Mais do que paquera romance Capítulo 394

Não é de se admirar que Ravi a trate de tal maneira.

Por ventura, ele realmente acha que a morte dos pais tem a ver com a mãe de Andreia.

Porém, com o falecimento de Virgínia, ele não tem como apurar isso, de maneira que a trata desse jeito.

- Andy, eu sei o que você está pensando, mas isso é fundamental e temos que verificar bem. - Érika olhava Andreia seriamente.

Andreia respirou fundo e finalmente conseguiu se tranquilizar:

- Entendo, mesmo que você não dissesse isso. Vou deixar tudo claro e dar uma explicação a Ravi. Não acredito, absolutamente, que a morte dos pais de Ravi tem a ver com a minha mãe.

- OK, então, vamos contratar um detective particular para investigar. Porém, o episódio já passou há vários anos e talvez a investigação demore bastante tempo - disse Érika.

Andreia apertou as palmas:

- Não faz mal. Eu posso aguardar, por mais tempo que precise. Vou procurar um detective agora mesmo!

Ao dizer, ela pegou a bolsa e saiu da empresa.

Érika estendeu a mão para a impedir.

Mas Andreia já desapareceu na visão dela.

Sem jeito, Érika só podia fazer um sorriso amargo, enfrentando os desenhos na mesa.

- Deveria me dizer quais desenhos são bons e quais devem ser modificados. Eu ainda preciso de fazer registros deles.

Depois de sair da empresa, Andreia dirigiu para o maior escritório de deteção na Bela Costa, pagou o caução de 500 mil reais e pediu para apurar esse assunto.

Andreia só se sentiu melhor depois de fazer tudo isso.

No momento, só precisava de aguardar o resultado.

No entanto, Andreia ainda necessitava fazer uma coisa: identificar DNA entre as 2 crianças e Raviel.

Ela não acreditava que as crianças não eram descendentes de Raviel, de jeito algum.

Saindo do escritório de deteção, Andreia levantou a cabeça e viu o céu meio escurecido. Parece que ia chover daqui a pouco.

De repente, uma sombra passou por ela correndo.

Andreia só sentiu uma dor nos ombros e a bolsa já foi roubada.

De olhos arregalados, Andreia ficou confusa primeiro e logo percebeu o que aconteceu. Ela correu à direção daquele ladrão, gritando:

- Me ajudem! Peguem o ladrão!

Ouvindo o grito dela, todos os peões pararam para assistir à cena. Ninguém a ajudou.

Ao ver isso, Andreia se sentiu triste inevitavelmente. Mas ela continuou correndo e gritando, sem prestar muita atenção à reação dos peões.

Ela acreditava que sempre havia pessoas simpáticas.

A previsão dela deu certo. Com a persistência dela, realmente tinha alguém que a ajudou a pegar o ladrão.

Aquela pessoa correu rápido e conseguiu atingir o ladrão em breve. Depois de lutar contra o ladrão, ele pegou a bolsa de volta com sucesso.

O ladrão, tapando a barriga, jogou umas palavras duras e desapareceu na multidão.

Andreia correu para o homem que a ajudou, ofegando muito, com as mãos sustentadas nos joelhos.

O homem passou a bolsa para ela:

- Senhora, sua bolsa tá aqui.

Andreia só conseguiu se recuperar após bastante tempo e fez um sorriso grato:

- Obrigada!

Ela recebeu a bolsa.

O homem sacudiu a mão:

- Nem por isso. É um prazer ajudar a senhora. Verifique se falta alguma coisa.

- OK. - Andreia abriu a bolsa para verificar. O celular, as evidências, os cosméticos e o cabelo de Raviel estavam todos dentro.

Andreia tomou um fôlego e fechou a bolsa satisfeitamente:

- Não falta nada, obrigada! Se eu não tivesse pressas para buscar as crianças, iria te convidar para jantar com certeza. Agora não dá o tempo, por isso, esse dinheiro se trata da minha gratificação para você.

Ao dizer, ela entregou 500 reais.

O homem sacudiu a mão, dizendo que não era preciso.

Mas Andreia não queria dever nada a ninguém. De postura firme, ela colocou o dinheiro na mão do homem e foi embora.

O homem fixava o olhar nas costas de Andreia até que ela desapareceu na visão. Depois, de repente surgiu uma risada misteriosa no rosto dele.

- Que surpresa! Até conseguimos um bónus com essa atuação. Eu levei uma espancada enorme há pouco e você deve dividir uma metade para mim, não é? - Uma pessoa saiu do beco de perto repentinamente.

Foi exatamente aquele ladrão.

O ladrão estava mirando gananciosamente os 500 reais na mão do homem.

O homem, torcendo a boca, lhe deu 300 reais:

- Guarde.

- Que generoso - o ladrão recebeu o dinheiro e o guardou no bolso apressadamente. - Aliás, você fez troca da coisa que a empregadora pediu?

O homem retirou um pequeno saco a prova d´ água, onde havia uns fios de cabelo:

- Não confia na minha habilidade? Vamos comer e depois entregar o trabalho à empregadora.

A seguir, os dois foram embora de mãos nos ombros do outro.

No outro lado, Andreia buscou as 2 crianças e lhes disse no carro:

- Dani, Vanna, me dêem uns fios do vosso cabelo.

Giovana não entendia porque a mamãe pediu o cabelo dela, mas ainda arrancou uns fios para ela obedientemente.

Quando Daniel passou o cabelo para Andreia, perguntou de repente:

- Mamãe, você quer fazer identificação de DNA entre nós e o Sr. Raviel?

Andreia olhou o filho cheia de surpresa:

- Como é que você sabia?

- Eu adivinhei. Naquela noite, embora dissesse que eu e Vanna não somos crianças do Sr. Raviel, você não acreditou. Então, adivinhei que você ia fazer identificação mais uma vez - Daniel disse orgulhosamente.

Andreia esfregou o cabelo dele:

- Que inteligente! Tá, sente-se bem. A mamãe vai dirigir.

- OK - as 2 crianças acenaram a cabeça.

Andreia acionou o carro. Ao invés de voltar para a mansão, ela dirigiu para um hospital.

Não foi ao hospital de Kristofer, mas a um outro.

Nesta vez que fazia a identificação, ela ocultava de todos justamente para evitar a troca de amostras.

Apesar dessa possibilidade ínfima, ela não podia deixar de prestar atenção.

Só sairia o resultado de identificação após 2 dias.

Andreia achava um pouco demorado, mas para ter um resultado preciso, só podia aceitar.

Voltando para a mansão, Andreia viu Raviel também presente, o que lhe deu uma surpresa:

- Ravi.

Raviel, que estava sentado no sofá, levantou a cabeça ligeiramente ao ouvir a voz dela. Mas voltou a abaixar a cabeça rapidamente, sem retorno.

Com o olhar escurecido em um momento, Andreia ainda forçou uma risada e caminhou para ele:

- Você se mudou para cá?

- Voltei para pegar os itens - Raviel jogou as palavras de maneira indiferente.

Em um instante, a esperança que acabou de surgir no coração de Andreia foi apaga de novo.

As 2 crianças notaram a mudança dela e também ficaram deprimidas.

Giovana tinha medo de Raviel, que estava tão apático. A menina nem ousava pedir um abraço a ele como dantes, só segurava a mão de Andreia apertadamente e fixava o olhar em Raviel.

Daniel agiu da mesma forma, mas de repente perguntou:

- Sr. Raviel, você não vai voltar para cá no futuro?

- Como é que você me chamou? - Com as pupilas contraídas, Raviel levantou a cabeça para o menino.

Daniel piscou os olhos:

- Sr. Raviel.

Esse tratamento tornou mais feia a expressão de Raviel, que comprimiu os lábios finos.

Ele não sabia porque se sentia tão mal ao ver essas 2 crianças mudarem o tratamento de volta, as quais também o chamavam de Sr. Raviel antes.

Parece que esse tratamento “Sr. Raviel” nem deve ser destinado a ele.

Ao ver Raviel de mau temperamento, Andreia apertou as mãos das crianças:

- Dani, leve a sua irmã para cima. A mamãe vai falar com…o Sr. Raviel.

Já que Raviel não queria acreditar que as 2 crianças são dele, seria melhor não o chamar de papai por enquanto.

E rever a questão depois de sair o resultado de identificação.

- OK - Daniel acenou a cabecinha e subiu ao piso superior com Giovana.

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