Mais do que paquera romance Capítulo 315

Com os lábios pálidos, Andreia respondeu levemente:

- Não vai enterrar minha mãe antes que ganhei a verdade. Não vai deixar minha mãe falecer inexplicavelmente!

Raviel completamente compreendeu seus sentimentos e sua resposta foi como esperada.

Ele experienciou os sentimentos como assim quando seu avô faleceu.

Só obedeceu até que todas as pessoas o convenceram.

Eles voltaram para o quarto de doentes.

Andreia limpou seu rosto e as mãos com água fria, e depois voltou para sua cama e fechou os olhos.

Raviel ficou ao lado dela:

- Toma alguma coisa antes que dorme. Saymon já foi para comprar.

- Não, não tenho apetite. – Andreia estava cansada e balançou sua mão desanimadamente. Seu rosto pequeno mostrou a tristeza e o cansaço.

Raviel ficou insatisfeito, fechou um pouco os olhos e estendeu sua mão para a levantar.

Andreia não esperava que ele tomaria ação diretamente e ficou surpresa, seus olhos também arregalaram:

- O que...

- Presidente Raviel, chegaram as comidas. – A chegada de Saymon a interrompeu.

Raviel pegou as comidas de Saymon e mandou para Andreia:

- Coma.

Andreia balançou a cabeça:

- Realmente não tenho apetite.

- Tem de comer alguma coisa! – Raviel franziu os lábios e sua atitude foi firme.

Seu tom de comando irritou Andreia e ela olhou para ele com os olhos úmidos e vermelhos:

- Raviel, achava que pode compreender meus sentimentos.

- Você ainda quer investigar a verdade? Fica tão fraca, como pode cooperar com os policiais? Toma as comidas, ou não vai ter energia para lutar contra eles. – Raviel a convenceu com paciência.

Andreia ainda quis o refutar, mas disse nada.

Soube que o que ele disse foi verdade. Precisou ficar energética para lidar com as coisas.

Pensando nisso, Andreia segurou seu rosto e chorou de novo. Ela não pôde aguentar mais.

Raviel soube que sua persuasão funcionou, mas seu choro o deixou suspirar ligeiramente. Ele acariciou sua cabeça, colocou os pauzinhos em frente dela e disse maciamente:

- Aqui estão as comidas. Anima-se por mãe, tá?

Andreia limpou as lágrimas, mordeu seu lábio inferior e acenou a cabeça com soluço.

Raviel mandou as comidas para ela.

Andreia as pegou com as mãos trêmulas e começaram a comer com soluço.

Embora fique desconfortável fisicamente e psicologicamente, ela ainda resistiu à sensação de náusea e comeu obedientemente.

No entanto, Raviel não a deixou comer tudo. Ele a interrompeu quando achou que ela já comeu o suficiente para restaurar sua força:

- Tá, é suficiente. Você não comeu o dia inteiro, é inadequado comer tudo agora. Pode descansar agora.

Andreia não teve opinião, só pegou sua colcha e se deitou ficando de costas para Raviel.

Raviel colocou o resto das comidas ao lado. Para que não a perturbasse, ele se virou e saiu do quarto.

- Presidente Raviel, Sra. Andreia dormiu? – Perguntou Saymon.

Raviel fechou a porta:

- Sim. Pode sair agora. Vou acompanhar ela nesses dias, trata as coisas do grupo por mim. Se tiver algumas coisas urgentes, pode me ligar a qualquer tempo.

- Tá. – Saymon fez promessa e foi embora.

Um tempo depois que ele saiu, Cláudia chegou com as crianças.

Como Raviel e Andreia ficavam ocupados, só puderam pedir ajuda a Cláudia para pegar as crianças do jardim de infância, então Cláudia também soube o acidente deles.

E logo que Cláudia pegou as crianças, foi para o hospital com eles.

- Sr. Raviel. – Cláudia olhou para Raviel, parecendo que quis dizer alguma coisa.

Mas as crianças soltaram suas mãos e correram para Raviel primeiro.

- Papai, o que aconteceu com vovó? – Os olhos de Daniel foram vermelhos. Ele andou em frente de Raviel, levantou sua cabeça e perguntou com preocupação.

Assim como Giovana.

Eles não souberam que Virgínia já faleceu. Cláudia só os avisou que um acidente aconteceu, mas não disse a verdade diretamente.

Raviel olhou para eles por um tempo, depois se agachou para os abraçar e respondeu com ternura:

- Vovó... Vovó já faleceu.

Os olhos de Daniel arregalaram imediatamente e ficou extremamente surpreso.

Enquanto Giovana estourou chorando diretamente.

Seu choro trouxe a mente de Daniel de volta. Ele achou isso inacreditável e balançou sua cabeça:

- Não, isso é possível? Cumprimentamos vovó na manhã, por que ela...

Daniel não completou as palavras e finalmente não deixou de chorar.

Embora sempre aja como um adulto, a dor do acidente que subitamente perdeu sua avó amorosa estava além de sua tolerância.

Raviel também ficou doloroso demais ouvindo seus choros amargurados.

Mas só os acompanhou em silêncio como acompanhava Andreia.

Eram parentes mais íntimos de Virgínia e sua dor foi compreensível, e essas emoções precisaram de uma saída.

Aliás, chorar foi a maneira mais direta.

Nesses momentos, ele foi seu pilar para os suportar.

Cláudia que ficou ao lado também estava muito triste e estendeu sua mão para limpar as lágrimas:

- Tudo aconteceu tão de repente. Por quê?

Raviel não disse nada, só tocou ligeiramente as costas das crianças para os consolar.

Não soube quanto tempo se passou, as crianças ficaram cansadas e gradualmente caíram no sono nos braços de Raviel.

Embora suas pernas estejam dormentes por se agachar por tanto tempo, ainda se levantou abraçando as crianças:

- Cláudia, manda eles para casa e cuida eles por nós. Obrigado.

Acabando de falar, ele colocou as crianças para os braços de Cláudia levemente.

Cláudia trabalhou por muitos anos e tinha muita força, então também pôde abraçar as crianças ao mesmo tempo facilmente:

- Sr. Raviel, porde nada, isso é o que devo fazer.

Raviel acenou a cabeça.

Cláudia deu uma olhada para a porta do quarto de doentes:

- E aí, Sr. Raviel, como está Sr. Andreia?

- Vai dar tudo certo. Vou acompanhar ela. – Raviel disse esfregando as têmporas.

Cláudia acenou a cabeça:

- Sim. Está no momento que Sr. Andreia fica muito vulnerável e precisa de muitas paciências e companhias, se tiver algo que posso ajudar, pode me chamar. Você deve estar cansado agora, também pode descansar um pouco. Então não vou perturbar mais e voltamos agora.

Acabando de falar, ela saiu com as crianças.

Raviel abriu a porta e entrou no quarto de novo. Ele andou para o lado da cama, se sentou na cadeira e olhou para a mulher dormindo por muito tempo. Gradualmente, ele também caiu no sono.

O dia já escureceu quando Andreia acordou.

O que a tirou do sonho foi um som da briga. Embora estejam de volume baixo, o som como se fosse ampliado numa sala silenciosa.

Ela se levantou segurando sua testa.

As pessoas conversando sentiram a agitação dela e se viraram para olhar para ela.

- Você acorda. – Raviel andou para ela deixando Bia no lugar e colocou um travesseiro atrás dela.

Andreia se apoiou no travesseiro e disse fracamente:

- Obrigada.

Talvez chorasse por muitas vezes, sua voz no momento era rouca, baixa e desagradável.

Raviel mandou um copo de água para ela:

- A temperatura está certa.

Andreia pegou o copo e bebeu um pouco.

A água era morna e um pouco doce. Talvez adicionasse mel e já preparasse por ela muito tempo atrás.

Sua bondade e ternura consolaram Andreia muito.

- Quer mais? – Raviel perguntou pegando o copo vazio de Andreia.

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