia sorriu e disse:

- Eu sabia, mas Eri, você tem algum rancor com ela?

Ela rosnou na direção por onde Nina estava saindo.

Érika acenou:

- Conheci essa mulher uma vez quando fui falar sobre negócios no mês passado. Ela se apaixonou pelo desenho em minhas mãos e queria comprá-lo. Eu não concordei, então ela me arrumou problemas. Por isso lembrei dela, mas por que você estava brigando com ela?

- Ela era minha colega de dormitório na UMBC. - Andreia foi até o camarote enquanto contava a ela sobre as coisas na universidade.

Depois de ouvir, Érika entendeu e semicerrou os olhos, dizendo:

- Então eu sei por que ela não gosta de você.

- Por quê? - Confusa, Andreia olhou para ela.

Érika franziu os lábios e disse:

- Ela tem ciúmes de você, porque você é linda e tem uma boa família. Ela não tem nada além de estatura e biotipo.

Andreia disse sentindo-se muito engraçada essa fala de Érika:

- Já sei. Achei que eu tinha cometido alguma injustiça com ela.

- Bem, esse tipo de pessoa não é normal. Não fala mais sobre ela, todo mundo está esperando por beber com você, afinal, o desempenho deste mês está tão bom devido ao seu trabalho duro. - Érika disse enquanto abria a porta do camarote.

Assim que Andreia entrou, ela foi abraçada por todos e bebeu um pouco.

Andreia não conseguiu se livrar deles e só conseguiu responder a eles segurando seu próprio copo.

Depois de alguns copos, seu rosto começou a ficar vermelho, seus olhos ficaram turvos e ela ficou bêbada.

Érika olhou para aparência de Andreia e se sentiu atraída, e acabou pensando alto:

- Droga, foi assim que ela conseguiu deixar o Presidente Raviel a amar tanto.

- O quê? O que você disse? - Andreia não ouviu claramente, então largou a copo e perguntou.

Érika balançou com a mão:

- Não, eu não disse nada.

- Tá bom. - Andreia ergueu o queixo, pegou sua bolsa e não perguntou mais.

Ao ver isso, Érika agarrou o pulso dela e disse:

- Andy, você não vai se divertir mais?

- Estou um pouco tonta e não é muito cedo, acho melhor eu voltar logo, você pode ficar aqui e se divertir mais um pouco. - Andreia esfregou as têmporas e disse com um sorriso.

Érika soltou sua mão:

- Ok, vou chamar Uber por você. Você está bebendo e não pode dirigir.

- Não é preciso, Ravi disse que viria me buscar. - Andreia disse, pegou seu celular e discou o número de Raviel.

Érika se sentiu envergonhada com a resposta dela, cobriu o peito e disse:

- Ok. Então você não precisa mais de minha ajuda. Vou cantar.

- Tá bom - Andreia balançou com a mão.

Assim que Érika se afastou, o telefone conectou.

Andreia colocou o celular no ouvido e a voz baixa de Raviel soou:

- Já acabou?

- Ainda não - A música na sala era muito barulhenta, Andreia caminhou para o lado de fora da porta e continuou. - Mas eu quero voltar.

Ao ouvir a voz dela, Raviel percebeu que ela estava muito mais suave do que o normal, como se fossem plumas sendo passadas em suas orelhas.

- Você bebeu?

- Sim, mas só um pouco. - Andreia não escondeu isso dele, acenou com a cabeça e admitiu.

- Bem, espera por mim aí um pouco, e eu irei te buscar logo. – Acabando de falar, ele desligou a ligação, tirou o roupão e jogou-a na cama; caminhou nu até o vestiário para trocar de roupas e saiu.

Andreia também desligou o celular e voltou para a sala.

Depois de ficar na sala por cerca de vinte minutos, Raviel enviou uma mensagem de texto dizendo que estaria lá em alguns minutos e pediu que ela esperasse na entrada da Le Casa Sekai.

Então Andreia se despediu de Érika e dos demais e caminhou em direção ao portão da Le Casa Sekai.

Quando ela caminhou até o portão, percebeu que ainda estava chovendo lá fora tão forte; o vento frio soprou em seu corpo, fazendo-a estremecer de frio.

- Andreia? - No momento em que Andreia esfregava os braços para se aquecer, uma voz masculina de repente soou atrás dela.

Andreia franziu a testa ao ouvir essa voz.

“O que está acontecendo esta noite? Tenho tantos conhecidos?”, pensou Andreia.

Andreia olhou para trás com impaciência.

Viu um homem bonito vestindo com uma camisa florida e calças casuais, parado a poucos metros dela, olhando para ela atentamente.

Ao vê-la se virar, o homem imediatamente correu até ela com um olhar de surpresa:

- É realmente você, pensei que eu poderia estar enganado.

Com isso, ele estava prestes a tocar no ombro de Andreia.

Andreia franziu os lábios, deu um passo para trás e se distanciou dele:

- Com licença, mas você é?

- Você não se lembra de mim? Sou Zezé. - Ele disse apontando para seu próprio nariz.

- Zezé? - Andreia baixou os olhos e pensou por um momento, e depois se lembrou, - Eu te lembro.

Como Nina, Zezé vinha da UMBC. Por causa das boas condições familiar, ele se tornou um homem de família rica, e era bonito também, então costumava a ser uma pessoa famosa na UMBC.

Andreia não esperava achar duas pessoas da UMBC esta noite.

- Sou eu. - Vendo Andreia ter se lembrado dele, Zezé acenou com a cabeça, empolgado. - Andreia, não te vejo há sete anos, você está ficando cada vez mais bonita.

Olhando-a dos pés à cabeça, Zezé ficou surpreso e cobiçoso.

Andreia percebeu e franziu as sobrancelhas em desgosto, mas logo voltou ao seu sorriso educado:

- Obrigada.

- Andreia, onde você estava nos últimos anos? Por que você abandonou o estudo de repente? - Zezé esfregou as mãos e perguntou calorosamente.

O sorriso no rosto de Andreia tornou-se um pouco rígido.

“Ele não me conhece bem, por que pergunta tanto?!”, pensou Andreia.

Embora ela pensasse assim em seu coração, Andreia educadamente respondeu:

- Eu fui para o exterior.

- Sério? Quando você voltou para a Areia Preta? - Zezé perguntou novamente.

Andreia ficou mais impaciente, então ela retirou o sorriso e disse com a voz baixinha:

- Já faz um tempo desde que voltei.

Enquanto falava, ela de repente viu um carro Bentley familiar que vinha na chuva em sua direção.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Mais do que paquera