Não é de se admirar que Ravi a trate de tal maneira.
Por ventura, ele realmente acha que a morte dos pais tem a ver com a mãe de Andreia.
Porém, com o falecimento de Virgínia, ele não tem como apurar isso, de maneira que a trata desse jeito.
- Andy, eu sei o que você está pensando, mas isso é fundamental e temos que verificar bem. - Érika olhava Andreia seriamente.
Andreia respirou fundo e finalmente conseguiu se tranquilizar:
- Entendo, mesmo que você não dissesse isso. Vou deixar tudo claro e dar uma explicação a Ravi. Não acredito, absolutamente, que a morte dos pais de Ravi tem a ver com a minha mãe.
- OK, então, vamos contratar um detective particular para investigar. Porém, o episódio já passou há vários anos e talvez a investigação demore bastante tempo - disse Érika.
Andreia apertou as palmas:
- Não faz mal. Eu posso aguardar, por mais tempo que precise. Vou procurar um detective agora mesmo!
Ao dizer, ela pegou a bolsa e saiu da empresa.
Érika estendeu a mão para a impedir.
Mas Andreia já desapareceu na visão dela.
Sem jeito, Érika só podia fazer um sorriso amargo, enfrentando os desenhos na mesa.
- Deveria me dizer quais desenhos são bons e quais devem ser modificados. Eu ainda preciso de fazer registros deles.
Depois de sair da empresa, Andreia dirigiu para o maior escritório de deteção na Bela Costa, pagou o caução de 500 mil reais e pediu para apurar esse assunto.
Andreia só se sentiu melhor depois de fazer tudo isso.
No momento, só precisava de aguardar o resultado.
No entanto, Andreia ainda necessitava fazer uma coisa: identificar DNA entre as 2 crianças e Raviel.
Ela não acreditava que as crianças não eram descendentes de Raviel, de jeito algum.
Saindo do escritório de deteção, Andreia levantou a cabeça e viu o céu meio escurecido. Parece que ia chover daqui a pouco.
De repente, uma sombra passou por ela correndo.
Andreia só sentiu uma dor nos ombros e a bolsa já foi roubada.
De olhos arregalados, Andreia ficou confusa primeiro e logo percebeu o que aconteceu. Ela correu à direção daquele ladrão, gritando:
- Me ajudem! Peguem o ladrão!
Ouvindo o grito dela, todos os peões pararam para assistir à cena. Ninguém a ajudou.
Ao ver isso, Andreia se sentiu triste inevitavelmente. Mas ela continuou correndo e gritando, sem prestar muita atenção à reação dos peões.
Ela acreditava que sempre havia pessoas simpáticas.
A previsão dela deu certo. Com a persistência dela, realmente tinha alguém que a ajudou a pegar o ladrão.
Aquela pessoa correu rápido e conseguiu atingir o ladrão em breve. Depois de lutar contra o ladrão, ele pegou a bolsa de volta com sucesso.
O ladrão, tapando a barriga, jogou umas palavras duras e desapareceu na multidão.
Andreia correu para o homem que a ajudou, ofegando muito, com as mãos sustentadas nos joelhos.
O homem passou a bolsa para ela:
- Senhora, sua bolsa tá aqui.
Andreia só conseguiu se recuperar após bastante tempo e fez um sorriso grato:
- Obrigada!
Ela recebeu a bolsa.
O homem sacudiu a mão:
- Nem por isso. É um prazer ajudar a senhora. Verifique se falta alguma coisa.
- OK. - Andreia abriu a bolsa para verificar. O celular, as evidências, os cosméticos e o cabelo de Raviel estavam todos dentro.
Andreia tomou um fôlego e fechou a bolsa satisfeitamente:
- Não falta nada, obrigada! Se eu não tivesse pressas para buscar as crianças, iria te convidar para jantar com certeza. Agora não dá o tempo, por isso, esse dinheiro se trata da minha gratificação para você.
Ao dizer, ela entregou 500 reais.
O homem sacudiu a mão, dizendo que não era preciso.
Mas Andreia não queria dever nada a ninguém. De postura firme, ela colocou o dinheiro na mão do homem e foi embora.
O homem fixava o olhar nas costas de Andreia até que ela desapareceu na visão. Depois, de repente surgiu uma risada misteriosa no rosto dele.
- Que surpresa! Até conseguimos um bónus com essa atuação. Eu levei uma espancada enorme há pouco e você deve dividir uma metade para mim, não é? - Uma pessoa saiu do beco de perto repentinamente.
Foi exatamente aquele ladrão.
O ladrão estava mirando gananciosamente os 500 reais na mão do homem.
O homem, torcendo a boca, lhe deu 300 reais:
- Guarde.
- Que generoso - o ladrão recebeu o dinheiro e o guardou no bolso apressadamente. - Aliás, você fez troca da coisa que a empregadora pediu?
O homem retirou um pequeno saco a prova d´ água, onde havia uns fios de cabelo:
- Não confia na minha habilidade? Vamos comer e depois entregar o trabalho à empregadora.
A seguir, os dois foram embora de mãos nos ombros do outro.
No outro lado, Andreia buscou as 2 crianças e lhes disse no carro:
- Dani, Vanna, me dêem uns fios do vosso cabelo.
Giovana não entendia porque a mamãe pediu o cabelo dela, mas ainda arrancou uns fios para ela obedientemente.
Quando Daniel passou o cabelo para Andreia, perguntou de repente:
- Mamãe, você quer fazer identificação de DNA entre nós e o Sr. Raviel?
Andreia olhou o filho cheia de surpresa:
- Como é que você sabia?
- Eu adivinhei. Naquela noite, embora dissesse que eu e Vanna não somos crianças do Sr. Raviel, você não acreditou. Então, adivinhei que você ia fazer identificação mais uma vez - Daniel disse orgulhosamente.
Andreia esfregou o cabelo dele:
- Que inteligente! Tá, sente-se bem. A mamãe vai dirigir.
- OK - as 2 crianças acenaram a cabeça.
Andreia acionou o carro. Ao invés de voltar para a mansão, ela dirigiu para um hospital.
Não foi ao hospital de Kristofer, mas a um outro.
Nesta vez que fazia a identificação, ela ocultava de todos justamente para evitar a troca de amostras.
Apesar dessa possibilidade ínfima, ela não podia deixar de prestar atenção.
Só sairia o resultado de identificação após 2 dias.
Andreia achava um pouco demorado, mas para ter um resultado preciso, só podia aceitar.
Voltando para a mansão, Andreia viu Raviel também presente, o que lhe deu uma surpresa:
- Ravi.
Raviel, que estava sentado no sofá, levantou a cabeça ligeiramente ao ouvir a voz dela. Mas voltou a abaixar a cabeça rapidamente, sem retorno.
Com o olhar escurecido em um momento, Andreia ainda forçou uma risada e caminhou para ele:
- Você se mudou para cá?
- Voltei para pegar os itens - Raviel jogou as palavras de maneira indiferente.
Em um instante, a esperança que acabou de surgir no coração de Andreia foi apaga de novo.
As 2 crianças notaram a mudança dela e também ficaram deprimidas.
Giovana tinha medo de Raviel, que estava tão apático. A menina nem ousava pedir um abraço a ele como dantes, só segurava a mão de Andreia apertadamente e fixava o olhar em Raviel.
Daniel agiu da mesma forma, mas de repente perguntou:
- Sr. Raviel, você não vai voltar para cá no futuro?
- Como é que você me chamou? - Com as pupilas contraídas, Raviel levantou a cabeça para o menino.
Daniel piscou os olhos:
- Sr. Raviel.
Esse tratamento tornou mais feia a expressão de Raviel, que comprimiu os lábios finos.
Ele não sabia porque se sentia tão mal ao ver essas 2 crianças mudarem o tratamento de volta, as quais também o chamavam de Sr. Raviel antes.
Parece que esse tratamento “Sr. Raviel” nem deve ser destinado a ele.
Ao ver Raviel de mau temperamento, Andreia apertou as mãos das crianças:
- Dani, leve a sua irmã para cima. A mamãe vai falar com…o Sr. Raviel.
Já que Raviel não queria acreditar que as 2 crianças são dele, seria melhor não o chamar de papai por enquanto.
E rever a questão depois de sair o resultado de identificação.
- OK - Daniel acenou a cabecinha e subiu ao piso superior com Giovana.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Mais do que paquera
Meu Jesus, me desculpe a autora mas a Andréia é muito negligente como mãe. Como deixar duas crianças de menos de 05 anos sozinhas??? E isso está ocorrendo desde o início do livro Ela ainda queria ficar no hospital deixando as crianças com fome Que mãe é essa em!...
O livro parece interessante mas os desencontros está ficando cansativo...